Mariazinha (Marieta em italiano), foi uma menina simples da roça. Pequena ainda, precisou emigrar com seus pais e irmãos para uma região rural, perto de Netuno. A família estabeleceu-se numa fazenda e arrendou um pedaço de chão. Foi aí que Maria cresceu, fez a Primeira Comunhão e enfrentou a vida trabalhosa do campo.A casa em que moravam, formava parede e meia com a outra, na qual ficava um viúvo com seu filho Alexandre. Este rapaz de uns 18 anos entrou na vida de Mariazinha, apaixonou-se por ela e não lhe deu mais sossego. Tentou-a várias vezes, mas sempre encontrou resistência.
Uma tarde, enquanto todos trabalhavam na debulha do feijão, Maria ficou em casa costurando uma camisa. Sempre desconfiada do rapaz, assentou-se fora para evitar algum assédio. Quando Alexandre a viu sozinha, a paixão se reacendeu, pediu licença para sair um pouco do serviço e foi até onde estava a menina. “Seria hoje ou nunca” pensou.Arrastou-a para dentro e tentou-a. Ela resistiu heroicamente. Vendo-se frustrado, apunhalou-a catorze vezes com uma faca de cozinha. A mãe, dona Assunta, ouviu os gritos da filha e correu assustada para lá. A menina jazia no chão, numa poça de sangue, murmurando com as forças que restavam: “Mae, Alexandre me matou”.
Levaram-na para o hospital mais próximo, em Netuno, enquanto o criminoso era levado para a cadeia. Morreu no dia seguinte, perdoando o assassino, que foi condenado a 30 anos de prisão, mas fez muita penitência do seu crime.-Que Santa Maria Goretti, rogue pela nossa juventude, tão mal encaminhada e seduzida.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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