PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
Um grande sinal apareceu no Céu.
A
festa da Assunção de Maria ao Céu é uma das mais antigas da Igreja. Ela une
todas as Igrejas da Tradição em uma só celebração. Já no ano 600 esta festa era
celebrada na liturgia galicana (da França). Notemos que, para uma verdade
chegar a ser uma celebração litúrgica, é necessária uma fé bem fundamentada na
tradição e no patrimônio comum dos cristãos. Podemos ler: "Não temos
nenhuma data histórica para indicar quanto tempo a Mãe de Deus permaneceu na
terra após a Ascensão de Jesus ao Céu e nem quando, onde ou como
morreu, pois os evangelhos nada falam sobre isso. A base para a Festa da
Assunção (chamada também de Dormição de Maria) é a santa
tradição da Igreja, que data da era apostólica, escritos apócrifos, a fé constante do povo de Deus e
a opinião unânime que os Padres e os Doutores da Igreja do primeiro milênio do
cristianismo" (Sofia Fotopoulou). Maria é um sinal
grandioso porque unida a Cristo. Ela nos estimula a buscar as coisas do alto.
Rezamos na oração: “Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de
participarmos da sua glória”. Esta expectativa coloca em nosso coração o
ardente desejo de chegar até Deus. A missão de Maria é interceder para que
todos cheguem ao Céu. Tanto o Céu como a Terra
vêem nela o sinal para a Igreja, pois é aurora e esplendor da Igreja triunfante.
E é consolo e esperança para o povo que ainda está a caminho (prefácio). O povo sente em Maria gloriosa
no Céu, a certeza que todos poderão viver a fé, pois é dada a garantia do bem
que a fé nos faz. Sentem também que nossa natureza humana, já glorificada em
Cristo, resplandece em sua filha predileta.
Ressuscitada com Cristo
O Papa Pio XII não inventou o
dogma, mas, com ele reconheceu que é doutrina de fé na Igreja. O fundamento da
festa e de sua doutrina está na fé na Ressurreição de Jesus, como nos cita
Paulo. Maria é sinal da Igreja perseguida porque crê em Jesus, o Filho dessa
Mulher que é sinal da vitória de Cristo em seus seguidores, pois todos
ressuscitarão. Cristo garante a ressurreição de todos ao ressuscitar Maria
levando-a para a Glória do Pai e garante que a morte será vencida, pois Maria
também não sofreu a corrupção, como o Cristo, dando a todos a certeza da
ressurreição de nossos corpos. Não é um privilégio de Maria, mas de toda a
Igreja. A Assunção de Maria foi um dom, mas uma necessidade por sua união com
Cristo através de sua carne.
Missão de levar Cristo
A Igreja
continua a missão de Maria de levar Cristo a todos. Por isso é perseguida pelos
seguidores da besta que querem engolir o Filho, Jesus e seus discípulos. Ela
sabe que será libertada por Deus. A Igreja faz memória e torna presente o gesto
misericordioso de Deus que assume Maria para a Glória. Por isso o salmo canta
45: “A filha do Rei é introduzida no palácio real. Ela é a rainha à direita do
Rei”. Participamos desta glória na celebração litúrgica recebendo sua
intercessão e alegrando-nos com ela em sua exaltação. Os religiosos, cujo dia
celebramos, são chamados a ser como Maria que nos indica a riqueza dos bens
futuros que devem ser vivenciados agora, vencendo a força do mal por uma vida
de ressuscitados. Os religiosos anunciam com sua vida como Maria. A visita a
Isabel não é só um problema familiar de caridade, mas é a grande caridade de
Deus que, através de seus filhos, anuncia que Cristo vive, é Salvador e dá o
Espírito Santo
Leituras:
Apocalipse 11,19a;12,1.3-6ab; Salmo 44; 1Coríntios 15,20-27ª; Lucas 1,39-56
1.Nada sabemos
sobre a vida de Maria após Pentecostes. A festa é muito antiga e reflete a
certeza de todas as Igrejas da Tradição. Maria glorificada é sinal, estímulo,
testemunho, consolo e atração de toda a Igreja para a Glória. Para isso
intercede junto do Pai. É exultação para o Céu e garantia para a Igreja que
caminha que vê nela seu futuro.
2.O Papa Pio XII
reconheceu a doutrina de fé da Igreja que se baseia na Ressurreição. Ela é
sinal da Igreja perseguida e vitoriosa. Cristo garante a ressurreição de todos
ao ressuscitar Maria. A Assunção é um
dom e uma necessidade por sua união a Cristo através de sua carne.
3.A Igreja
continua a missão de Maria de levar Cristo a todos. Por isso é perseguida pela
besta. Faz memória e torna presente o gesto misericordioso de deus que assume
Maria para a Glória. A visita de Maria que lemos não é só um problema de
família, mas a grande caridade de Deus que anuncia que Cristo vive e é o
Salvador que dá o Espírito Santo.
A
outra Maria
Temos muitas
imagens e belas pinturas de Nossa Senhora. O Evangelho se interessa pela
beleza, mas gosta mesmo da beleza que não tem rugas de vaidade e de consumismo.
Maria é a grande mulher, vestida de sol que enfrenta o dragão, o mal.
A beleza de Maria está em sua
naturalidade de gente unida a sua família e às necessidades do mundo. Não
podemos imaginar como era. Ela mesma diz quem ela é: Vai às pressas à casa de
Isabel para levar ajuda. A maior delas é dar o Espírito Santo a Isabel. Os dois
meninos se encontram no Espírito e se alegram.
Maria é preocupada com a situação
triste dos sofrimentos do mundo. Por Jesus podemos, com ela diz, reverter o
quadro dos orgulhos, elevando os humildes, saciando a fome e lembrando-se do
povo de Deus.
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