terça-feira, 14 de outubro de 2014

EVANGELHO DO DIA 14 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 11,37-41.
Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para almoçar na sua casa; Jesus entrou e pôs-se à mesa. O fariseu admirou-se de que Ele não se tivesse lavado antes da refeição. O Senhor disse-lhe: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que possuís, e para vós tudo ficará limpo. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja 
6º Discurso para a novena de Natal 
Um coração que verdadeiramente se dá a Deus

Compreendamos bem isto, o nosso coração pertencerá completamente a Deus a partir do dia em que por Ele renunciarmos a todas as nossas vontades, a partir do dia em que apenas quisermos o que Ele quer. Este Deus, de resto, só quer o nosso bem e a nossa felicidade. «Cristo morreu», diz o apóstolo Paulo, «para ser o Senhor dos vivos e dos mortos. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e se morremos, é para o Senhor que morremos. Ou seja, quer vivamos quer morramos, é ao Senhor que pertencemos» (Rom 14, 8-9). Jesus quis morrer por nós; que mais podia Ele ter feito para conquistar o nosso amor e Se tornar o único Dono do nosso coração? Cabe-nos portanto, doravante, mostrar ao céu e à Terra, com a nossa vida e com a nossa morte, que já não nos pertencemos a nós, mas que somos inteiramente posse do nosso Deus, dele apenas. 
O quanto Deus deseja ver um coração que verdadeiramente se dá por completo a Ele! Com que amor ardente não o amará! Quantos sinais de ternura não lhe prodigalizará, já aqui, nesta vida na Terra! Quantos bens, quanta felicidade, quanta glória não lhe preparará nos céus! […] 
Almas fiéis! Caminhemos ao encontro de Jesus; se Ele tem a felicidade de nos possuir, temos nós a de O possuir a Ele: a troca é muito mais vantajosa para nós do que para Ele. «Teresa», disse um dia o Senhor a esta santa [de Ávila], «não tinhas sido, até aqui, completamente minha; agora que és integralmente minha, fica a saber que Eu sou teu completamente.» […] Deus arde de um desejo extremo de Se unir a nós; mas é preciso que também nós zelemos no cuidado de nos unirmos a Deus. 

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