quarta-feira, 31 de julho de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Uma Família Sagrada”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Jesus e sua família
 
A família considerada modelo para a humanidade é problemática, não por ter problemas, mas por ser diferente do modelo que apresentamos como ideal. Houve uma gravidez pré-matrimonial, no caso, espiritual; um noivo que aceita esta gravidez, mas a partir da fé; uma vida conturbada, como vemos no recenseamento, na fuga para o Egito e na perda do Menino em Jerusalém. Foge bem da tradicional família. Por outro lado percebemos que nesta união diferente estão os elementos dados como fundamentais para a vida da família: A fé que sustenta nas diversas situações, as virtudes próprias e o cumprimento dos mandamentos como lemos na primeira leitura. O salmo lembra o temor de Deus a sustenta. Esta é a base de tudo o que pudemos considerar família. Vivemos num mundo onde mudam os paradigmas, mas não pode mudar o fundamental: A presença do Filho de Deus. Esta é a pedra fundamental da família cristã: a presença de Jesus no seu meio e com a mesma necessidade que Ele cresça. Ele vai dar a sabedoria e a graça. Assim também nossas famílias, como o Filho de Deus, crescerão formando Cristo em si, revestindo-se de suas virtudes. A família é o modo mais eficiente para mostrar quem é Deus, como funciona o amor e que vivemos para gerar comunhão. Ela é a célula base da Igreja, pois ela realiza o projeto evangélico de Jesus: amar e servir. Deus quis que Seu Filho vivesse e fosse formado em uma família, completando assim Sua Encarnação que num contexto mais amplo familiar e social. A Sagrada Família é profundamente humana. 
Um mandamento com promessa 
Como Deus é Pai, Filho e Espírito, é família. Por isso a Palavra de Deus nos deu o mandamento de honrar os pais. Ele é o primeiro da segunda tábua. Na primeira tábua, os três primeiros mandamentos se referem a Deus: amar, santificar e guardar o dia santificado. A segunda tábua inicia-se com o mandamento de “honrar pai e mãe”. Tem-se a impressão que os demais nascem dele porque se referem à vida em comunidade. Ele é tão grande que, é o único que tem uma promessa: “Quem honra seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvindo na oração cotidiana... terá vida longa... a caridade feita ao pai não será esquecida. Mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça será para tua santificação” (Eclo 3,4.6.15). Há muita gente que faz de tudo na Igreja, na sociedade. Mas os pais ficam abandonados, sem carinho, explorados, roubados e até jogados num asilo. Há pessoas que reclamam que Deus não as escuta. Não será por isso? 
Frutos espirituais da família 
A família é um dom a se construir. S. Paulo mostra como que uma síntese desta vida em família que se constrói com as pedras das virtudes. “Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos” (Cl 3,12). Já temos em nós a santidade porque somos amados por Deus. Por isso é preciso sempre se revestir da misericórdia, bondade, humildade, mansidão, suportando uns aos outros, perdoando (13), vivendo na paz, modelados pela Palavra. “Tudo o que fizerdes, em palavra ou obra, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo” (17). As virtudes básicas são a obediência, cuidado uns com os outros, solicitude, respeito aos filhos (18-21). Construindo com essas pedras fundamentais poderemos ter o edifício da família edificado sobre a pedra. É preciso estar aberto às mudanças do tempo. Mas só daremos uma contribuição se nos firmarmos nos valores fundamentais.
Leituras: Eclesiástico3,3-7.14-17ª;Salmo 127;
Colossenses 3,12-21;Mateus 2,15-15.19-23 
1. A Família de Nazaré difere do padrão tradicional, mas está na Tradição dos valores propostos. Ela vive o que é o fundamental, mesmo nas diferenças: fé, temor de deus e a presença de Cristo em seu meio. A família mostra quem é Deus. Ela é a célula base da Igreja. Jesus se encarna numa situação concreta de família e de povo. A Sagrada Família é humana. 
2. O mandamento de “honrar os pais”, primeiro da segunda tábua, dá origem aos demais referentes ao relacionamento próximo. Ele se origina dos mandamentos para com Deus: amar, santificar e guardar o dia santo. Ele tem uma promessa: alcança o perdão e tem ouvida sua oração, terá vida longa, servirá para reparar os pecados e será a santificação. Há casos dolorosos. 
3. A família é um dom a se construir através das virtudes próprias do relacionamento. Tudo deve ser feito em nome do Senhor. 
Remédio para velhice 
Ao celebrarmos a festa da Sagrada Família estamos abertos para compreender o que Deus espera de nós. Muito simples: Viver como Ele viveu em Sua família. S. Paulo faz uma bela lista de todas as virtudes que podem nos ajudar a sermos uma família feliz. É impressionante como a liturgia apresenta o cuidado com os pais, sobretudo, quando envelhecidos. Deus vai ouvir nossa oração e dar-nos o perdão na medida do bom tratamento que dermos aos pais. E até promete que terá vida longa. Tirar a dimensão espiritual de nossos lares é condená-los à desgraça e a muitas dores. Problemas todos vamos ter, e muitos. José e Maria passaram por bons apertos. Imaginemos fugir para o Egito, perder o Menino durante três dias, ver como foi rejeitado pelas pessoas influentes. Ver Sua crucifixão. Podemos pensar o pior para uma mãe? Virtudes da Sagrada Família são um remédio para nossos lares.
Homilia da Solenidade da Sagrada Família (29.12.2013)

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,44-46. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Narsés Snorhali 
(1102-1173) 
Patriarca arménio 
Segunda parte,
 §§ 470-472; SC 203 
Ó Tesouro celeste!
Não vendi o que é perecível quando encontrei o tesouro no campo; o meu inimigo roubou-o e, em troca, deu-me aquilo de que me podia despojar. A Ti, que és o tesouro celeste, peço-Te de todo o meu coração: dá-me a sabedoria de colocar o meu tesouro no Céu, E aí manter os pensamentos do meu coração. Tesouro que pelo ladrão noturno não é levado em segredo, mas é vigilantemente mantido em segurança, seguindo o teu mandamento luminoso.

São Fábio da Mauritânia

Nascido na Mauritânia, falecido em 303 ou 304 
na Mauritânia Cesariense, atualmente Cherchell, Argélia) 
foi um mártir do Império Romano 
na antiga Mauritânia, 
venerado como santo pela Igreja Católica. 
A memória da liturgia é realizada em 31 de julho. 
Hagiografia 
Da vida de Fábio sabe-se que ele foi escolhido para carregar a bandeira do governador quando este organizou uma assembleia. Fábio recusou porque a cerimônia tinha caráter pagão. Ele foi preso, submetido à tortura e tentado, mas não mudou seus planos. Então Fábio foi decapitado. Por essa razão ele é apelidado de "o Porta-Estandarte", porque ele não queria levar uma bandeira com imagens pagãs. Sua morte se insere no período da perseguição contra os cristãos ordenada pelo Imperador Diocleciano. 
O culto 
Diz-se que para impedir o enterro e posterior veneração popular, sua cabeça e seu corpo foram lançados ao mar em pontos diferentes, mas o mar milagrosamente os reuniu, e seus restos mortais ainda estão preservados em Cartenas, na Argélia. 
Sua festa é celebrada no dia 31 de julho.

Santo Afonso Rodrigues - religioso leigo, +1617

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve de interromper os seus estudos na instrução primária, pois, com a morte do pai, assumiu os compromissos do negócio da família. Casou-se com Maria Soares, a quem amou tanto quanto aos dois filhos. Infelizmente, todos faleceram precocemente. Entrando em crise espiritual, Afonso entregou-se à oração e à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamamento a ser irmão religioso. Foi recebido na Companhia de Jesus como irmão e, depois do noviciado, foi enviado para um colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços. De entre as virtudes heróicas que conquistou, na graça e no desejo de ser firme, foi a obediência a sua prova de verdadeira humildade; como simples irmão, aceitava com amor todas as ordens e desejos dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: «Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda a parte a vontade divina». Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues sofreu muito antes de, em 31 de outubro de 1617, entregar a alma a Deus.

31 de julho - Beata Afonsa Maria Eppinger

Madre Afonsa Maria Eppinger foi beatificada na França em 09 de setembro de 2018, a nova Beata é fundadora das Irmãs do Santíssimo Salvador, cujo carisma é responder às aspirações das pessoas de viver sua dignidade, na paz e na felicidade, o rito de beatificação foi presidido pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, na Catedral de Estrasburgo, que na sua homilia fala do amor de Deus pela Beata: A beatificação de Elisabeth Eppinger, que passou a se chamar Afonsa Maria em honra de Santo Afonso de Ligório, nos mostra de maneira exemplar o que significa ser abençoado, o que significa ser abençoada. Significa tomar Jesus Cristo como uma medida de tudo, sendo chamado de abençoado por ele mesmo e, portanto, vivendo uma proximidade particular com ele, como claramente emerge de suas bem-aventuranças. Nas bem-aventuranças, o íntimo mistério de Jesus Cristo resplandece. Eles são, de acordo com as belas palavras do Papa Bento XVI em seu livro sobre Jesus de Nazaré, como "uma oculta biografia interna de Jesus, um retrato de sua figura". De maneira semelhante, Santo Agostinho expressou sua convicção de que somente Jesus realmente realizou plenamente o sermão na montanha, no centro do qual estão as bem-aventuranças.

31 de julho - Beato Francisco Solano Casey

Em Detroit, nos Estados Unidos de América, foi proclamado Beato Francisco Solano, sacerdote dos Frades Menores Capuchinhos. Discípulo humilde e fiel de Cristo, distinguiu-se por um serviço incansável aos pobres. Possa o seu testemunho ajudar sacerdotes, religiosos e leigos a viver com alegria o vínculo entre anúncio do Evangelho e amor pelos pobres. 
Papa Francisco – 21 de novembro de 2017 
O Beato Francis Solano Casey alcançou a santidade aqui nos Estados Unidos, escalando diariamente os passos que levaram ao encontro com Deus através do amor pelos irmãos necessitados. Os outros, especialmente os pobres, não foram vistos como um fardo ou um obstáculo para o seu caminho de perfeição. Mas como um caminho para a luz do esplendor divino. 
Cardeal Angelo Amato – 19 de novembro de 2017 

Inácio de Loyola Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

Paladino da Contra-Reforma 
Fundador da Companhia de Jesus, 
destacou-se pela coerência e 
radicalidade de seu espírito. 
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2]. 
A hora esperada pela Providência 
Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. “Confessou-se com um companheiro de armas. Depois de algum tempo de duração da batalha, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda. E como ela passou entre as duas pernas, a outra também foi duramente ferida” [3]. Inácio caiu por terra. Seus companheiros renderam-se. Os franceses, admirados da coragem do espanhol, trataram-no muito bem, fazendo-o levar depois, em liteira, para o castelo de seus pais. Os ossos haviam começado a se soldar de maneira defeituosa, e foi preciso quebrar de novo a perna para ajustá-los. Isso tudo, é bem preciso dizer, sem anestesia. O que levou-o às portas da morte, de modo a receber os últimos sacramentos. Quando todos esperavam o desenlace, na véspera da festa de São Pedro o doente, que era muito devoto desse Apóstolo, começou a melhorar.

Germano de Auxerre Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho. Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448. A principal fonte sobre sua vida é a hagiografia escrita por um aluno seu, Constâncio de Lyon, em 480. É o santo padroeiro de Auxerre e é venerado em várias localidades na França e Grã-Bretanha. Em sua terra natal, a Abadia de Saint-Germain d'Auxerre guarda sua tumba. Em Paris, a Igreja de Saint-Germain l'Auxerrois, localizada em frente ao Louvre, também é dedicada a ele.

Madre Vitória da Encarnação, Clarissa baiana do séc. XVII

1a. pintura da
Madre. mandada
executar por
D Sebastião
     Há 307 anos, no dia 19 de julho de 1715, aos 54 anos, esta filha de Santa Clara de Assis faleceu em uma das celas do Convento Santa Clara do Desterro, em Salvador, o Convento feminino mais antigo do Brasil (fundado em 1677).
     Madre Vitória da Encarnação nasceu na cidade do Salvador, então capital do Brasil colonial, em 6 de março de 1661, sendo batizada no mesmo ano na antiga Sé da Bahia. Era filha do capitão de Infantaria, Bartolomeu Nabo Correia e de Luísa Bixarxe. Teve um irmão e três irmãs. Conforme escreveu Dom Sebastião Monteiro da Vide (1720), a casa desta família era um exemplo de lar cristão.
     Em 1675, quando Vitória estava com 14 anos, seu pai desejou enviá-la, juntamente com sua irmã mais velha, Maria da Conceição, para um convento nos Açores, em Portugal, porém a menina se recusou, dizendo que preferia que lhe cortassem a cabeça a ser enviada para um convento.
     Em 1677, quando foi fundado o primeiro mosteiro feminino no Brasil, o Mosteiro de Santa Clara do Desterro da Bahia, Vitória, então com 16 anos de idade, ainda dava mostras de aversão à vida religiosa, preocupando seus pais com seu comportamento.
     Vivia em Salvador, naquela época, um jesuíta de muita piedade a quem o povo venerava como santo já em vida e tinha fama de ser um profeta, o Padre João de Paiva. Foi a ele que o pai de Vitória recorreu aflito para queixar-se do comportamento de sua filha em relação à religião, pedindo ao padre que rezasse por ela. O Padre João o acalmou dizendo que a menina seria, no futuro, uma grande religiosa.

Santa Helena (Elin) de Skövde, Viúva e Mártir - Festa 31 de julho

      Mártir da primeira metade do século XII. Sua festa se celebra no dia 31 de julho.     Sua vida (Acta SS., Julio, VII, 340) é atribuída a São Brynolph, Bispo de Skara, na Suécia (+ 1317). E' chamada também de Santa Elin de Vastergotland, do nome da província sueca onde se encontra Skövde. Era de origem aristocrática, era filha de Jarl Guthorm. Tendo ficado viúva muito jovem, vivia piedosamente dando esmolas e contribuindo com generosidade na construção da igreja da sua cidade. As portas de sua casa estavam sempre abertas para os necessitados.  O marido de sua filha era um homem muito cruel, e foi assassinado por seus próprios empregados. Seus familiares, desejando vingar sua morte, interrogaram os empregados, que admitiram o crime, mas afirmaram falsamente que haviam agido instigados por Helena. Para evitar uma vingança, Helena fez uma peregrinação a Terra Santa, permanecendo ausente quase um ano. Retornando à pátria por ocasião da festa de consagração da igreja de Gotene, foi surpreendida numa emboscada e morta pelos familiares de seu genro, no dia 31 de julho de 1160.  Seu corpo foi levado para Skövde para ser enterrado, e muitas curas maravilhosas aconteceram por sua intercessão.   Conta-se que na tarde de sua morte um cego, acompanhado de uma criança, passou perto do lugar do assassinato e o menino descobriu num arbusto iluminado por uma luz muito viva um dedo decepado de Helena, no qual estava um anel que ela trouxera da Terra Santa. Quando o cego curvou-se, com a ajuda do menino, pode tocar o sangue de Helena e esfregá-lo nos olhos, ficando curado.

DIA 31 - ORAÇÕES

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quarta-feira – Santos: Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito
Evangelho (Mt 13,44-46) “O Reino dos Céus é tesouro escondido num campo. Quem o encontra...cheio de alegria, vai vender seus bens e compra aquele campo.”
Falando de tesouro encontrado e de pérola descoberta, Jesus apresenta-nos o Reino de Deus como grande alegria. Se Deus interfere em nossa vida para nos fazer felizes, livrando-nos do mal, isso deve encher-nos de muita alegria. É a melhor notícia que poderíamos receber: Deus ama-nos, quer a nossa felicidade, fará tudo para isso, e nada o impedirá. Somente nós podemos abrir mão dessa grande oferta.
Oração
Senhor, alegro-me com esse tesouro e essa pérola que me fizestes encontrar. Tomais conta de minha vida, e me amais como eu nem poderia imaginar. Posso ser feliz desde agora, e nada me pode roubar a alegria de ter vosso amor. Não permitais, então, que me deixe abater e entristecer pelas dificuldades e sofrimentos de agora. Tudo é nada, tudo passa, menos o amor que me tendes e o que eu vos der. Amém.

terça-feira, 30 de julho de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “É Natal”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Manifestou-se a graça de Deus.
 
Uma vez na missa para as crianças perguntei qual era a missão de Jesus. “O que Jesus veio fazer?” Uma menininha de cinco anos respondeu: “Ele veio mostrar o carinho do Pai”. Onde aprendeu isso? Não estava no catecismo. Ela deve ter aprendido sentada no colo de uma mãe ou de uma avó, bem juntinho do coração. É a melhor escola. No Natal vemos mais com o coração do que com os olhos. Deus, vendo o sofrimento da humanidade, fruto de uma maldade que chamamos pecado, abriu o peito e nos deu seu coração. Jesus é a expressão acabada do amor do Pai que entrega o Filho para que, pelo amor, todos aprendam que conhecer Deus é viver o amor. Quem conhece Jesus, se não for pela expressão do amor do Pai, não entendeu nada ainda. S. Afonso afirma que a concepção de Jesus é realizada pelo Espírito Santo, pois Ele é o Amor que gera o Amor. Como Deus sabe que o amor tudo vence, deixou Jesus em total condição humana e por ela nos salvou. A ternura de Deus se manifesta no presépio, no momento do nascimento. A entrega de Jesus por nós começa em sua encarnação e se manifesta no presépio: Por isso chamamos este tempo de Epifania que significa manifestação de Deus. Por que Deus se manifesta de um modo tão simples? O Evangelho diz somente: “Enquanto estavam em Belém para o recenseamento, completaram-se os dias para o parto. E ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-O com faixas e O reclinou numa manjedoura (cocho), porque não havia lugar” (Lc 2,6-7). Duas frases para mostrar o maior acontecimento da humanidade. 
Deus adormecido num cocho! 
Que ternura Divina! O amor cabe em qualquer lugar. Paulo dizendo que apareceu a graça misericordiosa de Deus trazendo a salvação para todos os homens (Tt 2,11), revela-nos este amor misericordioso. A palavra graça indica o gesto de se inclinar para abraçar. Natal é o abraço de Deus, dado com o coração. Se não nos convertemos com este amor, nada poderá nos mudar. Somente o amor abre o coração. S. Afonso diz que não sabe como não pegou fogo a palha, a gruta, a manjedoura, diante do fogo do amor ali manifestado. Nossa meditação se volta para o presépio armado por Deus no meio dos simples. Não despreza os outros, mas ama os desprezados. No momento em que o império romano, depois de dominar o mundo, fez um altar para a paz, em Belém, sobre um cocho está montado o altar do amor de onde borbulham as ondas do amor de Deus manifestado em Jesus. 
Direito das crianças. 
No momento atual vivemos a fraternidade com troca de presentes, enfeites coloridos e iluminados. Muita luz! Rezamos na liturgia da missa da noite: “O Deus que fizestes resplandecer esta noite com a claridade da verdadeira luz...”. A Luz é Jesus. Sabemos da força comercial do Papai Noel. Há muito de bom, mas não podemos negar às crianças o direito ao verdadeiro sentido do Natal: Papai Noel ensina a receber presentes, Jesus ensina a ser presente e dar-ser como presente. Ensina a sair de si para ver os necessitados. Não negue Jesus às crianças. Herodes queria fazer isso. O grande comércio, por uma convenção internacional tirou os belos presépios. Por que temes, Herodes, este Menino inocente? Jesus Menino realiza outro comercio: Rezamos: “quando a o céu e a terra trocam seus presentes”. Damos a humanidade e recebemos a Divindade. Feliz amor, Natal! Abrace com carinho o Deus que só mostrou amor.
ARTIGO PUBLICADO EM DEZEMBRO DE 2013

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,36-43.
 
Naquele tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se dele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem, e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino, o joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem enviará os seus anjos, que tirarão do seu Reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Catecismo da Igreja Católica §§ 823-827 
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica 
A Igreja é santa aos olhos da fé, indefetivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é proclamado «o único Santo», com o Pai e o Espírito, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para a santificar, uniu-a a Si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para glória de Deus. A Igreja é, pois, o povo santo de Deus, e os seus membros são chamados «santos» (1Cor 6,1). A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e nele torna-se também santificante. [...] É nela que adquirimos a santidade, pela graça de Deus. Nos seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir. «Enquanto Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» («Lumen Gentium», 42). Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos. A Igreja reúne, pois, em si pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação. A Igreja é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem no pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.
Evangelho Quotidiano

Santo Everaldo Hanse

Mártir em Northamptonshire; executado em 31 de julho de 1581. Ele foi educado em Cambridge e logo foi apresentado a uma boa vida. Seu irmão William, que se tornou padre em abril de 1579, tentou convertê-lo, mas em vão até que um forte ataque de doença o fez entrar em si mesmo. Ele então foi para Reims (1580-1581), foi ordenado e retornou, mas seu ministério foi muito curto. Em julho, ele estava visitando disfarçado alguns prisioneiros católicos em Marshalsea, quando o guarda percebeu que seus sapatos eram de fabricação estrangeira. Ele foi examinado de perto e seu sacerdócio foi descoberto. Ainda não havia lei contra padres e, para satisfazer as profissões hipócritas dos perseguidores, era necessário encontrar alguma traição da qual ele fosse culpado. Ele foi questionado no tribunal nas Sessões de Newgate, o que ele pensava da autoridade do papa, e ao admitir que acreditava que ele "tinha a mesma autoridade agora que tinha cem anos antes", ele foi questionado se o papa não havia errado (ou seja, pecado) ao declarar Elizabeth excomungada, ao que ele respondeu: "Espero que não". Suas palavras foram imediatamente escritas como sua acusação, e quando ele foi questionado se ele queria que os outros acreditassem como ele, ele disse: "Eu gostaria que todos acreditassem na fé católica como eu".

São Justino de Jacobis bispo, +1860

Justino de Jacobis nasceu em 9 de outubro de 1800, em San Fele, no Reino de Nápoles (Itália). Foi admitido na Congregação da Missão em 17 de outubro de 1818, em Nápoles, e ordenado padre em Brindisi, no dia 12 de junho de 1824. Designado para a evangelização dos Pobres, ele participou, durante 15 anos, das missões paroquiais no Sul da Itália, devastada, em 1836, pela cólera. Em 10 de março de 1839, a Congregação para a Propagação da Fé o enviou à África para fundar uma missão na Abissínia. Justino foi nomeado Prefeito Apostólico para a Etiópia e regiões adjacentes e, em 7 de janeiro de 1849, ordenou-se bispo. Durante 21 anos, Dom Justino de Jacobis animou as comunidades cristãs minoritárias num clima hostil. Foi exilado e preso diversas vezes. Sua divisa “Tudo para Vós” resume bem a vida apostólica deste bom pastor totalmente doado a Deus e a sua missão. Como São Paulo, Justino viveu somente para este povo de Deus que a Igreja lhe confiou: “Vós sois os mestres da minha vida, escreveu ele numa carta pastoral, porque Deus me deu a vida para vós”. Durante uma viagem apostólica pelo vale de Aligadê, Dom Justino de Jacobis morreu no dia 31 de julho de 1860 e foi enterrado em Hebo. Em 25 de junho de 1939, ele foi beatificado pelo Papa Pio XII e canonizado em 26 de outubro de 1975 pelo Papa Paulo VI.

30 de julho - Beata Maria Vicenta de Santa Doroteia Chávez Orozco

Madre Maria Vicenta nasceu no Estado de Cotija, Michoacán, México, filha de Luís Chávez e de Benigna de Jesus Orozco, no dia 6 de fevereiro de 1867; aos dois meses recebeu na pia batismal o nome de Doroteia, que significa “presente de Deus”. Nos primeiros anos de sua vida trabalhou como pastora e antes da Primeira Comunhão lhe deram um Menino Jesus de porcelana que seria seu companheiro por toda a vida. Todos os anos a família deixava a ela o encargo de preparar o presépio para os festejos de Natal, e muitos vizinhos vinham vê-lo, pois havia um encanto na forma como ela colocava as figuras, a cada ano de um modo diferente. Após uma terrível inundação, a família ficou ainda mais pobre do que antes e o pai decidiu mudar-se para Cocula, Jalisco, Guadalajara, e passou a morar no bairro pobre de migrantes chamado Mexicaltzingo, onde a umidade e a falta de alimentação fizeram Doroteia adoecer gravemente dos pulmões; ela foi atendida no Hospital da Santíssima Trindade da Confraria de São Vicente de Paula. Era o ano 1892, Doroteia tinha 24 anos. As Filhas da Caridade haviam sido expulsas de Guadalajara no ano em que Doroteia nasceu; as asas brancas de seus véus não eram vistas no Hospício Cabañas e nos hospitais de Belém e de São Felipe. Mas senhoras católicas tinham providenciado a construção do pequeno Hospital da Santíssima Trindade junto à igreja paroquial.

Santos Abdon e Sénen, mártires

Originários da Pérsia, talvez fossem príncipes: Abdon era mais velho e Senén mais novo. Convertidos ao cristianismo, em Roma, sepultavam os mártires com generosidade. Era o século III, durante a perseguição de Décio. Presos, ambos se recusam oferecer sacrifícios aos ídolos e morreram como mártires.
Abdon e Sénen são dois mártires que viveram certamente no século III e sofreram o martírio em Roma. Os registros sobre suas vidas são lendários, mas têm grande probabilidade de serem verdadeiros. Em primeiro lugar, eles são citados em muitos textos oficiais e em martirológios (como o “Depositio Martyrum”, o “Martirológio Jeronimiano”, o “Calendário de Mármore de Nápoles”, nos “Sacramentários Gelasianos e Gregorianos”). Estes textos mencionam a deposição das relíquias, na Catacumba de Ponciano, dos Santos Mártires de Roma ‘Abdos et Sennes’. Esta catacumba ficava na segunda milha da Via Portuense e atualmente fica na altura do número 55 da Via Alessandro Poerio, em Roma. Algumas fontes, como o “Martirológio Jeronimiano”, citam a celebração no dia 30 de julho, data que passou então ao Martirológio Romano texto oficial em vigor na Igreja Católica. Famosos textos medievais registram que muitos peregrinos que chegavam a Roma, visitavam a via Portuense, na igreja onde repousavam os corpos de Abdon e Sénen.

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio.

Pedro Crisólogo Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões. Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

Santa
Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento. Morreu com a idade de 91 anos no dia 30 de Julho de 1959, tendo sido proclamada Beata por João Paulo II a 22 de Novembro de 1992. Durante os anos sucessivos à Beatificação desses filhos mexicanos, os Beatos foram continuamente recordados e invocados pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes. Maria de Jesus Sacramentado Venegas foi canonizada pelo Papa João Paulo II no dia 21 de Maio de 2000, Praça de S. Pedro, em Roma.

Leopoldo Mandic Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno — na pequena cela que servia de confessionário nunca teve aquecimento!

DIA 30 - ORAÇÕES

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira – Santos: Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita.
Evangelho (Mt 13,36-43)Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: – Explica-nos a parábola do joio!”
Na intimidade, Jesus dava a seus discípulos um ensinamento especial,  um esclarecimento maior.Na intimidade, na reflexão e na oração nós nos abrimos às suas palavras, e com seu favor podemos compreender mais suas propostas.Podemos também procurar aprofundamento maior no estudo da Bíblia e da doutrina da igreja do passado e do presente. Precisamos é ter a abertura e o interesse dos discípulos.
Oração
Senhor Jesus, fico-vos muito obrigado pelas oportunidades que me dais de conhecer mais o que ensinais e também esperais de mim. Sou privilegiado de muitos modos; começo pedindo que me façais atento, de coração aberto, e no perca oportunidade de vos conhecer mais de perto. Guiai-me pela fé, aumentai meu amor pelo Pai e por meus irmãos, pois, nisso está o mais importante do caminho que ensinais.  Amém.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Abri as portas para que Ele entre”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
E
PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO(+)(ao lado)
REDENTORISTAS NA PAZ DO SENHOR    
“Seu nome será Jesus”
 
O mundo tinha chegado a um grande desenvolvimento. O Império Romano fizera o altar para paz depois de ter massacrado os povos. Mas sentia-se vazio porque o coração humano não se satisfazia nem com a riqueza nem com o prazer nem com a vaidade. Para onde ir se ficamos o tempo todo no mesmo lugar? O que não vem do coração do homem jamais preenche a vida. O profeta Isaias indica ao longe a solução: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamará Emmanuel, que quer dizer, Deus Conosco” (Is 7,14). Aquele que veio na carne humana, como homem, preenche o coração de todo ser humano. A humanidade recebe a Divindade que o eleva à eternidade. Estamos contemplando o nascimento de Jesus. O salmo convida abrir as portas para que o Rei da Glória possa entrar. Este domingo está voltado para o nascimento de Jesus. Deus enviou seu Filho que nasceu, passou pela vida e a morte, ressuscitou e foi elevado à glória. A oração da missa convida a fazer o mesmo caminho: pela Encarnação passar pela Paixão para chegar à glória da Ressurreição. É um único Mistério de Salvação. S. Mateus, em seu evangelho, narra a origem de Jesus. Palavras simples que resumem em si toda a história. Usando as palavras a origem de Jesus foi assim, retoma as primeiras palavras do Gênesis narrando a criação, para indicar que com Jesus começa um mundo novo. Ele é totalmente novo, mas pertence à família de Davi e pela fé é descendente de Abraão. Ele é a bênção que é dada a todas as nações da terra (Gn 22,18). A narrativa do anúncio a José traz um ensinamento profundo: O mistério de um homem chamado José. Se por um lado José entra na história da salvação ao lado de Maria no nascimento de Jesus, por outro é símbolo de todo o fiel que crê. É um homem que não gerou na carne, mas gerou na fé para a salvação. 
Seu nome é sua missão 
Com palavras simples São Mateus ensina-nos como isso aconteceu a Encarnação. Deus quis ser humano como explica S. Paulo proclamando o esvaziamento de toda aparência de Divindade. Seu nome, Jesus – em hebraico Jehô-jeshû‘a - quer dizer o “Senhor é Salvação”. Ele entrou na história da humanidade através de um povo, Israel; de uma tribo, a de Judá; na família de Davi que tinha a realeza; nasceu de uma Virgem, pois é Filho do Altíssimo. Deus confiou totalmente no ser humano para levar seu Filho a realizar Sua missão. O Homem Deus, Jesus de Nazaré, é chamado então filho de José, o carpinteiro, e de Maria. José era um homem justo, quer dizer, que entendia das coisas de Deus e sabia escutá-lo. Por que o Anjo lhe fala só em sonhos? É um modo de explicar que é na noite da fé que entendemos a clarezas de Deus. Não podemos dizer que foi fácil. Aparição de Anjo ensina também que Deus fala no interior quando somos movidos pela fé. 
O Natal é uma missão 
José e Maria receberam a missão de abrir o caminho para a chegada do Emanuel, Deus Conosco. Paulo é escolhido para anunciar o Evangelho de Deus. O Natal que celebramos não é somente memória de um acontecimento Divino, mas é uma missão que quer levar a todos o conhecimento do Deus Conosco para que sejamos também Homens e Mulheres com Ele, isto é, assumindo a Divindade que habitou nossa Humanidade. Somos chamados a fazer o caminho de conversão a ver as misérias espirituais e humanas que fazem o povo sofrer e dar solução. Que o Natal faça de nós uma bênção para o mundo. 
Leituras: Isaias 7,10-14; Salmo 23; 
Romanos 1,1-7; Mateus 1,18-24
1. O mundo chegara a grande desenvolvimento. Mas havia um vazio. O que não vem do coração humano não preenche a vida. O profeta mostra a solução: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho que será chamado Emanuel. Veio na carne e preenche o coração”. Estamos voltados para o nascimento de Jesus. Ao falar de origem de Jesus diz de nova criação. José entra na História da Salvação como o fiel que crê. 
2. Deus se fez humano – despojou-se. O nome de Jesus significa O Senhor é Salvação.Deus confiou no ser humano para levar seu Filho a realizar Sua missão. José era um homem justo, isto é, entendia das coisas de Deus e sabia escutá-lo. José vive na penumbra da fé para entender as clarezas de Deus. Deus fala em nosso interior. 
3. José e Maria receberam a missão de abrir o caminho para a chegada do Emanuel. Paulo é escolhido para anunciar o Evangelho de Deus. Natal não é só uma memória de um acontecimento divino, mas uma missão de levar todos ao conhecimento de Deus e à solução de suas dores. 
Todo casamento tem problema 
Nem a Sagrada Família escapou. Maria recebe o anúncio do Anjo que vai ter um filho de um modo milagroso. José ao ver a situação pensa em deixar Maria. Avisado pelo anjo que é aquela gravidez é a realização da promessa de Deus Força do Espírito Oferendas. O mesmo espírito santo que trouxe a vida ao seio de Maria, santifique estas oferendas colocadas sobre o altar. (é a mesma força do Espírito que age em nós. Prefácio: se grande é nossa culpa, maior se apresenta vossa misericórdia , assume ser o responsável pelo Filho de Deus. Cumpriu sua missão. A missão de Jesus escrita em Seu nome que significa o Senhor é Salvação. Paulo prega essa missão de “trazer à obediência da fé todos os povos pagãos’. O profeta diz que terá o nome de Emanuel que quer dizer: “Deus conosco”. O Advento nos prepara para o Natal e a melhor preparação é reconhecer que Deus se faz presente no mundo. Recebemos a missão de anunciar esta presença, principalmente mudando nosso modo de ser, buscando a fraternidade, pois Ele se fez nosso irmão. 
Homilia do 4º do Advento (22.12.2013)

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo São João 11,19-27. 
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 103, 1.5; PL 38, 613 
(trad. breviário 29/07) 
«Uma mulher chamada Marta 
recebeu Jesus em sua casa» 
«Quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequenos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40). Tu, Marta –, com tua licença o direi, e bendita sejas pelos teus bons serviços – buscas o descanso como recompensa do teu trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os corpos que são mortais, embora de pessoas santas. Porventura, quando chegares à outra pátria, poderás encontrar um peregrino a quem hospedar, um faminto com quem repartir o pão, um sequioso a quem dar de beber, um doente a quem visitar, algum litigante a quem reconciliar, algum morto a quem sepultar? Lá, não haverá nada disso. Que haverá então? O que Maria escolheu: lá, seremos alimentados e não daremos alimento. Lá, há de cumprir-se em plenitude aquilo que Maria aqui escolheu: daquela mesa opulenta, ela recolhia as migalhas da palavra do Senhor. Quereis saber o que haverá lá? O próprio Senhor o diz a respeito dos seus servos: «Ámen vos digo: há de cingir-se, recliná-los à mesa e, passando por eles, há de servi-los» (Lc 12,37).

Santos Luís Martin e Zélia Guérin - Pais de Santa Teresinha do Menino Jesus

Luís Martin e Zélia Guérin foram declarados bem-aventurados em 19 de outubro de 2008. Não foram beatificados por serem os pais de Santa Teresinha, mas porque se empenharam totalmente em fazer a vontade de Deus em qualquer situação de suas vidas.Luís e Zélia, com suas vidas, nos ensinam que a santidade é caminho para a esposa, o marido, os filhos, os colegas de trabalho e para a sexualidade. 

O santo não é um super-homem, mas um homem verdadeiro.

Se tanto amamos Teresinha de Lisieux, se tanto nos encanta sua santidade, devemos dizer que ela é fruto de seus pais, um casal que vivia o amor de Deus tanto na alegria como nas tristezas. As muitas cartas deixadas por Zélia dão testemunho deste colocar-se inteiramente nas mãos de Deus.
«Eu amo loucamente as crianças e nasci para ter filhos», 
dizia Zélia. Mas, contraditoriamente, esse lar não era para existir. Aos 20 anos Luís esteve na Suíça para aprender o ofício de relojoeiro. Dirigiu-se ao Eremitério de São Bernardo, dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, querendo ser monge. O Prior foi direto: «Não conhece latim, nada de postulantado no Mosteiro». Luís retorna a Alençon e se dedica à oficina de conserto de relógios.

29 de julho - Santo Olaf

Santo Olavo (Olaf) nasceu em 995 e era filho do rei Harald Grenske da Noruega. Em sua juventude, ele foi para a Inglaterra como um viking, onde participou de muitas batalhas e ficou muito interessado no cristianismo. Recebeu o batismo em Rouen, França das mãos do arcebispo Robert em 1010. Em 1015 com a idade de 20 anos ele retornou à Noruega. Depois de passar por várias dificuldades, ele foi eleito rei da Noruega e levou a religião cristã como base de seu reino. Ele lutou contra práticas pagãs duras, demolindo templos, construindo igrejas nesses lugares e trazendo bispos e padres da Inglaterra. Sua valente luta contra a antiga constituição do condado e pela união da Noruega, assim como seu amor pelo cristianismo, fez surgir inimigos. Os clãs se rebelaram contra Olaf e foram ao rei Canuto, da Dinamarca e da Inglaterra, em busca de ajuda. Desta forma Olaf foi traído, expulso e Canuto tornou-se rei da Noruega. Após dois anos de exílio, Olaf retornou à Noruega com um exército e encontrou os rebeldes em Stiklestad, onde uma batalha ocorreu em 29 de julho de 1030. O rei Olaf lutou com coragem, mas foi mortalmente ferido. Antes de morrer, ele orou: "Deus me ajude". Muitos milagres foram reportados em sua tumba e no vale do Rio Vid onde ele tombou ferido mortalmente. Ali onde ele caiu, inexplicavelmente uma fonte passou a jorrar água e a ela foi logo creditada com poderes de cura milagrosa e vários outros milagres Santo Olaf foram atribuídos.

São. Félix, mártir, na via Portuense

Félix ou Felício foi um dos primeiros mártires cristãos da história. Sabe-se pouco ou nada da sua vida. Sabe-se, porém, o lugar onde foi sepultado: em Roma, ao longo da terceira milha da Via Portuense, no cemitério que, mais tarde, recebeu o no me deste Santo.
No início da perseguição de Diocleciano, muitos cristãos deram aos perseguidores os livros sagrados para serem queimados. Alguns tentaram desculpar seu proceder ou diminuir sua culpa, como se as circunstâncias pudessem justificar a cooperação em uma ação ímpia ou sacrílega. Félix, bispo da África proconsular, longe de seguir o mau exemplo de tantos outros crostianos, sentiu-se bastante estimulado a adotar uma conduta vigorosa e vigilante. O magistrado de Tibiuca, Magnilian, ordenou-lhe que entregasse todos os livros e escritos sagrados para serem queimados. O mártir respondeu que era obrigado a obedecer a Deus e não aos homens, e então Magniliano o enviou ao procônsul de Cartago. De acordo com o relato do martírio, o procônsul, enfurecido com a corajosa confissão do santo, carregou-o de correntes e o trancou em uma masmorra horrível. Nove dias depois, ele o enviou em um navio para a Itália para ser julgado por Maximino.

SANTA BEATRIZ

Precipitavam-se as perseguições contra os cristãos em Roma. Da ponte chamada Emília, perto da ilha Tiberina, foram jogados no rio Tibre os corpos dos dois irmãos de Beatriz, - Simplício e Faustino - por serem cristãos. O sofrimento e o temor deviam ser os sentimentos que invadiam o coração da santa mulher, que, porém, não hesitou em recuperar seus corpos para dar-lhes uma digna sepultura. Graças à ajuda de dois sacerdotes, ela conseguiu tirá-los da correnteza do rio. 
Martírio por Cristo 
A mesma sorte dos irmãos coube também a Beatriz. Sendo denunciada como cristã, foi presa e, apesar das ameaças, perseverou na fé. Outra mulher, Lucina, ofereceu uma sepultura a Beatriz e Rufo, em uma escavação vulcânica, onde tinham sido postos os corpos dos seus irmãos. 
Catacumba de Generosa 
A Catacumba intitulada “Generosa” surgia na Via Portuense, tanto que os santos foram chamados Mártires Portuenses. Ali, descobriu-se um afresco em relevo, de características bizantinas, denominado Coronatio Martyrum, que remonta ao século VI. Nele estão representados cinco personagens: Cristo, ao centro, coloca a coroa do martírio em Simplício, na presença de Beatriz, enquanto, à esquerda, estão as figuras de Rufo e Faustino, com a palma do martírio na mão. Com o tempo, as relíquias de Santa Beatriz e dos seus irmãos foram trasladadas para o Oratório da igreja de Santa Viviana, por volta do ano 682, por ordem do Papa Leão II. Mais tarde, o Papa Urbano VIII decidiu que a antiga igreja fosse restaurada pelo próprio Bernini, que mandou derrubar o Oratório. A arca de mármore com as relíquias foi levada para a Basílica de Santa Maria Maior. Algumas relíquias encontram-se em outros lugares da Europa. A mais significativa está na Alemanha. 

SÃO LÁZARO

Amigos de Jesus
 
Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de Nazaré. Viviam em Betânia, a cerca de três milhas de Jerusalém, e Jesus, muitas vezes, se hospedava na casa deles. A amizade entre Jesus e Lázaro é testemunhada pelas palavras, com as quais Maria e Marta tinham mandado dizer-lhe para visitar o irmão doente: “Senhor, aquele que amas, está enfermo”. E ainda, depois, com a chegada de Jesus, aparentemente tarde demais para salvá-lo: “Senhor, se tivesses vindo aqui – disse Marta – meu irmão não teria morrido”. As testemunhas do episódio, percebendo a perturbação e aos lágrimas de Jesus, diante do sepulcro fechado do amigo, murmuravam entre si: “Vejam como ele o amava...” (cf. Jo 11,3.21.36). As referências sobre a amizade entre ambos levam a identificar Lázaro, segundo alguns, com o “discípulo que Jesus amava”, ao invés de João Evangelista, que é mais plausível. O episódio da ressurreição de Lázaro, narrado apenas no Evangelho de São João, tem um valor profético e simbólico, porque preanuncia a Ressurreição de Cristo. A casa dos amigos de Betânia e o sepulcro vazio de Lázaro tornaram-se, logo, desde os primórdios do cristianismo, meta de peregrinações, às vésperas do Domingo de Ramos. Segundo São Jerônimo, na época medieval, ao lado do sepulcro do amigo, teria sido fundado um mosteiro, que contava com a proteção do próprio imperador Carlos Magno.

Santas Marta e Maria de Betânia – 29 de julho

     Marta e Maria foram as irmãs de Lázaro que aparecem na narrativa bíblica do Novo Testamento. Além do episódio que envolve a ressurreição de Lázaro, elas são mencionadas em outras passagens.
     Marta e Maria, bem como seu irmão Lázaro, moravam em Betânia, uma vila que ficava a cerca de três quilômetros de Jerusalém, no declive oriental do Monte das Oliveiras, na estrada para Jericó.
     O nome de Marta é mencionado na Bíblia apenas nos Evangelhos de São Lucas e São João (Lc 10:38-41; Jo 11:1,5,19-39; 12:2), e se origina de uma raiz aramaica que significa algo como “dona” ou “senhora”. Ela é a única pessoa com esse nome em toda a Bíblia.
     Muito provavelmente Marta era a mais velha entre os três irmãos, ou pelo menos mais velha do que sua irmã Maria. A narrativa bíblica que menciona que Jesus foi recebido na casa de Marta parece concordar com isso (Lucas 10:38).
     Alguns estudiosos, ao comparar os registros de São Mateus 26:6, São Marcos 14:3 e São João 12:2 acerca da ceia que ocorreu na casa de um homem chamado Simão, o leproso, tentam responder por que Marta estaria servindo naquela ocasião.

Marta de Betânia Irmã de Lázaro e Maria Madalena, Santa (século I)

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilómetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras. É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender. Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro de Jesus".

JOSÉ CALASANZ E 31 COMPANHEIROS Espanha 1936-1939

Salesiano espanhol, 
martirizado perto de Valencia, 
beatificado em 2001, 
ao mesmo tempo que 31 outros mártires..
Entre 1936 e 1939 a Espanha foi sacudida por uma dramática e sangrenta guerra civil: um conflito carregado de acesos antagonismos ideológicos, transformando-se num embate entre democracia e fascismo, entre republicanos e rebeldes guiados pelo general Franco. Pagou as contas disso também a Igreja espanhola que sofreu uma violenta perseguição, sobretudo pelas forças anárquicas e milicianas. Foram massacrados milhares de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, tão somente por serem cristãos. Entre eles, também numerosos membros da Família Salesiana: 39 Sacerdotes, 22 Clérigos, 24 Coadjutores, 2 Filhas de Maria Auxiliadora, 4 Salesianos Cooperadores, 3 Aspirantes Salesianos e 1 Colaborador leigo; 95 ao todo. Levaram-se adiante três causas em separado, depois transformadas em duas: o Grupo de Valência – 32 mártires – tendo como cabeça o Padre José Calasanz, e os dois grupos de Sevilha e Madrid – 63 mártires – tendo como cabeça o Padre Enrique Saiz Aparício. O primeiro grupo foi beatificado em 11 de março de 2001 com os outros mártires da diocese de Valência; o segundo grupo espera o exame da "Positio".