sábado, 4 de outubro de 2014

EVANGELHO DO DIA 4 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 10,17-24. 

Naquele tempo, os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios se sujeitaram a nós, em teu nome!» Disse-lhes Ele: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago. Olhai que vos dou poder para pisar aos pés serpentes e escorpiões e domínio sobre todo o poderio do inimigo; nada vos poderá causar dano. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos no Céu.» Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho houver por bem revelar-lho.» Voltando-se, depois, para os discípulos, disse-lhes em particular: «Felizes os olhos que vêem o que estais a ver. Porque digo-vos muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não o ouviram!» 
Comentário do dia 
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Poema «Jesus, meu amado, recorda-Te!»; estr. 15, 23, 27-28

«Porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos»
Recorda-Te de que, ao olhares para os campos,
O teu Coração Divino antecipava a ceifa (Jo 4,35)
Erguendo os olhos para a santa montanha
Murmuravas o nome de todos os teus eleitos
Para que a tua ceifa fosse logo feita.
A cada dia, meu Deus, imolo-me e peço
Que as minhas alegrias e prantos
Sejam pelos teus ceifeiros.
Recorda-Te. […]

Recorda-Te daquele Condenado de sofrimento esgotado
Que gritou, voltando-Se para o céu:
«Vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder» (Mc 14,62)
Que Ele era o Filho de Deus, ninguém queria acreditar (Mt 27,40ss),
Porque estava escondida a sua inefável glória.
Ó Príncipe da Paz (Is 9,5),
Eu reconheço-Te,
Eu creio em Ti!
Recorda-Te.

Recorda-Te de que, no dia da tua vitória,
Nos dizias: «Porque Me viste, acreditaste.
Felizes os que crêem sem terem visto» (Jo 20,29)
Na sombra da fé, amo-Te e adoro-Te
Ó Jesus! Para Te ver, espero em paz a aurora,
Que o meu desejo não é
Ver-Te aqui na Terra.
Recorda-Te.

Recorda-Te que, ao ires ter com o Pai,
Não podias deixar-nos órfãos
E, fazendo-Te prisioneiro na Terra,
Soubeste esconder os teus raios divinos.
Mas a sombra do teu véu é luminosa e pura,
Pão vivo da fé, alimento celeste (Jo 6,35),
Ó mistério de amor!
O Pão nosso de cada dia, para mim,
És tu, Jesus!

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