PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR |
Anos atrás, um rapaz viajou de Goiás para São Paulo a fim de arranjar emprego e assim ajudar no sustento da família. Durante a viagem, em meio aos solavancos do vagão de 2ª. classe da Estrada de Ferro, ele rezava piedosamente o terço, pedindo a Nossa Senhora que o ajudasse naquele mundo desconhecido da capital paulista. Apenas chegando, procurou uma igreja onde havia um altar de N. Sra. Aparecida e rezou assim:
-Minha Mãe, faça que eu encontre um emprego para ajudar minha mãe que está doente em Goiás, e os meus irmãozinhos.
Depois colocou a mala num canto, junto ao altar, e na sua simplicidade de roceiro, continuou em voz alta:
- Mãe, guarde minha mala, enquanto vou em busca de emprego.
Saiu da igreja, disposto a percorrer as casas de comercio. Andou o dia inteiro, bateu em dezenas de portas, mas ninguém quis dar trabalho àquele rapaz de aparência pobre. Sem almoço e sem janta, voltou para a igreja a fim de perguntar a N. Sra. onde estava o emprego que ela conseguiu para ele.
Era noite. Ia começar a Reza. Ajoelhou-se no mesmo altar. Mas no lugar onde ele deixou a mala, havia este bilhete:
-“Guardei tua mala. Vai à sacristia, e fala com um senhor de idade, de óculos pretos. Ele está te esperando” Assinado: N. Sra. Aparecida.
Assim ele fez. Foi apresentado a um senhor assentado numa escrivaninha. Era Francisco do Prado, provedor daquela igreja. Este lhe disse:
- Você tem uma Mãe poderosa e boa. O emprego devia ser dado para outro rapaz. Mas N. Sra. mandou-me esperar. O emprego é seu. Venha comigo.
Na manha seguinte, Joãozinho estava agradecendo diante do mesmo altar:
- Mãe do céu, obrigado! Seu Francisco é um pai para mim. Eu não poderia ter melhor patrão.
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