PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
O
pequeno que ficou grande.
Estamos abrindo, neste 16
de outubro, o Jubileu Geraldino: 100 anos da canonização de S. Geraldo
(11.12.1904) e 250 de sua morte (16.10.1755). É uma bela oportunidade de
conhecermos mais este homem humilde que viveu apenas 29 anos em um mundo
desconhecido. Ele tinha pouca cultura, mas era de um amor a Deus sem limites,
como também de um carinho ilimitado para com o povo. O povo simples não o esquece.
Geraldo nasceu em Muro, no Sul da Itália, no dia 6 de abril de 1726. Entrou
para a Congregação Redentorista. Não dava muita esperança, pois era fraco de
saúde. Passados 250 anos, seu nome se espalhou pelo mundo com a fama de ser
muito útil a todos que a ele recorrem. Em 1904 era proclamado santo pelo Papa
Pio X. Sua simplicidade continua a mesma, pois aonde chega seu nome, os
humildes encontram nele um socorro seguro. A grandeza de Geraldo ficou
retratada nas 40 cartas que conservamos dele, alguns escritos e a
imensa lista de milagres que realizou para povo de Deus. Foi pai dos
pobres, pregador incansável de Jesus Cristo e um admirável modelo de santidade.
Mesmo vivendo entre prodígios e sofrimentos, continuava sereno, com rosto
alegre.
Suas cartas, um hino de fé.
Geraldo matinha correspondência com algumas irmãs,
padres e leigos. Numa linguagem espontânea e alegre, retrata sua alma bendita
onde o amor a Deus salta à vista. Não eram palavras, mas sim atitudes de uma
grande entrega a Deus numa vontade total de estar sempre cumprindo a vontade de
Deus. Fazer a vontade de Deus era sua única preocupação, pois nela estava cada
vez mais unido a seu "querido Deus”. Esta vontade se firmava numa fé e
numa confiança ilimitada em Deus. "Tirai-me a fé, e o que me resta? A fé é
minha vida e minha vida é a fé”. Na fé encontra-se com seu Deus e com todas as
pessoas. Vê Deus em tudo. por isso ama todas as criaturas que Ele ama. Sua
amizade com Jesus é de tal intensidade que contagiava a todos.
Ama todos, especialmente os pobres.
Geraldo
socorria todos, distribuindo alimentos nos tempos de carestia, socorrendo os
humildes em necessidades, como livrando as plantações das pragas, ressuscitando
um burrico, caminhando sobre as águas para salvar um barco que afundava, socorrendo
as mães em dificuldades de parto, reconciliando as famílias, multiplicando o
alimento que faltava, reconciliando os pecadores com Deus. De onde Geraldo
tirava toda esta força de milagres? De seu permanente amor a Deus. Deus, por
seu lado, trabalhava o coração de Geraldo para fazê-lo sempre mais igual a seu
Filho Jesus. Para Geraldo, Jesus era sofredor crucificado no seu estado de
agonizante. Por isso viveu sempre grandes sofrimentos e entendia os sofrimentos
das pessoas e as libertava. Seus sofrimentos e penitências são a expressão
deste desejo de ser imitador de Jesus. Ele nos deixa uma lição a ser
aprendida: cada um deve buscar conhecer a Deus e viver a partir desta fé,
fazendo de sua vida uma manifestação muito concreta da pessoa de Jesus, no
amor a todos e na dedicação aos mais abandonados.
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