segunda-feira, 6 de setembro de 2021

EVANGELHO DO DIA 6 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 6,6-11. 
Naquele tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Atanásio(295-373) 
Bispo de Alexandria, doutor da Igreja 
Contra os pagãos, 40; SC 18 
Uma cura ao Sábado, 
símbolo da conclusão da criação 
Este mundo é muito bom, tal como foi feito e tal como o vemos, porque Deus assim o quer: quem poderá duvidar disso? Se a criação fosse desordenada, se o Universo evoluísse ao acaso, poderíamos pôr em causa esta afirmação. Mas, como o mundo foi feito com sabedoria e ciência, de modo racional e lógico, posto que foi ornado de toda a beleza, quem a ele preside e o organizou há de ser a Palavra de Deus, o seu Verbo, o seu Logos. Sendo uma Palavra boa do Deus de bondade, esse Verbo deu ordem a todas as coisas, reunindo os contrários com os contrários para com eles formar uma só harmonia. É Ele, «poder e sabedoria de Deus» (1Cor 1,24), que faz girar o céu, que tem a Terra suspensa e que, sem que ela assente em nada, a mantém com a sua própria vontade (cf Heb 1,3). O Sol ilumina a Terra, que dele recebe a luz, e a lua recebe a sua medida da mesma luz; graças a ele, as águas ficam suspensas nas nuvens, as chuvas regam a terra, o mar mantém-se nos seus limites, a terra cobre-se de toda a espécie de plantas (cf Sl 103). A razão de esta Palavra, Verbo de Deus, ter vindo até às criaturas é verdadeiramente admirável. A natureza dos seres criados é passageira, fraca, mortal; mas, sendo pela sua natureza bom e excelente, o Deus do Universo ama os homens. Assim, vendo que, entregue a si própria, toda a natureza criada se esvai e se dissolve, para evitar que isso aconteça e para que o Universo não regresse ao nada, Deus não o abandona às flutuações da sua natureza. Na sua bondade, com o seu Verbo, governa e mantém toda a criação, que não sofre, portanto, o destino que teria se o Verbo não cuidasse dela, isto é, a aniquilação. «Ele é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criatura; porque foi nele que todas as coisas foram criadas, no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tudo nele subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a Igreja» (Col 1,15-18).

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