quarta-feira, 15 de setembro de 2021

EVANGELHO DO DIA 15 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 19,25-27. 
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E, a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Rupert de Deutz(1075-1130) 
monge beneditino 
Comentário sobre o Evangelho 
de João, 13; PL 169, 789 
«Mulher, eis o teu filho». 
«Eis a tua mãe». 
Com que direito passa o discípulo que Jesus amava a ser filho da Mãe do Senhor? Com que direito é ela sua Mãe? É-o porque aquela que trouxe ao mundo, então de forma indolor, a causa da salvação de todos, ao dar à luz na carne o Deus feito homem, dá à luz com enorme dor agora de pé junto à cruz. Na hora da sua Paixão, o Senhor comparou os seus apóstolos a uma mulher que dá à luz: «A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz o menino, já se não lembra da aflição, pela alegria de ter vindo um homem ao mundo» (Jo 16,21). Quanto mais compararia sua Mãe -- essa Mãe que esteve de pé junto à cruz -- com uma mulher que dá à luz! Compará-la? Mas ela é verdadeiramente mulher e verdadeiramente Mãe e, nesta hora, tem verdadeiras dores de parto. Ela, que não sofreu as dores do parto como as outras mulheres quando lhe nasceu o Filho, sofre-as sendo crucificada, sentindo a tristeza de quem dá à luz porque chegou a sua hora (cf Jo 13,1; 17,1). Quando tiver passado esta hora, quando esta espada de dor tiver trespassado por completo a sua alma que dá à luz (cf Lc 2,35), também ela se não lembrará da aflição, pela alegria de ter vindo um homem ao mundo: o homem novo, que renova todo o género humano e reina sem fim sobre todo o mundo, verdadeiramente nascido, ultrapassado todo o sofrimento, imortal, primogénito entre os mortos. Tendo, pois, trazido ao mundo a salvação de todos nós na Paixão de seu único Filho, a Virgem é claramente a Mãe de todos nós.

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