sábado, 15 de novembro de 2014

EVANGELHO DO DIA 15 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.' Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha 
Conferências, n°9; SC 34 
«É preciso orar sempre sem desfalecer»
O objectivo último do monge e a perfeição do coração consistem numa perseverança ininterrupta na oração. Tanto quanto é dado à fragilidade humana, trata-se de um esforço em direção a uma absoluta tranquilidade da alma e a uma perfeita pureza de coração. É por esta razão que devemos afrontar os trabalhos corporais e procurar por todos os meios a verdadeira contrição do coração, com uma constância que não desfaleça. 
Para ter o fervor e a pureza que deve ter, a oração exige uma fidelidade total no que respeita aos seguintes aspectos. Em primeiro lugar, uma libertação completa de todas as inquietações relacionadas com este mundo; não pode haver assunto algum ou qualquer interesse que não deva ser totalmente excluído. Do mesmo modo, renunciar à maledicência, à coscuvilhice, à palavra vã e à zombaria. Acima de tudo, suprimir definitivamente as perturbações da cólera e da tristeza. Fazer morrer em si todo o desejo carnal e o apego ao dinheiro. […] Após esta purificação, que assegura a pureza e a simplicidade, há que lançar o fundamento inquebrantável de uma humildade profunda, capaz de sustentar a torre espiritual que se pretende que chegue ao céu. Por fim, para que sobre ela repouse o edifício espiritual das virtudes, é preciso proibir à alma toda a dispersão em divagações e pensamentos fúteis. Então, um coração purificado e livre começa pouco a pouco a elevar-se até à contemplação de Deus e à intuição das realidades espirituais. 

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