terça-feira, 19 de agosto de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O verdadeiro crente em Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Deus fez o homem do barro
 
A Escritura, mais que de palavras, é feita com o Espírito Santo. Crê quem crê verdadeiramente em Deus e não em seus próprios modos de pensar ou em teorias oportunistas. Precisamos iniciar sempre pelo conhecimento de nós mesmos. O que somos vai nos modelar nosso viver e agir. Tento compreender a partir da própria criação da humanidade. O primeiro passo nos vem do barro do qual fomos formados. Esse barro não é tanto o serviço de um oleiro, mas a descrição de nossa realidade. Somos frágeis e sempre estamos nos ajustando. Crescemos nos adaptando, moldando-nos e sendo moldados. A vida está sempre em movimento. Crer não é somente um ato intelectual de compreensão e de vontade ao dom de Deus, mas está unido ao nosso ser frágil. É na fragilidade que edificamos nossa vida. Fragilidade não é pequenez ou impossibilidade de crescer. É o melhor modo para acolher Deus que nos abre ao infinito crescimento. Crescemos de “glória em glória” diz Paulo (2Cor 3,18). Crer em Deus exige que nos sintamos frágeis e necessitados de sua bondade de Pai. Por isso nos abrimos. Jesus diz que o que Pai ocultou aos sábios e aos doutores e revelou aos pequeninos (Mt 11,25). O orgulho que provém da abundância de riquezas, de ciência e de poder obscurece o conhecimento de Deus. É um bloqueio que os humildes não têm, por isso podem conhecer o bem maior. 
Soprou-lhe a alma espiritual 
Naquele barro Deus soprou o hálito de vida. E o homem se tornou alma vivente (Gn 2,7). É um ser vivo e tem a dimensão espiritual. Não foi criado como os outros animais. Sabemos que no momento da concepção é criada para cada homem uma alma única e intransferível. Não é somente um ser animal, mas também espiritual. Esse fôlego de vida que veio de Deus é uma participação em sua Vida Divina. Todos nós participamos da vida de Deus porque assim Ele nos fez. Isso não é uma opção, é um dom dado ao barro frágil. A dignidade do homem vem desse dom. Para crer usamos nossos sentidos espirituais de inteligência, vontade, sabedoria, consciência. Tudo isso será acrescido com o Dom que é o Espírito Santo. Ele penetra todo nosso ser. Temos tantos outros dons que nos fazem viver com intensidade. O grande dom da consciência nos fortalece e torna nosso frágil barro em fortaleza diante dos empreendimentos e das dificuldades da vida. Contemplando o mundo, podemos ver como o ser humano se desenvolveu nessa longa história da humanidade. Nós temos os resultados. Os dons espirituais nos elevam a grande dignidade do ser humano, pois podemos participar de forma completa da Divindade. Ainda mais quando sabemos que Jesus uniu essa fragilidade à Divindade. Quanta riqueza. Para crer é preciso aceitar. 
Crescei e multiplicai-vos 
Deus deu a partida na raça humana: Sede fecundos! Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra (Gn 1,28). Não somente aumentar a raça humana, mas criar e viver junto com os outros e estar unido ao outro fiel que crê em Deus. Toda humanidade é uma grande família. A fragilidade gera forças na unidade. Toda divisão, seja de raça, de cor, de crença, de condições, não tem sentido, pois todos viemos do mesmo Deus e voltamos para Ele. A riqueza do universo é a fraternidade. Tudo feito para todos. Ninguém é dono de nada. Somos passageiros e não levamos as paisagens conosco. Essa maravilha nos estimula a aproveitar nossos dons para que o mundo seja melhor. Crer em Deus é um dom precioso, pois responde à nossa condição humana. Crer e amar a todos é instaurar a condição Divina entre nós. Quem recusa outra pessoa como irmão, recusa Deus como Pai de todos.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 19 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 19,23-30. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá, então, salvar-se?». Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível». Então, Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: no mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna». Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld 
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Meditações sobre o Evangelho 
Vós chamais os pobres para junto de Vós, meu Deus! 
Como sois divinamente bom, meu Deus! Se tivésseis chamado primeiro os ricos, os pobres não teriam ousado aproximar-se de Vós, ter-se-iam sentido obrigados a permanecer a distância por causa da sua pobreza, ter-Vos-iam olhado de longe, rodeado pelos ricos. Como sois bom! Como escolhestes a melhor maneira de chamar de uma só vez todos os vossos filhos, sem exceção! E que bálsamo colocastes até ao fim dos tempos no coração dos pobres, dos pequenos, dos desprezados do mundo, mostrando-lhes, desde o vosso nascimento, que eles são privilegiados por Vós, vossos favoritos, os primeiros chamados: os que são sempre chamados para junto de Vós, que quiseste ser um deles e estar, desde o berço e durante toda a vida, rodeado por eles. Deus não vinculou a salvação à ciência, à inteligência, à riqueza, a uma longa experiência, a dons raros que nem todos receberam; vinculou-a a algo que está ao alcance de todos, absolutamente todos, jovens e idosos, seres humanos de todas as idades e classes, de todas as inteligências e fortunas; vinculou-a a algo que todos podem dar, desde que tenham um pouco de boa vontade, pois tanto basta para ganhar esse Céu que Jesus liga à humildade, ao fazer-se pequeno, ocupar o último lugar, obedecer, e ainda à pobreza de espírito, à pureza de coração, ao amor pela justiça, ao espírito de paz. Tenhamos esperança, pois que, pela misericórdia de Deus, a salvação está muito perto de nós, está nas nossas mãos, e basta-nos um pouco de boa vontade para a alcançar.

Bem-aventurado Giordano da Pisa (ou da Rivalto), sacerdote dominicano Dia da Festa: 19 de agosto

(*)Rivalto, Pisa, c. 1260
(+)Piacenza, 19 de agosto de 1311 Após estudar filosofia em Paris, recebeu o hábito no Convento de Santa Catarina, em Pisa. Dotado de uma memória extraordinária (sabia de cor o breviário, o missal, a Bíblia e a segunda parte da Summa Theologiae de São Tomás), colocou sua oratória polida e persuasiva a serviço de Deus. Seus sermões, de excepcional mérito literário, o colocaram entre os pais da língua italiana. Em Pisa, fundou a Confraria do Santíssimo Salvador para incentivar a prática religiosa entre os homens. Faleceu em Piacenza. Seu corpo está sepultado sob o altar-mor da Igreja de Santa Catarina, em Pisa.
Martirológio Romano: Em Piacenza, o Beato Jordão de Pisa, um sacerdote da Ordem dos Pregadores, que explicava conceitos elevados ao povo em língua vernácula com grande simplicidade. 
Ele provavelmente nasceu em Rivalto, um castelo da República de Pisa, na família Orlandini, ou, segundo outros, na própria Pisa, na família da Rivalto, por volta de 1260. Depois de estudar em Paris naquela famosa universidade, em 1280 retornou a Pisa, ingressando no convento de Santa Catarina entre os filhos de São Domingos.

São Magno venerado em Cuneo Dia da Festa: 19 de agosto

Em 285, Magno foi um dos soldados da Legião Tebana, liderada por São Maurício, que se recusaram justiçar os cristãos na região de Vallese, atual Piemonte, por ordem de Maximiano. Descoberto pelos seus perseguidores nos Alpes, onde se dedicava à evangelização, morreu como mártir.
As informações sobre São Magno, venerado no renomado santuário nas montanhas Cuneo, na região de Castelmagno, são muito incertas. A tradição local identifica o santo como um dos soldados pertencentes à famosa Legião Tebana, liderada por São Maurício, que, tendo escapado do massacre de seus companheiros na região de Valais, hoje conhecida como São Maurício, refugiou-se nas montanhas do Piemonte. Ele continuou pregando o evangelho nessas cidades alpinas, onde, capturado por seus perseguidores, testemunhou sua fé cristã com seu sangue; seu corpo foi posteriormente enterrado onde hoje se encontra a igreja que leva seu nome. Não há fontes, documentais ou arqueológicas, que confirmem essa tradição, que é compartilhada por outros santos venerados em vários locais do arco alpino ocidental: São Chiaffredo em Crissolo, São Besso no Vale do Soana, São Tegolo em Ivrea, São Costanzo em Villar e São Dalmazzo na vila de mesmo nome. É bem sabido que a identificação de alguns santos como mártires tebanos é, na verdade, uma operação hagiográfica tardia para conferir certa historicidade, por razões cultuais e iconográficas, a figuras sobre as quais nada se sabia.

São Sisto III Papa Dia da Festa: 19 de agosto

Papa desde o ano 432, Sisto III destacou-se pela luta contra as heresias de Pelágio e Nestor e pela reconciliação entre os Patriarcados de Antioquia e Alexandria. Consolidou o dogma trinitário e construiu a Basílica de Santa Maria Maior. Faleceu em 440 e foi sepultado em São Lourenço fora dos Muros. https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html 
(Papa de 31 de julho de 432 a 19 de agosto de 440) 
Romano, ele continuou a luta contra as heresias pelagiana e nestoriana. Ampliou a igreja de Santa Maria Maggiore, que enriqueceu com doações e impostos. 
Etimologia: Sisto = variante de Sesto
Martirológio Romano: Em Roma, na Via Tiburtina, perto de San Lorenzo, ocorreu a deposição de São Sisto III, Papa, que resolveu os desentendimentos entre os Patriarcados de Antioquia e Alexandria e, na cidade de Roma, entregou ao povo de Deus a Basílica de Santa Maria Maggiore, no Monte Esquilino. 

Beatas Elvira da Natividade de Nossa Senhora e 8 comp., Mártires - 19 de agosto

A comunidade da escola de Cullerà (Valença) e da Casa de Misericórdia daquela cidade estava preparada há tempo para a eventualidade do martírio. A superiora e as outras irmãs eram religiosas de grande estatura espiritual. As nove Carmelitas da Caridade foram levadas da casa-escola da Imaculada Conceição da cidadezinha marítima de Cullerà, onde residiam, no dia 15 de agosto de 1936, e conduzidas como prisioneiras. Três dias depois, no amanhecer do dia 19 de agosto de 1936, foram fuziladas pelos membros do comitê anárquico da FAI nas proximidades da salina. Madre Elvira da Natividade de Na. Sra. (Elvira Torrentallé Paraire), superiora da comunidade, nasceu em Balsareny Paraire Torrentallé (Barcelona) em 19 de junho de 1889. Em 9 de setembro de 1906 entrou no noviciado de Vic (Barcelona) em 1908 foi designada para a casa de Cullerà, onde ela fez sua profissão perpétua em abril de 1925 e foi designada para a Escola Sagrado Coração em Valença. Em 13 de janeiro de 1933 retornou ao seu primeiro destino, Cullerà, mas desta vez como Superiora da comunidade. Piedosa, modesta e dedicada, um de seus grandes amores era a Eucaristia. Em 1936, apesar das pressões da família para ir com eles, ela não deixou a comunidade. No caminho ao local do martírio encorajava as outras irmãs. Escolheu morrer por último; cantando o popular hino eucarístico Cantemos ao Amor dos amores, que entoou até o último suspiro, faleceu nas primeiras horas de 19 de agosto de 1936. A característica fundamental da sua espiritualidade era uma caridade sem limites, o amor de Deus se manifesta no amor aos irmãos. Madre Elvira e duas companheiras foram beatificadas, juntamente com outros 232 mártires, pelo Papa João Paulo II em 11 de março de 2001. 

Santa Sara, Esposa de Abraão - 19 de agosto

No ritual do Sacramento do Matrimônio a esplêndida bênção nupcial deseja à noiva que ela seja "amável como Raquel, sábia como Rebecca, de vida longa e fiel como Sara”. Na Igreja Católica seus nomes estão associados aos de seus maridos como casais exemplares do Antigo Testamento. O nome de Sara em hebraico significa "princesa" e apenas como uma princesa Abraão a queria com ele. Sara foi esposa de Abraão, bem como sua meia-irmã, filha de seu pai Terá (Gn 20:12) com uma mulher diferente de sua mãe. Ela era considerada muito bela ao ponto de Abraão temer que quando eles estivessem próximos aos governantes mais poderosos ela fosse tirada dele e entregue a outro homem. Seu nome original era Sarai. De acordo com Gênesis 17:15, Deus mudou seu nome para Sara como parte de uma aliança com Yahweh após Hagar dar a Abraão seu filho Ismael. Com a saída de Abrão de Harã começa a história que vai levar à formação do povo escolhido (Gn 13). Neste capítulo do início da história de Israel, a esposa de Abraão desempenha um papel fundamental na construção da descendência do povo eleito e o cumprimento da promessa de um Deus que caminha com os homens. "Princesa" é o significado do nome de Sara e sua realeza será o sinal da presença de Deus.

São Luís de Anjou (de Toulouse) Bispo Dia da Festa: 19 de agosto

São Luís de Tolosa, bispo francês (1274-1299), 
filho do rei das duas Sicílias, Carlos II. 
Parente de são Luís IX, rei de França.
(*)Brignoles (Provença), fevereiro de 1274
(+)19 de agosto de 1297 
Filho de Carlos de Anjou, Rei de Nápoles. Ainda menino, foi levado prisioneiro com seus irmãos ao Rei de Aragão e teve a oportunidade de conhecer os franciscanos. Tendo recuperado a liberdade, renunciou ao trono e a qualquer outra perspectiva de grandeza terrena. Luís foi ordenado sacerdote em fevereiro de 1296, aos 22 anos, e bispo em dezembro do ano seguinte. Foi enviado para governar a diocese de Toulouse. No rico episcopado, Luís modelou sua vida segundo as rígidas regras da pobreza franciscana. Tinha especial cuidado com os pobres, os doentes, os judeus vítimas de perseguição e marginalização e os prisioneiros, a quem visitava com frequência. Luís foi elevado aos altares em 1318 por João XXII, na presença de sua mãe e de seu irmão Roberto. 
Martirológio Romano: Em Brignoles, na Provença, na França, ocorreu o falecimento de São Luís, bispo, que, sobrinho do rei São Luís, desejava a pobreza evangélica muito mais do que os louvores e honras do mundo e, ainda jovem em idade, mas maduro em virtude, foi elevado à sé de Toulouse, mas, desgastado por sua saúde precária, logo adormeceu na paz do Senhor.

João Eudes Sacerdote, Fundador, Santo 1601-1680

Sacerdote francês, fundador de duas congregações 
e iniciador do culto aos sagrados Corações de Jesus e Maria.
Fundador de duas congregações religiosas e de seis seminários, foi grande pregador popular, realizando mais de cem missões. Deixou escritas inúmeras obras ascéticas e místicas. São João Eudes nasceu na pequena cidade de Ry (diocese de Séez, na Baixa-Normandia, França), no dia 13 de novembro de 1601. Seu pai, Isaac, havia tentado a carreira sacerdotal, mas fora obrigado a abandoná-la devido à morte de quase toda a família, vítima da peste. Dedicou-se então à agricultura, exercendo também as funções de médico rural. Rezava diariamente o breviário e rivalizava em virtude com a esposa, Marta. O primogénito dos sete filhos que tiveram, João Eudes, foi mais “fruto da oração que da natureza”. Por isso o ofereceram a Nossa Senhora do Socorro, em acção de graças por seu nascimento, e nada negligenciaram em sua educação religiosa e temporal. O menino correspondeu ao desvelo dos pais, e aos 14 anos fez o voto de perpétua virgindade. Nessa época, foi enviado ao colégio dos padres jesuítas de Caen, onde estudou com brilho humanidades, retórica e filosofia. Desde muito pequeno, por inspiração do Divino Espírito Santo, João Eudes tinha profunda devoção aos Corações de Jesus e Maria. Em 1618 entrou para a Congregação Mariana do colégio, para incrementar ainda mais sua devoção a Nossa Senhora. Recebeu então da Mãe de Deus inúmeras graças.

Santo Ezequiel Moreno y Diaz Dia da Festa: 19 de agosto

Foi grande devoto 
do Sagrado Coração de Jesus.
(*)Alfaro Tarazona, Espanha, 9 de abril de 1848
(+)Montegudo, Navarra, 19 de agosto de 1906 Nasceu em Alfaro Tarazona, Espanha, em 9 de abril de 1848. Aos 17 anos, fez sua profissão religiosa na Congregação Agostiniana dos Recoletos. Em 3 de junho de 1871, foi ordenado sacerdote em Manila. Passou seus primeiros 15 anos de sacerdócio nas Filipinas, imbuído de ardente zelo apostólico. De 1888 até poucos meses antes de sua morte, desenvolveu suas múltiplas atividades na Colômbia: restaurou a província religiosa agostiniana da Candelária, inaugurou uma nova era missionária, foi o primeiro Vigário Apostólico de Casanare e, a partir de 1896, Bispo de Pasto. Combinava sincera disponibilidade com inabalável fortaleza na defesa dos interesses de Cristo e da Igreja. Era profundamente devoto do Sagrado Coração de Jesus. Em 19 de agosto de 1906, faleceu no convento de Monteacuto (Navarra, Espanha), onde havia feito a profissão religiosa e do qual fora superior. Paulo VI o beatificou em 1º de novembro do Ano Santo de 1975. Foi canonizado na cidade de Santo Domingo em 11 de outubro de 1992, por João Paulo II, apresentado ao mundo como exemplo de pastor e missionário no V Centenário da Evangelização da América. (Avvenire) 
Martirológio Romano: Em Monteagudo, em Navarra, Espanha, no aniversário da morte de Santo Ezequiel Moreno Díaz, bispo de Pastopoli, Colômbia, da Ordem dos Agostinianos Recoletos, que passou toda a sua vida anunciando o Evangelho nas Ilhas Filipinas e na América do Sul.

ORAÇÕES - 19 DE AGOSTO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
19 – Terça-feira – Santos: João Eudes, Sisto III, Luís de Tolosa
Evangelho (Mt 19,23-30)“Quem tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais...”
Para seguir Jesus e aceitar seu evangelho – sua proposta de vida – temos de lhe dar preferência acima de tudo, não só da riqueza.É uma escolha de vida, que irá condicionar todas as nossas decisões. Eisso se exige de todos, e não só dealguns. Os discípulos perceberam que isso era difícil e ficaram espantados. E o Mestre deixou claro que só era possível com a ajuda do poder de Deus.
Oração
Senhor Jesus, só mesmo por amor vos podemos seguir,e por amor nos ajudais a tomar essas decisões.Sem vossa graça, não seríamos capazes de fugir das ilusões que nos seduzem. Preciso de vós porque sou fraco e trago em mim as marcas do pecado. Iluminai-me, purificai meu coração e dai-me sabedoria e força para renunciar a tudo que me possa afastar de vós.Quero seguir-vos. Amém.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Semeando a Palavra”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Que terra somos?
 
Conhecemos bem essa parábola da semente que é lançada à terra. No tempo jogavam a semente e depois revolviam a terra para enterrá-la e esperar a chuva. Podemos entender a comparação da semente jogada e que cai em diversos tipos de terra: terra de caminho, que é dura; terra em terreno pedregoso, não tem umidade; semente que caiu entre os espinhos, no meio do mato, é sufocada; e semente que caiu em terra boa. Esta produz em abundância. E Jesus diz uma palavra pesada: “Quem tem ouvidos, ouça” (Mt 13,9). Trata-se da compreensão de toda a pessoa, não só da audição. Que possam perceber a sabedoria de suas palavras. Jesus retoma as palavras de Isaias 48,6 e Deuteronômio 29,4. Dizer ouvidos, olhos e coração compreende toda a pessoa. Jesus diz que o fechamento é total. Há sempre a possibilidade de se fechar. Esse foi o problema que acompanhou a história do povo de Deus e continua acontecendo. Sem conversão os males só aumentam. A terra inculta não produz fruto. Essa Palavra de Deus nos questiona muito perguntando o que colocamos como impedimento de sua germinação em nós. Falta de compreensão, não deixar a planta crescer, falta de persistência, excesso de preocupações e ilusão com a riqueza... Tanta coisa impede. Impede porque não estamos abertos a Deus. Mas, o pouco que conseguimos fazer sempre produz fruto. Mesmo que não seja total, o pouco que podemos é o tudo que Deus acolhe. A oração da missa nos estimula a “aprender a rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome”. 
Glória que nos espera 
A semente plantada produz fruto. Os que ressuscitaram com Cristo produzem fruto no mundo e se destinam a uma glória da qual não temos noção como será grande. Escreve S. Paulo: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente não merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18). Citando 1 Coríntios 2,9, retoma as mesmas palavras que Isaias usa para a recusa da Palavra num sentido de incapacidade de poder ver o que nos espera na Glória: “Os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam”. Acrescenta ainda a maravilhosa reflexão sobre a natureza que espera “ser libertada da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus” (Rm 8,21). É uma reflexão sobre o futuro do mundo, do homem e da natureza. O que há na natureza que a faz sofrer? O pecado humano no mau uso dos bens criados. Nossa ressurreição irradiará sua glória no mundo. Como participamos da natureza, ela participará da glorificação como participa da glorificação de Cristo. Vemos os sacramentos que têm seu lado cósmico usando os bens da natureza para que seja dada a graça, de modo próprio chegará à glória, pois Paulo ensina que o universo será recapitulado em Cristo (Ef 1,10). 
A força da Palavra 
Nesse panorama meio sombrio da falta de religião do povo e do desinteresse, temos a palavra de Isaias que demonstra a força da Palavra. Pensamos que tudo depende de nós, mas termos certeza que tudo depende de Deus. Nossa colaboração é necessária. Deus respeita nossa liberdade. Basta uma semente da Palavra, é já uma grande plantação. É como a chuva que produz seu efeito. Deus não desiste de nós. Sempre está oferecendo sua Palavra que alimenta, fortalece, cura e estimula. Quanto mais nos abrirmos, mais ela é será fecunda. Vejamos que terra somos. Em cada celebração ouvimos a Palavra. Ouçamos 
Leituras: Isaias 55,10-11; Salmo 64; 
Romanos 8,18-23; Mateus 13,1-23 
1. Terra boa é o acolhimento. A semente produz fruto pela força da Palavra. 
2. A ressurreição com Cristo é a libertação da natureza. Tudo se endereça a Cristo. 
3. A semente lançada é como a chuva que sempre produz frutos. 
Ouvido entupido 
A parábola é conhecida, mas a frase de Isaias que Jesus usa é menos conhecida, mas é ela que dá o sentido ao pouco resultado da plantação. Como a semente simboliza a Palavra, ouvi-la e acolhê-la vai dar muito fruto. Não ouvir não é somente um problema de audição, mas é o fechamento de tudo o que somos: os olhos não vêem, os ouvidos não ouvem nem o coração compreende. É a terra que não dá fruto. Por isso, o texto ensina cuidar como ouvimos. A Palavra de Deus tem uma fecundidade muito grande, como a produzida pela chuva que cai do céu, molha a terra e faz brotar as sementes para que tenha o grão e depois o pão para o alimento. Não volta sem realizar. Mas o ouvido entupido por tudo o que corre pelo mundo, bloqueia a ação de Deus. O sofrimento não obstrui o ouvido nem fecha o coração, pois a própria natureza quer se libertar desse mal provocado pelo coração fechado do homem. 
Homilia do 15º Domingo Comum (16.07.2017)

EVANGELHO DO DIA 18 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 19,16-22. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um jovem, que Lhe perguntou: «Mestre, que hei de fazer de bom para ter a vida eterna?». Jesus respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos». Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo». Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?». Jesus respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois, vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido, porque tinha muitos bens. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Clemente de Alexandria 
(150-215)
Teólogo 
Homilia «Os ricos podem salvar-se?», 8-9; PG 9, 603 
«Se queres» 
Este jovem sente que, embora nada falte à sua virtude, ainda lhe falta qualquer coisa na vida. Vem, pois, pedi-la à única pessoa que lha pode dar. Tem a certeza de estar em regra quanto à Lei, mas nem por isso deixa de implorar ao Filho de Deus, passando de uma fé a outra fé. As amarras da Lei não o defendiam das ondas, e ele deixa essas águas perigosas, que o inquietam, e vem lançar âncora no porto do Salvador. Jesus, que não lhe censura ter faltado a qualquer artigo da Lei, enternece-Se (cf Mc 10,21), emocionado com a sua aplicação de bom aluno. Contudo, declara-o ainda imperfeito […]: é bom trabalhador da Lei, mas preguiçoso em relação à vida eterna. Já faz muito bem, sem dúvida, pois a Lei é um pedagogo (cf Rom 7,12; Gal 3,24), que ensina pelo temor e encaminha aqueles que a cumprem para os mandamentos sublimes de Jesus e para a sua graça: «É que o fim da Lei é Cristo para que, deste modo, a justiça seja concedida a todo o que tem fé» (Rom 10,4). Ele não é um escravo que produz escravos, mas confere a qualidade de filhos, de irmãos, de co-herdeiros a todos os que fazem a vontade do Pai (cf Rom 8,17; Mt 12,50). […] Estas palavras, «se queres», mostram admiravelmente a liberdade do jovem. Ele terá de escolher, pois é dono das suas decisões. Mas é Deus que dá, pois Ele é o Senhor. Ele dá a todos os que desejam, se aplicam fervorosamente e rezam para que a salvação seja a sua escolha pessoal. Inimigo da violência, Deus não obriga ninguém, mas dá a graça aos que a procuram, abre aos que batem à porta (cf Mt 7,7).

São Firmino, Bispo de Metz-Dia da Festa: 18 de agosto

Martirológio Romano:
Em Metz, na Gália Belga, França, São Firmino, bispo. 
São Firmino é o décimo primeiro bispo de Metz. Na cronologia oficial dos bispos da diocese, ele sucede a Santo Adelfo e precede São Leôncio. Sua posição foi atribuída pelo catálogo mais antigo dos bispos da cidade, compilado por volta de 776 e preservado no chamado "Sacramentário" de Drogo, bispo de Metz entre 823 e 855. Sabemos muito pouco sobre ele. Na verdade, muito pouco se sabe sobre sua vida. Presume-se que São Firmino tenha sido de origem grega e tenha governado a diocese entre o final do século IV e o início do século V. Parece ter sido bispo por quinze anos e falecido em 18 de agosto, em ano não especificado. Seu corpo foi sepultado na cripta da igreja de São Clemente. Seus restos mortais foram transferidos para a parte superior do edifício, onde foram venerados até o final do século XVIII. Suas relíquias, depois disso, como em muitos outros casos, foram destruídas. A festa de São Fermín, no próprio Metz, é fixada em 18 de agosto. 
Autor: Mauro Bonato

18 de agosto - Santos Floro e Lauro

Os Santos Mártires Floro e Lauro eram irmãos de carne, de espírito e de vocação. Ambos eram fervorosos cristãos e eram cortadores de pedras por profissão. Naturais de Bizâncio, tinham como mestre e pai espiritual comum São Proklo. Depois da morte de São Proklo, Floro Lauro saíram de Iliria e foram morar na cidade de Ulpiana onde trabalhavam e, na medida de suas possibilidades, pregavam o Evangelho. Aconteceu que um príncipe pagão os contratou para construir um templo aos ídolos. Durante a execução da obra, um pedaço de pedra saltou e acertou o olho do filho do sacerdote pagão Merentius, que estava observando o trabalho dos construtores curiosamente. Vendo o olho do filho cego e sangrando, o sacerdote pagão começou a vociferar contra Floro e Lauro e queria agredir os dois. Então, os santos irmãos disseram-lhe que, se ele acreditasse no Deus n’O qual eles acreditavam, seu filho seria curado. O sacerdote pagão prometeu. Floro e Lauro, em lágrimas, oraram ao único, vivente Senhor Deus, e traçaram o sinal da Cruz sobre o olho ferido do garoto. O menino ficou imediatamente curado, e seu olho ficou totalmente são, como antes. Merentius e seu filho foram batizados. Quando os irmãos completaram o templo, colocaram uma cruz sobre ele, reuniram todos os cristãos e consagraram-no no nome do Senhor Jesus, com uma vigília noturna e cântico de hinos.

Papa Agapito I

Agapito, Papa por quase um ano, foi enviado pelo rei dos Godos a Constantinopla para dissuadir o imperador Justiniano de retomar a Itália. A missão não teve êxito, mas o Papa conseguiu uma nova vitória contra a heresia do monofisismo. Durante o seu retorno a Roma, Agapito faleceu, em 536.
Agapito era filho de Gordianus, um padre romano assassinado nos tumultos no tempo do Papa Símaco (498-514). O seu primeiro ato oficial foi queimar, na presença de uma assembleia de clérigos, o anátema que o papa Bonifácio II tinha pronunciado contra o seu rival, o Antipapa Dióscoro e ordenou que fosse preservado nos arquivos romanos. Combateu a doutrina monofisista e fundou em Roma, com Cassiodoro, uma biblioteca de autores eclesiásticos. Por esta altura Belisário, após ter conquistado a Sicília, preparava-se para invadir a Itália. O rei ostrogodo Teodato, como último recurso, pediu ao pontífice que viajasse a Constantinopla e fizesse valer a sua influência junto do imperador Justiniano I. Para custear as despesas da da viagem, que incluía uma imponente comitiva e cinco bispos, Agapito viu-se obrigado a empenhar vários objectos sagrados da Igreja de Roma.

Beata Paula Montaldi, Abadessa - 18 de agosto

Martirológio Romano: Em Mântua, Lombardia, Itália, Beata Paula Montaldi, virgem, abadessa da Ordem das Clarissas, que se distinguiu por sua devoção à Paixão do Senhor e por sua constante oração e austeridade (1514).
     Nas colinas à esquerda do Mincio, indo em direção à planície e lagos de Mântua, a aldeia de Volta Mantovana está em posição dominante; centro agrícola de origem medieval, hoje também é conhecida por suas pedreiras de cal. A igreja paroquial de Volta Mantovana tem algumas belas pinturas atribuídas a Guercino, e acima de tudo preserva o corpo da Beata Paula Montaldi, nascida perto de Volta Mantovana, no castelo dos nobres locais. Naquela igreja, o corpo da Beata foi preservado desde 1872. Antes, por mais de dois séculos e meio, ele permaneceu na igreja do Mosteiro de Santa Lúcia, em Mântua, isto é, no lugar que por 56 anos uma freira de clausura tinha feito de sua vida espiritual um trabalho precioso, delicado, um perfeito bordado invisível.
     Às vezes ficamos desapontados com a falta de notícias precisas e exaustivas da vida de personagens, homens e mulheres, que chegaram às honras dos altares, tendo passado toda a sua vida dentro dos muros de um claustro. Pelo contrário, devemos surpreender-nos com a forma como o eco da santidade conseguiu superar a tripla barreira do silêncio, da clausura e da modéstia. Maravilha-nos como foi possível dar um nome e um rosto a certas flores espirituais secretas, que todas as circunstâncias externas parecem dedicar ao silêncio, para não dizer ao esquecimento.
     Portanto, também para Paula Montaldi só será possível relatar os poucos dados de sua biografia e as parcas notícias sobre sua santidade. O que se sabe, mesmo tendo sido relatado em um processo canônico oficial, é apenas uma pequena parte do todo que só Deus pode saber.

Santa Helena, Imperatriz, mãe do Imperador Constantino - 18 de agosto

     Helena nasceu em meados do século III, provavelmente em Bitínia, região da Ásia Menor. Os autores britânicos afirmam que ela nasceu na Inglaterra, naquele tempo uma província romana. Segundo a tradição, Helena era muito bela e foi este o atributo que atraiu o famoso general romano Constâncio Cloro, quando a viu enquanto percorria a região. Constâncio Cloro, tribuno e mais tarde governador da ilha, enamorou-se dela e a tomou por esposa
     Por volta do ano 274 tiveram um filho a quem deram o nome de Constantino.
     Constâncio Cloro chegou a ser marechal de campo e o imperador Maximiano nomeou-o corregente e, portanto, seu sucessor no Império, mas com a condição de que repudiasse sua mulher e esposasse sua filha Flávia Maximiana Teodora.
     Tanto Helena quanto Constâncio Cloro eram pagãos. Levado pela ambição, Constâncio se separou dela e levou para Roma seu pequeno filho, Constantino. Por catorze anos Helena chorou sua desgraça, nos quais se converteu ao cristianismo.
     Depois da morte de Constâncio Cloro, Constantino foi proclamado imperador de Roma pelo exército. Constantino mandou vir sua mãe para viver na corte, conferindo-lhe o nome de Augusta e o título de Imperatriz. Embora fosse pagão como seu pai, o jovem tinha sido instruído por sua amada mãe nos fundamentos do cristianismo.
     Entretanto, converteu-se quando antes da batalha na região entre Saxa Rubra e Ponte Milvio, viu uma Cruz em seus sonhos com uma legenda que dizia: “Com este sinal vencerás”. No dia seguinte, o imperador levou uma Cruz ao combate e exclamou: “Confio no Cristo em quem minha mãe Helena crê”.
     Constantino amava muito sua mãe e, por volta do ano 325, outorgou-lhe o título de Augusta ou imperatriz. Além disso, mandou fazer moedas com a imagem dela e lhe deu plenos poderes para utilizar o dinheiro do governo nas boas obras que quisesse.

Helena de Bitínia Mãe de Constantino, Santa + Século IV

Imperatriz, mãe do Imperador Constantino.
Descobriu a Cruz de Cristo (255-327).
Nasceu em meados do século III, provavelmente em Bitínia, região da Ásia Menor. Os autores britânicos afirmam que nasceu na Inglaterra, que era naquele tempo província romana, e que Constâncio Cloro, tribuno e mais tarde governador da ilha, apaixonou-se por ela, e a tomou em matrimônio. Por volta do ano 274 tiveram um menino, a quem puseram por nome Constantino. Constâncio Cloro chegou a ser marechal de campo; em seguida o imperador Maximiano o nomeou corregidor e, portanto, seu sucessor no Império, mas com a condição de que repudiasse a sua mulher e tomasse por esposa a sua enteada Teodora. Tanto Helena como Constâncio Cloro eram pagãos. Levado pela ambição Constâncio se separou dela e foi para Roma com seu pequeno filho Constantino. Quatorze anos chorou Helena sua desgraça, até que ao morrer Constâncio, no ano 306, Constantino foi nomado imperador, com o que iniciou para ela uma nova forma de vida. Constantino mandou chamar a sua mãe a corte, conferiu-lhe o nome de Augusta e o título de imperatriz. Purificada pelo sofrimento, Helena recebeu o batismo, provavelmente no ano 307, e foi uma cristã exemplar, testemunha da grande jornada em que Constantino fez pôr pela primeira vez a cruz nos estandartes de suas legiões para vencer em batalha a seu rival Magêncio.

Alberto Hurtado Cruchaga Sacerdote jesuíta, Santo (1901-1952)

Nasceu em Viña del Mar (Chile), no dia 22 de Janeiro de 1901. Aos quatro anos perdeu o pai e foi obrigado a experimentar a pobreza, pois a mãe teve que vender a sua modesta propriedade para pagar as dívidas. Contudo, graças a uma bolsa de estudos, ele pôde frequentar o Colégio dos Jesuítas em Santiago, onde se tornou membro da Congregação Mariana, manifestando imediatamente um vivo interesse pelos pobres. No dia 14 de Agosto de 1923 entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Chillán e em 1925 foi mandado para Córdova (Argentina) para completar os estudos humanísticos. Recebeu a Ordenação sacerdotal em Lovaina (Bélgica) no dia 24 de Agosto de 1933. Retornou ao Chile em 1936 e iniciou o ensino de religião no Colégio Santo Inácio e de pedagogia na Universidade Católica. Encarregado dos estudantes pela Congregação Mariana, conseguiu envolvê-los na catequese para os pobres. Durante um dos cursos de Exercícios, o Pe. Hurtado dirigiu um apelo aos participantes a favor dos muitos pobres da cidade: o pedido foi prontamente acolhido e constituiu o começo da iniciativa que o tornou especialmente conhecido El Hogar de Cristo ("O Lar de Cristo"). Tratava-se de uma forma de actividade caritativa que previa não só dar uma acomodação aos desabrigados, mas ofecerer-lhes também um ambiente semelhante ao da família, onde experimentar a bondade e o carinho. Após ter passado a sua existência manifestando o amor de Cristo aos pobres, foi chamado por Ele no dia 18 de Agosto de 1952. O Padre Alberto Hurtado foi beatificado pelo Papa João Paul II em 16 de outubro de 1994, e canonizado por Bento XVI no domingo 23 de outubro de 2005, dia mundial das Missões.

ORAÇÕES - 18 DE AGOSTO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
18 – Segunda-feira – Santos: Ângelo d’Agostini, Firmino, Helena
Evangelho (Mt 19,16-22) “Alguém se aproximou de Jesus e disse: ─ Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”
A um jovem, que já vivia os mandamentos, mas perguntava que a mais poderia fazer, Jesus surpreende com uma resposta: – Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. O convite de Jesus era pessoal e especial, para estar sempre e em tudo com ele. Nunca fez o mesmo convite para todos os seus ouvintes.
Oração
Jesus, acho que entendi. Não basta se eu apenas cumpro mandamentos e obrigações. Tendes um projeto pessoal para mim, e me chamais para uma tarefa que só eu poderei cumprir. O importante não é a tarefa, mas sim que eu a aceite e cumpra, custe o que custar. O importante é que eu vos responda com todo o amor que me tornais possível. Fazei que eu aceite o convite e vá convosco. Amém.

domingo, 17 de agosto de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A força do cotidiano”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Não muitas, mas serenas
 
“Não contamos as horas pelo número, a não ser as serenas” (horas non numero nisi serenas). Esse provérbio latino nos diz que o que valem são as horas boas, serenas e gostosas de viver. Bonito, mas nem tanto, pois a vida se compõe de claro e escuro. Se todo dia for festa, nunca haverá festa. A vida é composta de momentos alegres, momentos tristes e momentos do cotidiano. Vivemos nessas três modalidades que nos equilibram. O tempo litúrgico que vivemos me estimula a uma reflexão sobre o sentido do cotidiano. A liturgia tem grandes festas e depois volta ao “pão nosso de cada dia”. Temos Tempo do Natal, Tempo Pascal e Tempo Comum. Este, também chamado de Ordinário segue uma ordem. São 34 semanas que se seguem, sendo uma parte antes da Quaresma e, a maior parte, depois da Páscoa. Nesse tempo não se celebra um mistério específico de Cristo, como o Nascimento, a Morte ou a Ascensão. Mas o mistério de Cristo como um todo, acompanhando um dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). João é lido em alguns tempos definidos. Seguimos o caminho do evangelho, vivendo o mistério no seu todo, lido em cada domingo. Durante a semana há outro esquema: Lê-se todo evangelho e textos das epístolas e do Antigo Testamento. No arco de três anos lemos 90% da Bíblia. Desse modo a vida também requer que se viva intensamente o momento presente com aquilo que ela oferece. É um ensinamento sobre a vida. Como nosso organismo tem um ritmo contínuo e sereno, assim, o dia a dia é uma oferta de vida. Jesus diz: “Não vos preocupeis com o amanhã, pois o dia de amanhã se preocupara consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal” (Mt 6,34). Cada dia é completo. 
Aproveite o dia 
Igualmente temos o provérbio “carpe diem”. Essa expressão vem das odes de Horácio, que significa, aproveite o dia. Não queira viver amanhã. Isso Jesus já diz quando ensina o adequado modo de viver buscando hoje o essencial: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6,33). Dá ainda a explicação mais aprofundada, pois o sentido da vida não só está em aproveitar o máximo de prazer que possa ter, mas dar sentido pleno ao dia porque, vivido a partir do Reino, será completo eternamente. Como cremos na Ressurreição, temos uma direção. Se não temos o sentido, então poder-se-á dizer “comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (1Cor 15,32). O dia nos traz a riqueza de todo o universo. O Reino de Deus está plenamente presente. Podemos dizer que a eternidade está presente para nos fazer completos. Ela não é algo que vem depois da morte, mas nos preenche de sentido. A presença do mistério de Deus em nossa vida é silenciosa como a vida é silenciosa. Aproveitar é viver na serenidade que usufrui o dom da vida e da eternidade. Fácil viver. Basta viver o momento presente. Ele dá base para o futuro. Se viver bem hoje, o amanhã já está preparado. 
Nada é perdido 
Temos o defeito de ver a vida como produção de coisas, como uma empresa que procura lucros e acumula bens. A vida está primeiro no ser, depois do ter e no produzir. Não perdemos tempo quando estamos dedicados aos outros. O tempo que perde com o outro é o tempo bem aproveitado. Ser para, é ser completo, pois temos tudo a ponto de poder dar aos outros. As pessoas que mais saíram de si, foram as que mais se conquistaram. O que nos faz perder é querermos só ganhar. Jesus sempre coloca sua mensagem ao avesso da nossa. A melhor vantagem é não procurar vantagens.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 17 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Lucas 12,49-53
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à Terra e que quero Eu senão que ele se acenda? Tenho de receber um batismo e estou ansioso até que ele se realize. Pensais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão. A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Jean-Jacques Olier 
(1608-1657) 
Fundador dos padres de São Sulpício 
Leituras espirituais, 44
 «Eu vim trazer o fogo à Terra e que quero Eu 
senão que ele se acenda?» 
Nosso Senhor Jesus Cristo vive neste mundo nas almas, crescendo nelas segundo as operações da sua graça, como fazia na sua infância, conversando com sua Mãe; e prossegue a sua vida interior em nós quando somos exclusivamente dele. Aquilo que começou em Si mesmo, prossegue-o na sua Igreja, de modo que a vida divina que lhe comunica, e que tão gloriosa é para Deus seu Pai, não terá fim na eternidade. Ele deseja que toda a Terra esteja cheia de fogo, pois enviou-o cá para baixo com o único fim de que esse fogo devore o mundo. Não há nada melhor, nem que dê mais descanso e consolo à alma, do que ser arrebatada para fora de si mesma por Jesus Cristo e pelo seu Espírito divino, que, para tal, não precisa do carro de fogo de Elias (cf 2Rs 2,11), pois nos eleva da Terra ao Céu pelo seu próprio poder, e do fundo de nós mesmos nos transporta para o seio de Deus. E eu seria infiel a Jesus se não pressionasse incessantemente a vossa alma, a fim de impedir que ela descanse, um momento que seja, voltada para si mesma.

17 de agosto - Beata Leopoldina Naudet

Em Verona, foi proclamada Beata Leopoldina Naudet, fundadora das Irmãs da Sagrada Família. Cresceu na corte de Habsburgo, primeiro em Florença e depois em Viena, e desde da meninice teve uma forte vocação para a oração, mas também para o serviço educativo. Consagrou-se a Deus e, através de várias experiências, conseguiu formar em Verona uma nova comunidade religiosa, sob a proteção da Sagrada Família, ainda hoje viva na Igreja. Unamo-nos à sua alegria e à sua ação de graças!
Papa Francisco – 30 de abril de 2017 
Leopoldina Naudet nasceu em Florença 31 maio de 1773 filha de pai francês e de mãe alemã, ambos a serviço dos arque-duques de Lorena. Aos três anos, Leopoldina fica órfã da mãe e, em 1778, quando tinha cinco anos, foi enviada ao mosteiro do Castelo de São Frediano do convento de S. José. Em 1783, foi para a França, a fim continuar os estudos e terminar sua instrução. Em 1789 retornou a Florença, ocasião em que faleceu também o pai. Nisso, foi convidada a prestar serviços de camareira junto à corte do arque-duque Leopoldo, junto ao Palácio de Pittia, dirigiu a instrução dos filhos do grão-duque e quando este tornou-se imperador de Hagsbourg em 1790, acompanhou-o à Viena.

Santo Eusébio Papa Dia da festa: 17 de agosto

Papa por alguns meses, a partir de abril de 309, dedicou-se aos lápsi, aqueles que haviam renunciado à fé por causa da perseguição, mas pediam a readmissão. Eram liderados por Heráclito, que não queria castigos reparatórios. A dissensão acabou em sangue por Massêncio. Eusébio foi exilado e morreu. 
(Papa de 18/04/309 a 17/08/309) 
Grego. Ele teve que lidar com o problema dos chamados "caídos", como eram chamados aqueles que haviam renunciado à fé cristã durante as perseguições. 
Martirológio Romano: Na Sicília, aniversário da morte de Santo Eusébio, Papa, que, valente testemunha de Cristo, foi deportado pelo Imperador Maxêncio para esta ilha, onde, exilado de sua pátria terrena, mereceu entrada em sua pátria celeste; seu corpo foi transladado para Roma e depositado no cemitério de Calisto.

Santa Joana da Cruz (Jeanne Delanoue) Fundadora Dia da festa: 17 de agosto

(*)Saumur, França, 18 de junho de 1666
(+)Saumur, França, 17 de agosto de 1736 Ela nasceu em Saumur, às margens do Loire, França, em 18 de junho de 1666. Seus pais administravam uma modesta loja de armarinhos perto do santuário de Notre-Dame-des-Ardilliers. Ela perdeu o pai quando tinha apenas seis anos e pôde ajudar a mãe no trabalho para sustentar toda a família. Após a morte de sua mãe, um peregrino ao santuário convidou Jeanne a se dedicar aos pobres. Ela começou a visitar os que viviam nos estábulos escavados na encosta, levando-lhes comida e roupas, lavando suas roupas e, se necessário, dando-lhes as suas. Ela também começou a acolhê-los em sua casa. Então, algumas jovens chegaram para ajudá-la. Assim, em 1704, foi fundada a Congregação de Santa Ana da Providência. E em 1715, um lar para os pobres foi estabelecido em Saumur. Após sua morte, em 17 de agosto de 1736, a fundadora deixou para trás uma dúzia de comunidades, hospícios e até pequenas escolas. Em Saumur, ouviu-se o anúncio: "La sainte est morte", que significa "A santa está morta". Ela é santa desde 1982. 
Martirológio Romano: Em Saumur, perto de Angers, na França, Santa Joana Delanoue, virgem, que, confiando firmemente na ajuda da Providência divina, acolheu em sua casa primeiro órfãos, idosos, doentes e prostitutas e depois fundou com algumas companheiras o Instituto das Irmãs de Santa Ana da Providência.

Santa Beatriz da Silva e Menezes, Fundadora - Festejada 17 de agosto

      Na Reconquista, uma das últimas vitórias sobre os árabes para o reino de Portugal foi Ceuta (1415). O capitão desta façanha, e primeiro governador da cidade conquistada, foi D. Pedro de Menezes, Conde de Vila Real e descendente dos reis de Castela. Na conquista de Ceuta, o cavaleiro D. Ruy Gomez de Silva havia participado com bravura e seu comportamento lhe mereceu o apreço do capitão a ponto de lhe dar a mão de sua filha Isabel.

     Beatriz da Silva e Menezes nasceu no ano de 1424 em Celta, quando esta cidade pertencia a Portugal. Era a oitava filha de Ruy Gomes da Silva, Senhor de Campo Maior, e de Isabel de Menezes, filha de D. Pedro de Menezes. Por via materna, descendia também dos condes de Ourém e Barcelos. O casal teve 11 filhos, educados por franciscanos, que lhes inculcaram sólidos princípios cristãos e um especial amor à Imaculada Conceição. Dos 10 irmãos de Beatriz, é dever mencionar D. João de Menezes da Silva, o Beato Amadeu.
     Beatriz da Silva era uma jovem de grande beleza, conforme testemunha um relato da época: "além de vir de sangue real, era mui graciosa donzela e excedia a todas em formosura e gentileza".

São Jacinto de Cracóvia, sacerdote dominicano

Jacinto nasceu na Silésia, em 1183, e era sobrinho do Bispo de Cracóvia. Em Roma, conheceu São Domingos e entrou para a Ordem dos Pregadores. Encarregado de evangelizar a Polônia e todo o Oriente, trabalhou para a união das Igrejas do Oriente e do Ocidente. São Jacinto foi canonizado em 1594.
O santo que levou Jesus e Maria nas mãos 
São Jacinto de Cracóvia, carregando numa das mãos o Salvador do mundo e, na outra, a imagem da Santíssima Virgem, passou por seus inimigos ao atravessar a cidade de Kiev. Felizes os que levam Jesus e Maria, não só nos lábios, mas também nas mãos! 
São Jacinto, grande ornamento da célebre Ordem dos Pregadores, nasceu na Polônia, em 1183. Era filho de pais ilustres, que o educaram segundo os preceitos do cristianismo. Durante os anos dedicados aos estudos, foi um exemplo de inocência, piedade e trabalho. Seu tio, o bispo de Cracóvia, nomeou-o cônego de sua catedral, para empregá-lo na administração da Sé. Quando partiu para Roma, por causa de problemas em casa, levou Jacinto consigo. São Domingos, tão célebre por seu zelo apostólico e pelos milagres que realizou, estava lá, na Cidade Eterna, na mesma época. Jacinto, observando o maravilhoso zelo e a piedade deste santo homem e de seus companheiros, sentiu um profundo desejo de unir-se a eles. Ele e três dos seus companheiros de viagem, que tinham a mesma inclinação, foram até São Domingos e suplicaram-lhe que os recebesse em sua Ordem, recém-fundada. O santo acolheu-os de bom grado e ensinou-os a levar uma vida religiosa, a pregar com espírito cristão e a trabalhar com êxito para o bem-estar espiritual dos homens. 

Santa Clara da Cruz (de Montefalco) Virgem Dia da festa: 17 de agosto

(*)Montefalco, Perugia, 1268
(+)Montefalco, 17 de agosto de 1308 
Santa Clara nasceu em Montefalco (Perúgia) em 1268. Aos seis anos de idade, ingressou no recluso onde sua irmã Giovanna vivia com várias companheiras, numa vida de grande austeridade. Em 1290, o recluso foi estabelecido como um mosteiro seguindo a Regra de Santo Agostinho. Após a morte de sua irmã Giovanna, em 22 de novembro de 1291, Clara da Cruz foi eleita superiora do mosteiro, cargo que ocupou até sua morte, em 17 de agosto de 1308. Enriquecida com os dons espirituais do conhecimento e do discernimento infusos, ela defendeu apaixonadamente a ortodoxia da fé contra desvios heréticos insidiosos. Serviu como conselheira espiritual de figuras influentes na igreja e na sociedade da época. Sua espiritualidade se concentrava na meditação da Paixão de Cristo e na devoção à Cruz. Após sua morte, suas colegas freiras, preocupadas em preservar seu corpo, abriram seu coração e encontraram as marcas da Paixão impressas nele. Seu corpo é venerado no santuário de Montefalco e guardado pelas freiras agostinianas. 
Etimologia: Chiara = transparente, ilustre, do latim
Martirológio Romano: Em Montefalco, na Úmbria, Santa Clara da Cruz, virgem da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que governava o mosteiro de Santa Croce e era ardente de amor pela Paixão de Cristo.

NOSSA SENHORA DAS MERCÊS (Significado)

 
Nossa Senhora das Mercês é um dos títulos da Virgem Maria. Surgiu em 1218 quando São Pedro Nolasco, São Raimundo do Peñafort e o Rei Dom Jaime I da Espanha tiveram o mesmo sonho com a Virgem Maria. No sonho, ela pedir para que eles fundassem uma Ordem Religiosa que tivesse como objetivo libertar os cristãos escravizados pelos muçulmanos. Na época, os muçulmanos tinham invadido parte da Península Ibérica, prendendo e escravizando inúmeros cristãos. A recém criada Ordem passou a se chamar Ordem dos Mercedários em homenagem a Nossa Senhora das Mercês. Muitos membros da ordem chegaram a doar suas vidas pela libertação de cristãos que tinham sido escravizados. Por tudo isso, a imagem é rica em símbolos. Vamos conhece-los. 

ORAÇÕES - 17 DE AGOSTO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
17 – Domingo – Assunção de Nossa Senhora, Solenidade
Evangelho (Lc 1,39-56)A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a pequenez de sua serva.”
Desde que Maria aceitara a mensagem e se entregara às mãos do Senhor,foram tantos os sentimentos e as ideias que a envolveram. Ao ouvir Isabel, todas as sua meditações cristalizavam-se em duas ideias: louvor e gratidão.Bendissea grandeza, o poder, o amor surpreendente de Deus, que se voltava para ela e toda a humanidade.E agradeceu sua bondade divina, porque só um Deus bom podia olhar para ela, tão pequena. A sua alegria foi imensa, como se em seu coração brotasse a alegria de homens e mulheres de todos os tempos. Omelhor que posso fazer é unir-me ao louvor e à alegria da mãe de Jesus, nossa mãe e irmã na caminhada e na busca. Bendigo a Deus que me ama, a mim tão pequeno, e alegro-me porque se me ama, eu o posso amar.
Oração
Senhor meu Deus,agradeço vossa bondade e vosso amor por Maria, e por todos nós. Só um amor muito grande explica vosso cuidado por mim, por minha vida de agora e por minha vida para sempre. Não só me criastes, mas quisestes que fosse filho vosso pela minha união com vosso Filho feito humano. Jamais vos poderei agradecer amor tão grande. Com Maria alegro-me, feliz e contente pelo tanto que a amais, e pelo muito amor que mostrais por mim. As dificuldades e dores da vida tornam-se mais leves porque sei que cuidais de nós todos.E pensando bem, vejo que muito mais numerosas são as alegrias e maior a felicidade que nos dais.Não permitais que me esqueça de vossa bondade. Fazei que vos bendiga pela vida que me dais de esperança e paz. Amém.

sábado, 16 de agosto de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Viver segundo o Espírito”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Os pequenos acolhem
 
O texto evangélico de hoje nos coloca bem no âmago do Evangelho de Jesus que se alegra grandemente porque os pequeninos acolhem a Boa Notícia da revelação de Jesus. Eles acolhem e são os primeiros destinatários. É o júbilo messiânico. Jesus se dirige ao Pai em grande louvor. Também aos “sábios e entendidos” é anunciado o Evangelho, mas permanece oculto, pois estão fechados ao amor de Deus. Muitos destes são interessados e vivem em santidade. Outros aceitam enquanto não os incomodem e não os comprometem com o cuidado amoroso de Deus para com os necessitados. Esse aspecto de pequenez e humildade é uma característica fundamental do Filho de Deus que se encarnou. Como lemos na primeira leitura, o profeta Zacarias (não o pai de João Batista) diz sobre o rei que vai chegar: “Eis que vem seu rei ao teu encontro; ele é justo, ele salva; é humilde e vem montado num jumento... Ele exterminará a guerra e anunciará a paz” (Zc 9,9-10)... A figura do Rei - Messias não é o glorioso guerreiro num cavalo garboso. Nós temos a tendência ao triunfalismo. Jesus não era assim. É o que lemos no salmo 144 falando de Deus: “Misericórdia e piedade é o Senhor, Ele é amor, é paciência e compaixão. O Senhor é muito bom com todos; sua ternura abraça a toda criatura” (Sl 144,8-9). Jesus é a imagem viva do Pai. Quando queremos essas atitudes estamos vivendo segundo a carne (Rm 8,12). 
Meu jugo é suave 
Jesus convida a irem a Ele os sofredores: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos e Eu vos darei descanso” (Mt 11,28). Esse convite “vinde” ressoa o convite que é a Sabedoria para o grande banquete aberto a todos os povos (Pr 9,5). O convite de Jesus mostra dois aspectos para nossa compreensão da fé: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11,30). A carga e a cangalha que dominam o animal simbolizam o peso que carregamos. Estar sob o poder de Deus não é um peso. Carregar as exigências da fé não é um sofrimento que suportamos. Seus mandamentos não são pesados diz S. João (1Jo 5,3). Os mandamentos não são pesados para fazer sofrer nosso coração. Segui-los nos alivia de tantos males. São outros nomes do amor. Jesus já carregou a pesada cruz para o Calvário em nosso lugar. Nossa cruz não é pesada, pois quem a dá é o próprio Jesus que sabe o que podemos suportar. “Deus não permitirá que sejais tentados acima de vossas forças... mesmo tendo a tentação, Ele vos dará os meios de sair dela e a força para suportar” (1Cor 10,13). O problema não são as tentações, mas a facilidade com que nos deixamos levar pensando que o que nos agrada é que é o certo. Isso é o pior. 
Fé não é peso 
Há mais um ensinamento nessas palavras de Jesus: “Meu fardo é leve”. Já há tempo, na história vemos que há uma tendência de rigidez na vida cristã como se o rígido, o severo e o exigente sejam o caminho mais seguro para a salvação. Impôs-se uma fé pesada, uma religião dura. Quanta severidade! Jesus não era assim. Quer que sejamos exigentes no amor. Há uma heresia (doutrina errada) que influencia muito a mentalidade do povo e de certas lideranças. A severidade não se confunde com grosseria, prepotência ou falta de educação, pois a verdade pode ser ensinada com boas palavras. Deve-se condenar o pecado e não maltratar o pecador. Não se trata de ceder ao mal. Quanta gente se afastou da Igreja por maus tratos de sacerdotes e gente da sacristia. A fé é alegria. Não é pesada. A rigidez, peguemos para nós, não impor aos outros. Não jogar sobre os outros nossos problemas. 
Leituras: Zacarias 9,9-10; Salmo 144; 
Romanos 8,9.1-13;Mateus 11,25-30 
1. Jesus se alegra porque os pequeninos acolhem a revelação de Jesus. Ela é oculta aos sábios e aos entendidos porque fecham o coração. Jesus é como o Pai que é bom. 
2. Estar sob o poder de Deus não é um peso. Carregar as exigências da fé não é um sofrimento que suportar. 
3. Já há tempo, na história vemos que há uma tendência de rigidez na vida cristã como se o rígido, o severo e o exigente sejam o caminho mais seguro para a salvação 
Carga leve 
Quem diz que religião incomoda, está incomodando a religião. Religião que incomoda não é de Deus. O que é de Deus é a simplicidade, a mansidão e humildade. É o que nos dizem as leituras. O glorioso Rei, Senhor do Céu e da Terra vem a sua cidade não montado num cavalo garboso, mas no humilde jumento. Ele vai eliminar toda a arma de guerra. Vem para a paz. É a linguagem que o povo entende. Por isso Jesus, ao entrar em Jerusalém usa esse jumento. Não é só simples para demonstrar aos outros, mas simples para acolher. É Nele que podemos encontrar o repouso e o descanso. Nada de coisas pesadas e complicações. Diz: meu jugo e suave, (jugo é a cangalha que se colocava sobre o animal e Jesus usa como aquilo que nos oferece). E meu fardo é leve. Deus não nos dá pesos que não possamos carregar. Mesmo quando há algo pesado na vida, Ele está junto. Os que o entendem são os humildes. Cuidado com religião de peso. Isso não é de Deus, mas fruto de nossa maldade. Se quiser algo pesado, ponha sobre suas próprias costas e não nas dos outros. 
Homilia do 14º Domingo Comum (09.07.2017)