sexta-feira, 31 de março de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Pedro e Paulo, uma coroa”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Homens do Espírito
 
Rezamos na coleta (oração) da missa: “Ó Deus, hoje nos concedeis a alegria de festejar S. Pedro e S.Paulo... apóstolos que nos deram as primícias da fé”. A Igreja reconhece a unidade de fé que viveram na diversidade de missão. Por isso os celebra juntos. Sua fé em Jesus foi força que encontraram para suas vidas e para sua missão. O Espírito moldou seus corações de tal modo que puderam, como diz Paulo, dizer: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1,21). Pedro faz a primeira expressão de fé do discípulo: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo” (Mt 16.16). Eu tenho a tentação de ver Pedro mais ligado à tradição e Paulo como um tipo mais avançado e rebelde. Os dois eram parecidos. Vemos Pedro romper com a tradição judaica e entrar em casa de pagãos consciente de que não devia chamar de impuro o que Deus declarara puro (At 10,15). Pedro abre as portas do paganismo ao evangelho, no Concílio de Jerusalém, tachando a tradição judaica de um jugo impossível de suportar (At.15,10). Era uma grande libertação que fazia dentro de si mesmo pela ação do Espírito. Essa posição liberou a Igreja. Esse ato dá liberdade total a Paulo para evangelizar os pagãos (v.12). Paulo tão forte na liberdade, mantém tradições judaicas como cortar cabelos para cumprir um voto (At 18,18) e, por causa dos judeus, circuncidar Timóteo que tinha pai grego (At 16,3). A fé professada por Pedro se dá em um momento crucial da vida de Jesus, e O anima a seguir rumo à Paixão. Pedro recebe uma bem-aventurança: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”. Tem o dom de ser pedra de alicerce sobre a qual Jesus constrói a Igreja e lhe dá o poder de ligar e desligar (Mt 16,17-19). Paulo reconhece a ação do Espírito: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4,7). 
Unidos pela coroa do martírio 
Deram a vida pela Igreja e por Cristo. Rezamos no prefácio: “Unidos pela coroa do martírio, recebem igual veneração”. Eles têm consciência durante sua vida de que a perseguição que sofrem é por causa do Evangelho. Herodes desencadeou a perseguição sobre a Igreja; Matou Tiago e prendeu Pedro para apresentá-lo ao povo e ser morto. Ele foi libertado da prisão por um anjo (At 12,1-11). Paulo tem consciência do fim: “Já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida” (2Tm 4,8). Os dois têm a experiência de que são protegidos pelo Senhor: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças” (v. 17); Pedro reconhece: “Agora sei que o Senhor enviou seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (v.11). 
Uma Igreja que cresce 
O ensinamento desta festa à Igreja é a abertura à tradição e ao acolhimento da novidade para ser fiel. A Igreja tem que se voltar sempre para o dinamismo destes dois homens que deram a vida pelo evangelho. Eles nos ensinam. Não podemos ficar na superficialidade e celebrar sem refletir o que os fez grandes. Eles não só são colunas da fé, mas também dão rumos para seu futuro. Vivemos tempos nos quais há tendências de voltar à tradição pela tradição e à novidade pela novidade. Mas devemos partir da fé que professamos em cada celebração. Ouvi o Pe. Vitor Coelho pregando sobre a Igreja e dizendo que ela necessita dos ramos novos para crescer, e do tronco para se firmar. Ela, dizia, não é de bronze pois enferruja. Ela tem vida. 
Leituras: Atos 12,1-11;Salmo 33;
2 Timóteo 4,6-8.17-18;Mateus 16,13-19
1. A Igreja celebra Pedro e Paulo no mesmo dia porque trabalharam na unidade da fé e na diversidade de modalidades. Sua força apostólica está na fé em Jesus. Pedro e Paulo não se diferem pelo apego à tradição ou inovação, mas pelo campo. Ambos tem a tradição que preserva e a inovação que assume caminhos novos. Ambos vivem da fé. 
2. Unidos pelo martírio recebem igual veneração. Sofrem por causa do Evangelho. Herodes prende Pedro e Paulo está preso em Roma com a consciência de ter combatido o bom combate e guardado e fé. Ambos sabem que o Senhor esteve sempre com eles. 
3. O ensinamento desta festa é a abertura à tradição e o acolhimento da novidade para ser fiel. Eles são colunas da Igreja, mas também dão rumos. Há tendência de voltar à tradição pela tradição ou ir à novidade pela novidade. Como Pe. Vitor Coelho dizia: a Igreja não é de bronze, pois enferruja. É uma árvore que cresce porque tem ramos novos e permanece porque tem tronco. 
Falando com voz grossa 
A história dos inícios do cristianismo é fascinante. Celebrando S. Pedro e S. Paulo nós celebramos a ação de Deus em Jesus para implantar o seu Reino no mundo. Ele usou duas luvas de briga: uma grosseira, Pedro, e outra mais caprichada, Paulo. Por que essa diferença? Os dois implantaram a Igreja de Deus em dois mundos diferentes, mundo judeu e mundo pagão. Missão diferente, mas o mesmo fim. Diferente é o modo de compreender a fé. Isso enriquece. O judaísmo tende ao ritualismo; o paganismo tende a um modo mais livre de vida. A Igreja se enriquece com esses dois modos de entender. Eles se fundam na fé. Pedro e Paulo vivem Jesus. Mesmo passando na boca do leão, foram salvos e preservados. Deram a vida por Jesus. Eles falavam grosso e tinham o que dizer. 
Solenidade São Pedro e São Paulo(28.06.2009)

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 10,31-42.
Naquele tempo, os judeus agarraram em pedras para apedrejarem Jesus. Então Jesus disse-lhes: «Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?». Responderam os judeus: «Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar. É por blasfémia, porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus». Disse-lhes Jesus: «Não está escrito na vossa Lei: "Eu disse: vós sois deuses"? Se a Lei chama "deuses" a quem a palavra de Deus se dirigia, e a Escritura não pode abolir-se, de Mim, que o Pai consagrou e enviou ao mundo, vós dizeis: "Estás a blasfemar", por Eu ter dito: "Sou Filho de Deus"? Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis. Mas, se as faço, embora não acrediteis em Mim, acreditai nas minhas obras, para reconhecerdes e saberdes que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai». De novo procuraram prendê-lo, mas Ele escapou-Se das suas mãos. Jesus retirou-Se novamente para além do Jordão, para o local onde anteriormente João tinha estado a batizar, e lá permaneceu. Muitos foram ter com Ele e diziam: «É certo que João não fez nenhum milagre, mas tudo o que disse deste homem era verdade». E muitos ali acreditaram em Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém(313-350) 
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
 Catequese batismal, n.º 4, 7 
Crê no Filho de Deus! 
Crê no Filho de Deus, o único, Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus gerado de Deus, vida gerada da vida, luz gerada da luz, semelhante em tudo Àquele que O gerou; Ele que não adquiriu o ser no tempo, mas antes de todos os séculos, que foi gerado pelo Pai eternamente e sem falhas; que é Sabedoria, Poder e Justiça subsistente de Deus; que está sentado à direita do Pai desde antes de todos os séculos. Não foi depois da Paixão, ao contrário do que afirmam alguns, que, coroado por Deus em razão da sua paciência, por assim dizer, Ele recebeu o trono colocado à direita do Pai; não, Ele possui a dignidade real desde que existe (ora, Ele foi gerado desde toda a eternidade), sentado no trono com o Pai, pois é, como se disse, Deus, Sabedoria e Força, exercendo a realeza com o Pai e sendo, pelo Pai, autor de todas as coisas. Nada falta à sua dignidade para ser divina: Ele conhece Aquele que O gerou tal como é conhecido por Aquele que O gerou; em suma, recorda o que está escrito no Evangelho: «Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho» (Mt 11,27).

Santa Cornélia de Túnis, mártir.

Ela pertence a um grupo de mártires tunisinos, mencionados pelo pseudo-martirológio Jeronimiano. São eles Aneso, Félix, Diódolo, Porto, Abda, Valéria e a própria Cornélia. Outras versões deste martirológio acrescentam Teódulo e Dionísio, e outras, 7 virgens sem nome conhecido. E não faltam os que somam a cifra dos “300 companheiros”. A data do martírio também não é clara. 259, 300... Algumas relíquias de Cornélia são veneradas na catedral de São Vicente em Saint-Malo, Bretanha. Em alguma representação eu a vi com uma pomba, mas eles me matam se eu souber porque.

31 de março - Beato Boaventura de Forli

Boaventura nasceu em Forlì em 1410 e jovem sentiu o chamado à vida religiosa, grande devoto de Nossa Senhora, entrou no convento dos Servos de Maria de sua cidade. Seus talentos intelectuais eram notáveis ​​e em 1448 ele foi enviado para Veneza para continuar seus estudos. Por seis anos foi a ocupação principal, conquistando o título de mestre em teologia. "Pequeno e magro e abatido, mas muito eloquente da ciência", nos conta uma crônica antiga, ele começou então uma atividade extraordinária como pregador inspirado no apóstolo Paulo. Nas várias cidades ele reuniu uma vasta audiência, recomendando a participação frequente nos sacramentos e caridade para com os doentes e necessitados. Apesar da aparência austera e certamente com conteúdo firme e às vezes corajoso das homilias, ele incutiu confiança e simpatia, tanto que ele foi apelidado de "Frei barbudo". Talvez por essa razão sua mensagem fosse mais incisiva, incitando os muitos fiéis que vieram para ouvir a penitência.

Beata Natalia Tulasiewicz

A fome de santidade e beleza e o perdão libertador, sintetizam a vida desta polonesa corajosa, filosofa, pesquisadora, contadora de histórias, que renunciou a um casamento e deu a sua vida a Cristo na câmara de gás. Quis defender os pilares que acompanhavam a sua vida, acompanhando os mais frágeis e necessitados. Natalia Tulasiewicz nasceu na região de Rzeszów na Polônia em 9 de abril de 1906. Cresceu em um ambiente familiar católico e não perde os valores aprendidos no lar quando se instala na cidade de Poznan, para exercer a função de professora leiga. Pelo contrário, Natalia entendeu que a vida e a fé caminham lado a lado e que a santidade pode ser vivida no cotidiano. Natalia se une ao grande movimento de apostolado laico convertendo-se em uma entusiasta animadora. Em meados de setembro de 1939, a católica Polônia sofre um dos períodos mais dolorosos de sua história. Quase simultaneamente é invadida pelo oeste pela Alemanha nazista de Hitler e pelo leste pelo Exército Vermelho soviético de Stalin. Estes dois regimes eram abertamente contrários ao catolicismo e num lapso de poucos anos exterminaram mais de seis milhões de poloneses. Natalia, como toda a sua geração, presencia impotente a sua nação ser aniquilada. Ela confiava em Deus e sabia que o mal nunca tem a última palavra, ainda que por momentos pareça invencível.

Beata Joana de Toulouse, Carmelita - 31 de março

Poucos elementos biográficos são conhecidos com certeza sobre Joana de Toulouse. Sua data de nascimento parece desconhecida, sua data de morte varia de fonte para fonte. Existem erros de impressão e/ou confusões em determinados sites que contêm biografias curtas. Para aumentar a confusão, em Toulouse, nesse período do século XIII, várias mulheres adotaram o mesmo nome de Joana de Toulouse.  Uma tradição indica que após a fundação de um mosteiro carmelita em Toulouse em 1240, Joana descobriu a espiritualidade carmelita. São Simão Stock (1), passando por Toulouse em 1264, a conheceu e aceitou seu pedido para seguir a regra do Carmelo, e assim ela se tornou a "primeira Carmelita da Ordem Terceira". Joana, permanecendo virgem, então se empenhou em seguir todos os requisitos da Regra do Carmelo. Ela vai em socorro da comunidade carmelita da cidade e atende os doentes e os pobres. Ela também encoraja os leigos de Toulouse a ajudar a servir e ajudar os pobres. Outra fonte faz dela a filha de Balduíno de Toulouse e Alix de Lautrec. Tendo seu pai sido assassinado por seu irmão, o Conde Raimundo VI de Toulouse, Joana, em reparação pelo crime de seu tio, teria sido enclausurada em uma pequena casa adjacente à catedral de Santo Estevão.

São Guido

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã. No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual. Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais.

São Benjamim Jovem mártir [394 – 424]

O santo torturado com farpas embaixo das unhas
Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato. Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo. Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado. Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam. Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus. Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo. E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422. A minha oração “Senhor Jesus, aos 30 anos Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. Dá-me essa graça, se preciso for. Amém.” 
São Benjamim, rogai por nós!

Santo Amós

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador. Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus. Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas. Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.

BALBINA DE ROMA Virgem, Mártir, Santa (século II)

Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada. É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir ao Cristo. Diz-se a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada milagrosamente, pelo papa e mártir são Adriano, que estava na prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram baptizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio. Sua vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina e de sua consagração. Dizem as histórias sobre santa Balbina, que muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a manteve fiel ao seu voto de castidade. Balbina sofreu o martírio sob o imperador Adriano II e encontrou-se com Deus no dia em que lhe cortaram a cabeça. Viveu santamente e recebeu a glória de ter o nome marcado na história da igreja.

ACÁCIO AGATANGELO Bispo de Antioquia, Santo † 250

Cognominado Agatângelo, isto é, bom Anjo, 
viveu como bispo de Antioquia quando 
Décio era imperador romano.
Santo Acácio, cognominado Agatângelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando os católicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: "Tens a felicidade de viver sob a protecção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres nossos príncipes, nossos defensores". Acácio respondeu-lhe: "Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos soldados e de todas as classes do império". Marciano: "Tudo isto é muito louvável, mas para dar ao imperador uma prova de submissão, vem comigo e oferece o sacrifício aos deuses". Acácio: "Já te disse que faço oração ao supremo Deus pelo imperador; este, porém, como criatura nenhuma, não poderá exigir de nós que lhe sacrifiquemos".

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado 
31 – Sexta-feira – Santos: Balbina, Benjamim, Cornélia
Evangelho (Jo 10,31-42) “─ Não queremos apedrejar-te por causa das obras boas, mas por blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!”
João mais uma vez deixa claro que Jesus se apresentava como Deus. Não queria ser aceito apenas como rabi, profeta ou messias popular. Pensando bem, Jesus pode ser nosso salvador só se for Deus. Não basta que nos ensine como viver, é preciso que por seu poder nos torne possível viver desse jeito, como filhos de Deus. Somos cristãos porque acreditamos na divindade de Jesus.
Oração
Senhor Jesus, sois minha esperança e salvação porque sois o Filho de Deus encarnado. Por vós e para vós o mundo foi criado, para participar de vossa vida divina agora e por toda a eternidade é que fomos criados. Creio em vós, Jesus; aumentai meu amor por vós, para que vos dê o primeiro lugar em minha vida. Quero ser vosso discípulo e amigo, seguindo-vos em tudo. Amém.

quinta-feira, 30 de março de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Crescendo na devoção”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A verdadeira piedade
 
 “São Paulo exclama escrevendo a Timóteo: “Grande é o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, justificado no Espírito, contemplado pelos anjos, proclamado às nações, crido no mundo, exaltado na glória” (1Tm 3,16). A palavra piedade, para os tempos atuais, são as orações e devoções. Na Bíblia, essa palavra ‘piedade’ é o mistério da Encarnação, a Glorificação e o anúncio do Evangelho. A verdadeira piedade tem referência ao Mistério de Cristo que se expressa na vivência do Evangelho. Não será piedade acender uma vela para N.S.Aparecida e depois roubar, maltratar os outros etc..., No noticiário apareceu uma pessoa que roubara muito, vestida com uma camiseta com a estampa de N.S.Aparecida. Nossa Senhora não cobre crime. Podemos resumir que a piedade e a devoção estão intimamente ligados ao mandamento do amor. É a fé que age na caridade. A piedade nos leva ao Pai, no amor filial, através de Cristo na força do Espírito. Como somos um corpo, acrescentamos pela intercessão de Maria, dos santos e do povo fiel. Se rezamos uns pelos outros, os santos também podem rezar por nós. A devoção para com os santos não está em tocar, trazer medalha, fazer determinadas orações. Tudo isso é bom. Mas o fundamento é nossa união a Deus pelo estímulo, imitação das virtudes do santo e em sua oração generosa para conosco. Estão com Deus rezando por nós. Não só os santos canonizados rezam por nós, mas também nossos familiares e amigos. Deus é Deus dos vivos, por isso eles vivem em Deus. Eles se relacionam com Deus. Sua vida em Deus é oração. Não estão desligados de nós, pois nos conhecem em Deus e rezam por nós. Estão mais próximos de nós do que quando estavam ao nosso lado. 
Fonte de nosso dia-a-dia
Cresceremos em nossa devoção se bebermos das fontes da Palavra de Deus, dos Sacramentos e da Caridade. Deus nos fala pelas Sagradas Escrituras. Mas fala de tantos outros modos. Não basta repetir textos, mas sim modelar nossa vida a partir da palavra que ouvimos, até mesmo da natureza. Os sacramentos, de modo particular a Eucaristia, são dinamismos que nos instruem e nos ensinam a viver. Cristo age e ensina através dos Sacramentos. A caridade é a ação do amor de Deus em nós. Caridade não é só dar coisas, é também deixar que o Deus-Amor ame através de nós as pessoas e o mundo. Superado o egoísmo pelo amor, nós nos colocamos a serviço, servindo a Deus nos irmãos. O que significam os dinamismos dos Sacramentos, da Palavra e da Caridade? Essas realidades que Deus colocou a nossa disposição, para o encontro com Ele, têm sua Graça, isto é, sua presença santificadora. Por outro lado indicam o modo de viver na simbologia que possuem. Celebrando o Sacramento, ouvindo a Palavra ou praticando a caridade, recebemos orientações sobre o modo de viver. Por exemplo, louvando em uma celebração, aprendemos louvar pela vida. Amando com amor de Deus, aprendemos como Deus ama. 
Espiritualidade integral 
Esse modo de compreender a devoção vai nos libertar do que possa ser supersticioso, insuficiente e até infantil que às vezes vemos na piedade popular. Por exemplo: um terço não é só repetição de preces, mas compreensão dos mistérios da redenção, estímulo à caridade espiritual pelos outros e continuação da graça dos sacramentos celebrados. A liturgia é cume e fonte de vida espiritual. Os exercícios espirituais, diz o Concílio, preparam para os sacramentos e deles tiram orientação. Sem isso ainda estamos precisando de crescimento. Superamos assim a separação entre piedade e liturgia. Poderá haver uma diminuição das devoções, mas mais consistência na piedade.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JUNHO DE 2009

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 8,51-59. 
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte». Responderam-Lhe os judeus: «Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os profetas também, mas Tu dizes: "Se alguém guardar a minha palavra, nunca sofrerá a morte". Serás Tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?» Disse-lhes Jesus: «Se Eu Me glorificar a Mim próprio, a minha glória não vale nada. Quem Me glorifica é meu Pai, Aquele de quem dizeis: "É o nosso Deus". Vós não O conheceis, mas Eu conheço-O; e se dissesse que não O conhecia, seria mentiroso como vós. Mas Eu conheço-O e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria». Disseram-Lhe então os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?!» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes de Abraão existir, Eu sou». Então agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, mas Ele ocultou-Se e saiu do Templo. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cesário de Arles(470-543) 
Monge, bispo 
Homilia 83 
«Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia» 
Onde decorreu o encontro [de Abraão com os três visitantes]? «Junto ao carvalho de Mambré», palavra que significa visão ou perspicácia. Vede bem em que sítios o Senhor combina os seus encontros! Pois não é verdade que as qualidades de perspicácia e clarividência de Abraão agradaram ao Senhor? Que ele tinha pureza de coração, o que lhe permitiu ver a Deus (cf Mt 5,8)? É em lugares assim e em corações assim que o Senhor reúne os seus convivas! No Evangelho, o Senhor refere aos judeus este encontro, dizendo-lhes: «Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria». «Viu-o», diz, porque Abraão reconheceu o mistério da Santíssima Trindade: viu o Pai, o Filho e o Espírito Santo nos dias da sua vida, e as três Pessoas no mesmo dia, uma vez que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são um só e o mesmo Deus. Com efeito, cada um deles é Deus na totalidade, e todos juntos também o são. Não será, pois, difícil discernir o Pai, o Filho e o Espírito Santo nas três medidas de farinha que Sara foi buscar para eles, pois há nelas unidade de substância. Mas podemos ver Sara a outra luz, como figura da Igreja, e, nesse caso, as três medidas de farinha são a fé, a esperança e a caridade. Com efeito, estas virtudes são os frutos da Igreja universal, e quantos as tiverem no coração podem ter a certeza de possuir nele a Santíssima Trindade.

São Régulo de Senlis

Martirológio Romano:
 
Em Senlis, na Gália Lugdunense, hoje França, São Regulus (ou Rieul), bispo ( † s.IV). 
Curta biografia 
São Régulo é o padroeiro da cidade e diocese de Senlis -no norte da França-, onde se diz que foi o primeiro bispo. Ele provavelmente viveu no terceiro século, já que é mencionado como um contemporâneo de outros santos que floresceram naquela época. A Catedral de Senlis foi incendiada e com ela todos os seus arquivos, incluindo os antigos registros dos primeiros bispos, desapareceram. Segundo alguns relatos apócrifos, São Régulo foi convertido por São João Evangelista e acompanhou São Dionísio, o Areopagita, à França, onde, como Bispo de Arles, governou os fiéis da colônia cristã fundada por São Trófimo. Ele então foi a Paris em busca das relíquias dos mártires São Dionísio, São Rústico e São Eleutério; então ele empreendeu a conversão da cidade de Senlis. Possivelmente havia dois bispos com o nome de Regulus, um de Arles e outro de Senlis; e suas histórias foram confusas; mas, em todo caso, a relação com São João Evangelista é certamente uma ficção.

São Donnino

As notícias sobre a vida de Donnino se perdem nas dobras da história: sabemos pouco sobre ele e sua existência, exceto que ele trabalhou para o imperador Maximiano. Ele provavelmente teve uma posição muito importante na corte de Maximiano: algumas fontes históricas relatam que Donnino era cubicularius, isto é, guardião da Coroa. O que deve ter acontecido para garantir que Donnino fosse perseguido e morto pelos soldados do Império Romano, dada a sua posição de autoridade na corte? Donnino era um cristão fervoroso e se recusou a negar sua fé em Cristo, apesar de perguntar ao próprio Maximiano. Donnino, embora permanecendo fiel às suas obrigações civis como servidor do Império, não salvou sua vida: ele foi forçado a fugir e acompanhado por soldados em Fidenza. Nas margens do rio Stirone ele foi decapitado. 
Iconografia de San Donnino:
o Santo sem cabeça 
Na iconografia cristã, San Donnino é representado após a morte, com a cabeça decepada apoiada com uma mão. Diz a lenda que o primeiro milagre que Donnino realizou foi contextual ao seu assassinato: imediatamente após ser decapitado, o corpo de Donnino se levantou, pegou sua cabeça, atravessou o Stirone e foi para a cama do outro lado do rio, colocando a cabeça em seus braços. O corpo de San Donino foi protagonista de várias "aventuras": foi perdido e encontrado duas vezes. Ele agora repousa na cripta da Catedral de Fidenza, em uma urna de vidro e prata colocada logo abaixo do altar. 

Santa Irene VIRGEM (SÉC. IX)

Santa Iria ou Irene é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar). Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio. Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria. Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus. Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez. Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Teja, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

30 de março - São Pedro Regalado de Valladolid

Pedro Regalado nasceu em Valladolid, na Espanha em 1390, em uma nobre família judia. Aos nove anos seu pai morreu. A mãe o educou piedosamente. Muito jovem ingressou na Ordem dos Frades Menores e logo se distinguiu por sua piedade, mortificação e pobreza, bem como pelo amor de silêncio e solidão. Começava na Espanha a Reforma franciscana buscando o florescimento da primitiva austeridade de vida religiosa. Ele não tinha outra ambição senão a de levar uma vida de oração e penitência e considerava as visitas de sua mãe apenas uma distração desnecessária. Regalado foi conquistada pelos ideais de Pedro de Villacreces, que se empenhou na restauração da observância original do Regra franciscana, na Península Ibérica. A partir de 1404 seguiu com Pedro de Villacreces para a ermida de Auguille, onde encontrou a tão desejada solidão, pobreza e clima de oração. A eles juntou-se também o jovem Lope de Salinas y Salazar, que, juntamente com Pedro empenhou-se na fundação de novas ermidas de modo a não exceder o limite de vinte e cinco monges em cada local, como recomendado pelo seu próprio mestre. Os dois eremitérios de Abrojo e de Aguilera logo adquiriram grande fama pelo zelo de seus fundadores e pelos estatutos contendo prescrições extremamente severas. Isso só fez aumentar as vocações na Espanha, florescendo a vida franciscana e de santidade. Quando Villacreces morreu, ele o substitui, tomando a frente da reforma empreendida.

30 de março - São Júlio Álvarez Mendoza

A Igreja no México regozija-se ao contar com estes intercessores no céu, modelos de caridade suprema, no seguimento das pegadas de Jesus Cristo. Todos eles entregaram a própria vida a Deus e aos irmãos, através do martírio ou pelo caminho da oferenda generosa ao serviço dos necessitados. A firmeza da sua fé e esperança sustentou-os nas várias provações a que foram submetidos. É uma herança preciosa, fruto da fé arraigada em terras mexicanas que, nos alvores do terceiro milénio do Cristianismo, deve ser conservada e revitalizada para continuardes a ser fiéis a Cristo e à sua Igreja, como fostes no passado. 
Papa João Paulo II – Homilia de Canonização - 21 de maio de 2000 
São Júlio Álvarez Mendoza, nasceu em Guadalajara – México - em 20 de dezembro de 1866. Empreendedor e caridoso, era capaz de entregar a camisa que usava para aqueles que precisavam disso. Sua família, encabeçada por Atanasio Álvarez e Dolores Mendoza, carecia de recursos econômicos, no entanto, a generosidade de alguns benfeitores e a aplicação de Julio nos estudos, permitiu-lhe estudar em uma faculdade de estudos superiores, antes de entrar, em 1880, ao Seminário Conciliar de Guadalajara, ajudado pelos mesmos benfeitores, tendo sido ordenado sacerdote em 1894.

BEATO AMADEU IX DE SAVÓIA

Por razões de Estado, Amadeus já sabia, desde criança, com quem se casaria. No entanto, o casamento de Amadeus IX de Savóia com Iolanda de Valois foi muito especial. Eram animados por uma grande fé, seja nas suas funções de governo, assumidas com sabedoria, seja com os pobres. Faleceu em 1472.
(*)Thonon, Saboia, 1 de fevereiro de 1435
(+)Vercelli, 30 de março de 1472 
Amadeo nasceu de Anna di Lusignan e Ludovico, Duque de Saboia, em 1 de fevereiro de 1435. Seu casamento foi arranjado por necessidade política, na verdade ele se casou com Iolanda de Valois, filha de Carlos VII da França. Os dois, no entanto, encontraram-se; Acima de tudo, tinham em comum uma fé profunda e sabiam partilhar tudo, desde a oração até ao governo do Estado. Amadeo sofria de epilepsia e isso lhe causou muitas dificuldades. Embora ele fosse um proponente de uma cruzada para libertar Constantinopla dos turcos, ele era basicamente um pacifista, ele também era muito generoso com os pobres que muitas vezes eram seus convidados. Construiu igrejas e mosteiros. Agravando sua doença em 1469, ele abdicou em favor de Iolanda, mas seus irmãos e nobres o sitiaram a ponto de Luís XI ter que intervir para libertá-lo. Ele morreu em 30 de março de 1472 em Vercelli. 
Patrocínio: Valle Chisone 
Etimologia: Amadeo = quem ama a Deus, do latim 
Emblema: Colar da Ordem Suprema da Santíssima Anunciação 
Martirológio Romano: Em Vercelli, o Beato Amadeu IX, Duque de Saboia, que, durante o seu próprio governo, favoreceu a paz em todos os sentidos e apoiou incessantemente as causas dos pobres, viúvas e órfãos com meios materiais e compromisso pessoal.

JOÃO CLÍMACO Abade, Padre do deserto 525-605

São João Clímaco é o autor da “Escada Celestial”. Ele foi para o Monte Sinai quando era um jovem de dezasseis anos e permaneceu lá, primeiro como um postulante em obediência, depois como recluso, e finalmente como abade do Sinai até aos oitenta anos. Ele faleceu por volta do ano 605. Seu biógrafo, o monge Daniel, diz a respeito dele: “Seu corpo ascendeu às alturas do Sinai, enquanto sua alma ascendeu às alturas celestiais.” João permaneceu em obediência a seu pai espiritual, Martírio, durante dezanove anos. Observando o jovem João, Anastácio do Sinai profetizou que ele se tornaria o abade do Sinai. Após a morte de seu pai espiritual, João se afastou para uma caverna, onde viveu uma difícil vida de ascetismo durante vinte anos. Certo dia, seu discípulo, Moisés, adormeceu debaixo de uma enorme pedra. João, orando em sua cela, viu que seu discípulo estava em perigo e orou a Deus por ele. Quando Moisés retornou mais tarde, se ajoelhou e agradeceu a seu pai espiritual por ter lhe salvado da morte certa. Ele lhe contou como, em sonho, ouviu João lhe chamando e rapidamente se levantou. Naquele momento a pedra caiu. Se ele não tivesse se levantado, a pedra teria lhe esmagado. Por insistência da irmandade, João concordou se tornar o abade, e ele encaminhava à salvação das almas dos homens com zelo e amor. João ouviu de alguém uma repreensão de que falava demais.

LEONARDO MURIALDO Sacerdote salesiano, Fundador, Santo 1828-1900

Leonardo Murialdo nasce em Turim no ano de 1828, oitavo filho de uma família rica. Órfão de pai com apenas quatro anos, recebe, contudo uma ótima educação cristã no colégio dos Escolápios de Savona. Na juventude, atravessa uma profunda crise espiritual que o levará à conversão e à descoberta da vocação sacerdotal. Inicia em Turim os estudos filosóficos e teológicos. Começa a trabalhar, nesses anos, no oratório do Anjo da Guarda, dirigido pelo primo, o teólogo Roberto Murialdo. Graças a essa colaboração toca com as mãos as problemáticas da juventude de Turim: meninos de rua, encarcerados, limpadores de chaminés, serventes de bar. Em 1851 é ordenado sacerdote. Começa a trabalhar em estreito contato também com o Padre Cafasso e com Dom Bosco, e deste último aceita a direção do Oratório São Luís. Leonardo respira o sistema preventivo, encarna-o e aplica-o em todas as suas futuras obras educativas. Em 1866 aceita a direção do Colégio Pequenos Artesãos de Turim, dedicado à acolhida, à formação humana, cristã e profissional de jovens pobres e abandonados. Faz inúmeras viagens pela Itália, França e Inglaterra para visitar instituições educativas e assistenciais, para aprender, confrontar e melhorar o próprio sistema educativo. Figura entre os promotores das primeiras bibliotecas populares católicas e da União dos Operários Católicos, de que será por longos anos assistente eclesiástico.

LUDOVICO DE CASORIA Franciscano, Fundador, Santo (1814-1885)

Sacerdote italiano, fundador da Congregação
 dos Irmãos da Caridade e da Congregação 
de Religiosas Franciscanas de Santa Isabel. 
Ludovico de Casoria (no século: Arcangelo Palmentieri) nasceu em Casoria (Nápoles, Itália) em 11 de março de 1814. Com o nome de Luís, vestiu o hábito franciscano em 1832. Foi ordenado sacerdote em 1837, e consagrado para estudar e ensinar. Em 1847, após uma profunda experiência mística, que definiu como "banho", dedicou-se totalmente ao serviço dos últimos. As suas atenções centraram-se inicialmente nos religiosos enfermos, para os quais instituiu a enfermaria de "La Palma". Em 1854 lançou a “Obra dos Moritos” para o resgate e formação cristã das crianças africanas vendidas como escravas, com o desejo de despertar vocações missionárias para aquele continente, segundo o lema “A África converterá a África”. Projecto semelhante que concebeu para as negras, confiado aos cuidados das irmãs estigmatinas. Seu zelo pela evangelização da África o levou a solicitar a missão de Scellal [África], onde chegou com seus religiosos em 6 de Janeiro de 1866. Ao retornar à sua terra natal, deu vida a várias obras de caridade: a Obra dos Accattoncelli, para a recuperação dos "scugnizzi" napolitanos (crianças de rua), vários lares de idosos, internatos, escolas, colônias agrícolas, hospícios infantis, montanhas de devoção, impressoras, bandas musicais, etc.

AS SETE DORES DE MARIA

Maria Santíssima sofreu a vida toda por causa do seu filho Jesus, vindo ao mundo para nos salvar.Esta devoção é celebrada principalmente no sábado santo: 
1-A PROFECIA DE SIMEÃO 
2- A FUGA PARA O EGITO 
3- A PERDA DE JESUS EM JERUSALÉM 
4- ENCONTRO NO CAMINHO DO CALVÁRIO 
5- MARIA AOS PÉS DA CRUZ 
6- JESUS MORTO EM SEUS BRAÇOS. 
7- NO SEPULTAMENTO DE JESUS.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado 
30 – Quinta-feira – Santos: Régulo, Donino, João Clímaco
Evangelho (Jo 8,51-59) “─ Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte.”
Jesus, que anunciava sua própria morte, estava também falando de outra morte, da morte da infelicidade para sempre, do malogro total da vida. Garante que se acreditarmos nele, se vivermos como nos ensina, teremos a felicidade para sempre. O que mais desejamos é a felicidade. Não felicidade breve e passageira, mas felicidade completa para sempre, sem nenhum medo de a perder jamais.
Oração
Senhor Jesus, quero ser feliz, e creio que felicidade é estar convosco, participando de vossa vida divina. Só isso pode satisfazer plenamente a sede que tenho de tranquilidade e paz. Se me ajudais, poderei ser sempre amigo vosso. Tomai, então, conta de mim, não permitais que vos abandone. Quero seguir-vos agora, nas alegrias e dores, para estar convosco na eternidade feliz. Amém.

quarta-feira, 29 de março de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Jesus dormia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Jesus tem poder
 
Marcos escreve seu Evangelho para uma comunidade muito concreta que passava dificuldades e se sentia perdida por não ter mais a presença visível de Jesus e em seu meio como fora antes de sua morte. Tinha a sensação de que Jesus dormia, deixando os discípulos na angústia no meio da tempestade. Marcos alerta que Ele está presente e domina sobre a tempestade como proclama Jó (Jo 38,8-10). São estimulados a ter confiança pois têm Jesus consigo. As dificuldades que passam já estavam previstas por Jesus: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós” (Jo 15,20). A perseguição é saudável para a comunidade: purifica e fortalece: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10). Os cristãos passam por muitas dificuldades e incompreensões. Por que há tanta implicância com tudo o que se refere à Igreja católica, Papa, padres errados, doutrina etc...? Outros fazem o que querem e não se fala. O motivo é a oposição a Jesus e a seu Evangelho. Não há o que temer. O Reino é maior que todos os males. O perigo é quando não há oposição. Pode significar que estamos compactuando com o mal. Dentro da tempestade é preciso ter consciência da presença de Jesus e de que Ele tem poder. Os discípulos dizem: “Quem é este a quem o mar e o vento obedecem?” (Mc 4,41). O conhecimento de Jesus pela fé, revela-nos seu poder. Ele não abandona seus queridos, apenas pede que tenham fé: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4,40). Fé não é pulo no escuro, é salto no coração de Deus. Paulo diz: “Sei em que acreditei!” (2Tm 1,12). 
Sofre as demoras de Deus 
A Palavra nos ilumina sobre o sofrimento: “Filho, se pretendes servir ao Senhor, permanece firme na justiça e no temor e prepara-te para a provação...suporta as demoras de Deus ... Aceita tudo o que te acontece e permanece firme na dor e paciente em tua humilhação porque com o fogo se provam o ouro e a prata. E os eleitos no cadinho da humilhação” (Eclo 2,1-5). Jesus parece dormir. Nesta situação muitos perdem a resistência e se deixam levar para outros caminhos. Não que Deus demore, prove no fogo, mas é como se fosse. É o momento da fé pura e do maior crescimento humano-espiritual: crer sem ver. A comunidade é chamada a manter-se firme na provação. Vemos quanto tem acontecido à Igreja. E ela sai vencedora. Jesus sente essa ausência de Deus e gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Sl 22,1). Este foi o momento em que realizou a redenção da humanidade, pois disse também “Em vossas mãos entrego o meu espírito” (Jo 19,30). 
Dominando a tempestade 
Lembremo-nos que o domínio da tempestade que nos assola por dentro e por fora está em ser “uma nova criatura, pois está em Cristo” (2Cor 5,17). Nas tempestades da comunidade, Jesus não está dormindo. É preciso fortalecer a fé, e não deixar adormecida a esperança e impotente o amor. Na dificuldade temos que ter confiança e exercitar o amor, pois o “amor de Cristo nos pressiona pois Ele morreu por todos para que ninguém viva para si, mas para aquele que morreu e ressuscitou” (2Cor, 5,14-15). 
Leituras:Jo 381.8-11; Salmo 106; 
Coríntios 5,14-17; Marcos 4, 35-41 
1. Marcos escreve seu Evangelho para uma comunidade que passava dificuldades e se sentia sem Jesus. Jesus dormia no meio da tempestade. A tempestade acalmada é o sinal do poder de Jesus que atua sobre a comunidade. Jesus já previra as perseguições. Quando o cristão ou a Igreja são perseguidos é porque querem perseguir Jesus. É preciso ter fé na presença e no poder de Jesus. 
2. Pessoalmente passamos por momentos nos quais há grande ausência de Deus. Somos aconselhados a permanecer firmes e suportar as demoras de Deus. Este é o momento da fé pura e do crescimento espiritual: crer sem ver. Jesus passou por isso. 
3. Paulo nos ensina que para dominar a tempestade é preciso ser nova criatura que está em Cristo. Nas dificuldades devemos fortalecer a fé, a esperança e o amor.
Jesus é dorminhoco
Imaginemos a cena: uma tempestade de arrebentar. E Jesus dormindo largado sobre um travesseiro. Dorminhoco?! Os discípulos dizem: ‘Não tem dó de nós?’ Por que Jesus dormia? Devia estar com sono. Ou sabia viver dentro do perigo ou queria demonstrar que, com Ele, não há tempestade. Jesus se levanta e silencia as ondas e o vento. Poderoso, Ele! Está a indicar que Deus tem poder, mesmo quando não se manifesta. Deus adormecido. Este é um de nossos problemas mal colocados. Não é que Deus dorme. Somos nós que perdemos a confiança nas dificuldades. Por que arrancar os cabelos, quando é careca? Deus sabe que nós temos força. Basta não perder a esperança. Mesmo no meio da tempestade da vida, podemos continuar caminhando. 
Homilia do 12° Domingo Comum(21.06.2009)

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 8,31-42. 
Naquele tempo, dizia Jesus aos judeus que tinham acreditado nele: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará». Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que Tu dizes: "Ficareis livres"?». Respondeu Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo. Ora, o escravo não fica para sempre em casa; o filho é que fica para sempre. Mas se o Filho vos libertar, sereis realmente homens livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-Me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu digo o que vi junto de meu Pai e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai». Eles disseram: «O nosso pai é Abraão». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão não procedeu assim. Vós fazeis as obras do vosso pai». Disseram-Lhe eles: «Nós não somos filhos ilegítimos; só temos um pai, que é Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Se Deus fosse o vosso Pai, amar-Me-íeis, porque saí de Deus e dele venho. Eu não vim de Mim próprio; foi Ele que Me enviou».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém(313-350) 
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequese batismal n.º 4, 18-22 
«A verdade vos libertará» 
Ao conhecimento da nossa luminosa, gloriosa e santíssima fé, junta ainda, sejas tu quem fores, o conhecimento de ti mesmo. Homem, tu és duplo por natureza, composto por alma e corpo; e é o mesmo Deus que cria a alma e o corpo. Além disso, tens uma alma livre, obra-prima de Deus, criada à imagem do seu autor, imortal pela graça de Deus, que a criou imortal. És um ser vivo, racional e incorruptível, pela graça daquele que lhe conferiu estas prerrogativas, dotado da faculdade de fazer o que quer. Antes de nascer neste mundo, a alma não comete pecados; mas, depois de termos vindo a este mundo sem pecados, eis que pecamos deliberadamente. A alma é imortal e todas elas, sejam de homem ou de mulher, são idênticas, pois só os membros do corpo diferem. Não existe uma categoria de almas que pecam por natureza e uma categoria de almas que fazem o bem por natureza; umas e outras agem por escolha livre, dado que a substância das almas tem a mesma estrutura em todos, e é semelhante. A alma é livre, e o demónio tem a capacidade de lhe fazer sugestões, mas não tem o poder de a obrigar, a despeito da sua liberdade de escolha. Ele esboça em ti um pensamento de fornicação, e tu acolhes esse pensamento se quiseres; se não quiseres, afasta-lo. Pois, se fosse necessário que fornicasses, que sentido teria Deus ter preparado a geena? Se fosse a natureza, e não o livre arbítrio, a levar-te a fazer o bem, que sentido teria Deus ter preparado coroas inefáveis? Ficas assim a conhecer, caro amigo, na medida desejável por esta altura, o que diz respeito à alma.

São José de Arimateia SÉC. I

Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, 
o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. 
José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário.
José de Arimateia, assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia, foi, segundo os Evangelhos canônicos, um homem rico, senador e membro do Sinédrio, o colégio dos mais altos magistrados do povo judeu e que formava a suprema magistratura judaica. A Bíblia relata que ele era discípulo de Cristo, mesmo que secretamente (João 19:38). José de Arimateia era um rico comerciante, dono de uma frota de navios que faziam exportação, principalmente de minérios, para toda região da Palestina até a Britânia. Era simpático às ideias de Jesus e frequentemente visitava secretamente a casa de Simão, à noite, quando Jesus se hospedava lá, conversando com ele por horas. Na noite em que Jesus foi preso, um emissário o convoca para uma sessão especial no sinédrio, para o julgamento de um nazareno agitador e blasfemo.

29 de março - São Gwynlliyw

A breve história de São Gwynlliyw, pode ser apenas lendária; seria melhor se não fosse assim; mas, de fato, nada permanece registrado, exceto tais símbolos e símbolos da verdade simples, em honra de alguém cujo nome tenha continuado na Igreja, e para a glória daquele que a escreveu em seu catálogo. São Gwynllyw era um rei ou chefe, cujo território ficava em Glamorganshire no País de Gales, e ele viveu por volta do ano 500. Ele foi o pai do grande São Cadoc, e sua esposa era Gladys, a mais velha das dez filhas do rei Brachan. Destas filhas, uma era Santa Almehda; outra, Santa Keyna; uma terceira, pouco digna de memória honrosa, era a mãe de São Davi. Certa noite, uma voz sobrenatural invadiu os cochilos de São Gwynllyw e Gladys: “O Rei do Céu, o Governante da Terra, enviou-me para cá”; assim falou; “para que você possa voltar-se para o Seu ministério com todo o seu coração. Você Ele chama e convida, como Ele escolheu e redimiu você, quando Ele subiu na cruz. Eu vou lhe mostrar o caminho reto, que você deve manter, até a herança de Deus, levante as suas mentes, e para o que é perecível, não ofusque suas almas. Na margem do rio há um solo em ascensão, e onde um corcel branco está em pé, há o lugar de tua habitação”.

29 de março - Beato Bertoldo

A vida de Bertoldo transcorreu, em grande parte, na obscuridade e não há muito que relatar acerca dele, exceto o haver empreendido a construção e reconstrução de edifícios monásticos e ele os ter dedicado em honra do profeta Elias. Isso foi informado depois por Pedro Emiliano ao rei Eduardo I de Inglaterra, numa carta datada em 1282. Beato Bertoldo, cujo nome era Bartolomeu Avogadro, nasceu na França e estudou teologia em Paris, sendo ordenado sacerdote. Com seu parente Alberto, que depois chegou a ser patriarca latino de Antioquia, acompanhou os cruzados até ao oriente e, encontrava-se em Antioquia no tempo em que esta foi sitiada pelos sarracenos. Durante este tempo encontrou um mendigo pedindo esmolas, e foi o único a lhe oferecer uma ajuda, e assim conseguiu a amizade dos pobres. Teve uma revelação divina, pela que se lhe deu a conhecer que o sitio da povoação era um castigo pelos pecados e especialmente pela vida licenciosa dos soldados cristãos. Bertoldo se ofereceu em sacrifício e fez voto de que se os cristãos fossem salvos desse grande perigo, dedicaria o resto de sua vida ao serviço da Santíssima Virgem. Numa visão lhe apareceu Nosso Senhor acompanhado de Nossa Senhora e São Pedro, levando em suas mãos uma grande cruz luminosa; o Salvador se dirigiu a Bertoldo e lhe falou da ingratidão dos cristãos, em retribuição por todas as bênçãos que haviam chovido sobre eles.

29 de março - São Marcos de Aretusa

Bispo de Aretusa no tempo do Imperador Constantino, o Grande, São Marcos salvou a vida do príncipe Juliano, depois apelidado o apóstata, mal sabendo que, tempos mais tarde, repudiando a fé cristã, o novo governante procuraria, acirradamente, restabelecer o paganismo. Durante o reinado do imperador Constantino, Marco de Aretusa demoliu um templo pagão e construiu sem eu lugar uma igreja, convertendo muitos à fé cristã. Isto fez com que a população pagã ficasse ressentida, e queriam vingar-se dele. No entanto, como o imperador era cristão, não puderam fazê-lo tão depressa quanto pretendiam. A oportunidade chegou quando Juliano, o apóstata, ocupou o trono e proclamou que todos os que haviam destruído templos pagãos deveriam reconstruí-los ou pagar uma pesada multa. Marco, que não podia e nem queria obedecer, fugiu da fúria de seus inimigos. Contudo, quando soube que alguns cristãos foram presos, regressou e se entregou. Marco foi arrastado pelos cabelos pelas ruas, açoitado e preso e, posteriormente, perfurado com estiletes. Amarraram suas pernas com correntes tão apertadas que chegaram a cortar sua carne até os ossos; também teve suas orelhas decepadas. Por fim, untaram-no de mel e o suspenderam no alto, em pleno sol do verão do meio dia, para que vespas e moscas viessem picar seu corpo.

São Segundo de Asti

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes. Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão. Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão. Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio.

São Ludolfo

São Ludolfo, da Ordem Premonstratense 
e um exemplo de zelo pela Igreja. 
Bispo e mártir [nascimento desconhecido – morte 1256] 
Origens 
Vida discreta, pouco se conhece sobre as origens desse santo até a sua entrada para a vida religiosa. 
Vida religiosa 
Entrou para a Ordem de São Norberto, a Ordem Premonstratense, conhecida também como Cónegos Brancos. Levou uma vida estritamente religiosa e tornou-se conhecido por sua entrega total à pregação da Palavra. Tornou-se, então, chanceler da Catedral de Raceburgo (Ratzeburg), na Alemanha. Devido à sua fidelidade e empenho, foi indicado pelos seus confrades para que se tornasse Bispo. 
Perseguido como bispo 
Como Bispo, enfrentou dificuldades em governar. Um soberano de nome Alberto Urso, desejando governar sozinho, resolveu tirar o Bispo Ludolfo de sua Catedral, provocando uma enorme resistência. Exigiu que o Bispo fosse tirado de lá, preso e torturado com muito sofrimento. 

São Constantino

Era pagão, converteu-se ao Cristianismo 
e assumiu seriamente o chamado à santidade.

Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente esta aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar às guerras militares. Nesta aventura de poder e fama, ele – como São Paulo – ‘caiu do cavalo’. Era pagão, converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade. Entrou para um mosteiro irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o ‘homem velho’. Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração ante o Evangelho. 
São Constantino, rogai por nós!