São Doroteu, o Moço, viveu no começo do século XI; seu pai, de família nobre, exercia uma magistratura; passou Doroteu a juventude em Trebizonda, Turquia, no Mar Negro, onde nascera. Aos doze anos, tendo compreendido que os pais já andavam a pensar em casá-lo e que não poderia opor-se a tal projeto, fugiu da casa paterna e conseguiu ser recebido no mosteiro da Natividade, em Amisa, cidade à beira-mar; lá brilhou pela inteligência e por todas as virtudes. tendo sido ordenado sacerdote, não deixou um só dia de dizer Missa, durante a qual uma chama sobrenatural aparecia no seu rosto.
Uma visão convidou-o a funda ou restaurar, numa colina vizinha, um mosteiro em honra da Santíssima Trindade. Não teve no principio senão um companheiro, fornecido pelo abade, mas depois vieram outros a juntar-se-lhes; deu-lhes a regra de Santo Arsénio, por ele reformada; os monges não deviam ocupar-se materialmente senão do que é absolutamente necessário para manter a vida. Viveu lá, em Chiliocomo, sem nunca sair, sendo favorecido pelas graças mais altas da contemplação.
Antes da morte que previra, passou pelas celas de todos os irmãos a pedir-lhes perdão. Morreu sossegadamente , rodeado pelos monges; havia 62 anos que recebera o sacerdócio. Os Gregos celebram-no a 5 de Janeiro.
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