Evangelho segundo S. João 14,1-6.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Credes
em Deus; crede também em Mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim
não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar? E quando Eu
tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei-de levar-vos para
junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. E, para onde
Eu vou, vós sabeis o caminho.» Disse-lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para
onde vais, como podemos nós saber o caminho?» Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Papa Francisco
Exortação
apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» §§ 265-267 (trad. ©
copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
Toda a vida de Jesus, a sua forma de tratar
os pobres, os seus gestos, a sua coerência, a sua generosidade simples e
quotidiana e, finalmente, a sua total dedicação, tudo é precioso e fala à nossa
vida pessoal. Todas as vezes que alguém volta a descobri-lo, convence-se de que
é disso mesmo que os outros precisam, embora não o saibam […]. Às vezes perdemos
o entusiasmo pela missão, porque nos esquecemos de que o Evangelho dá resposta
às necessidades mais profundas das pessoas, porque todos fomos criados para
aquilo que o Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno. […]
Temos à nossa disposição um tesouro de vida e de amor que não pode enganar, a
mensagem que não pode manipular nem desiludir. É uma resposta que desce ao mais
fundo do ser humano e que pode sustentá-lo e elevá-lo. É a verdade que não passa
de moda, porque é capaz de penetrar onde nada mais pode chegar. A nossa tristeza
infinita só se cura com um amor infinito. […]
Unidos a Jesus, procuramos
o que Ele procura, amamos o que Ele ama. Em última instância, o que procuramos é
a glória do Pai, vivemos e agimos «para que seja prestado louvor à glória da sua
graça» (Ef 1,6). Se queremos entregar-nos a sério e com perseverança, esta
motivação deve superar toda e qualquer outra. A motivação definitiva, a mais
profunda, a maior, a razão e o sentido último de tudo o resto é esta: a glória
do Pai que Jesus procurou durante toda a sua existência. Ele é o Filho
eternamente feliz, com todo o seu ser «no seio do Pai» (Jo 1,18). Se somos
missionários, é antes de tudo porque Jesus nos disse: «A glória do meu Pai
[consiste] em que deis muito fruto» (Jo 15,8). Independentemente de nos convir,
de nos interessar, de nos aproveitar ou não, para além dos estreitos limites dos
nossos desejos, da nossa compreensão e das nossas motivações, evangelizamos para
a maior glória do Pai que nos ama.
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