segunda-feira, 17 de novembro de 2014

EVANGELHO DO DIA 17 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43.
Naqule tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho. Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar. Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!» Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!» Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.» Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Rafael Arnaiz Barón (1911-1938), monge trapista espanhol 
Escritos espirituais, carta a sua tia, 16/11/1935 
«Recobrou a vista e seguia-O, glorificando a Deus»
Tenho um tesouro tão grande. Quereria gritar de alegria e proclamar a toda a Criação: louvai o Senhor, amai o Senhor, que é tão grande, que é Deus. […] O mundo não vê; o mundo está cego e Deus tem necessidade de amor. Deus tem necessidade de muito amor. Não consigo dar-Lhe tudo o que Ele me pede, sou pequeno, estou a enlouquecer, queria tanto que o mundo O amasse, mas o mundo é seu inimigo. Senhor, que grande suplício! Vejo-o e não consigo remediá-lo. Sou demasiado pequeno e insignificante. O amor que tenho por Ti esmaga-me, quereria que os meus irmãos, todos os meus amigos, todo o mundo, Te amasse muito. […] 
Que pena me fazem os homens que, vendo passar o cortejo de Jesus e dos seus discípulos, ficam insensíveis. Que alegria não sentiriam os apóstolos e os amigos de Jesus de cada vez que uma alma abria os olhos, deixava tudo e se unia a eles, seguindo o Nazareno, a Ele, que não pedia senão um pouco de amor. Vamos segui-Lo, minha querida irmã? Ele vê as nossas intenções e olha para nós, sorri e ajuda-nos. Não há nada a temer; seremos os últimos do cortejo que percorre as terras da Judeia, em silêncio, mas alimentados por um amor enorme, imenso. Não são precisas palavras. Não precisamos de chegar ao seu alcance para que Ele nos veja. Não precisamos de grandes obras, nem de nada que Lhe chame a atenção: seremos os últimos amigos de Jesus, mas aqueles que O amam mais. 

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