Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.
Naquele
tempo, veio ter com Jesus um leproso. Caiu de joelhos e suplicou-Lhe: «Se
quiseres, podes purificar-me.» Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e
disse: «Quero, fica purificado.» Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou
purificado. E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo: «Livra-te de
falar disto a alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua
purificação o que foi estabelecido por Moisés, a fim de lhes servir de
testemunho.» Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a
divulgar o sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade;
ficava fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Papa Francisco
Encíclica «Lumen
fidei / A luz da fé», §§ 56-57 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev)
O cristão sabe que o sofrimento não pode ser
eliminado, mas pode adquirir um sentido: pode tornar-se acto de amor, entrega
nas mãos de Deus que não nos abandona e, deste modo, ser uma etapa de
crescimento na fé e no amor. […] A luz da fé não nos faz esquecer os sofrimentos
do mundo. Os que sofrem foram mediadores de luz para muitos homens e mulheres de
fé; tal foi o leproso para São Francisco de Assis, ou os pobres para a Beata
Teresa de Calcutá. Compreenderam o mistério que há neles; aproximando-se deles,
certamente não cancelaram todos os seus sofrimentos, nem puderam explicar todo o
mal. A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os
nossos passos na noite, e isto basta para o caminho.
Ao homem que sofre,
Deus não dá um raciocínio que explica tudo, mas oferece a sua resposta sob a
forma duma presença que o acompanha, duma história de bem que se une a cada
história de sofrimento para nela abrir uma brecha de luz. Em Cristo, o próprio
Deus quis partilhar connosco esta estrada e oferecer-nos o seu olhar para nele
vermos a luz. Cristo é Aquele que, tendo suportado a dor, Se tornou «autor e
consumador da fé» (Heb 12, 2).
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