Evangelho segundo São Lucas 16,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens.
Mandou chamá-lo e disse-lhe: "Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar".
O administrador disse consigo: "Que hei de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa".
Mandou chamar, um por um, os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: "Quanto deves ao meu senhor?".
Ele respondeu: "Cem talhas de azeite". O administrador disse-lhe: "Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta".
A seguir disse a outro: "E tu, quanto deves?" Ele respondeu: "Cem medidas de trigo". Disse-lhe o administrador: "Toma a tua conta e escreve oitenta".
E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz no trato com os seus semelhantes».
Tradução litúrgica da Bíblia
Constituição sobre a Igreja
no mundo contemporâneo
«Gaudium et Spes», § 34
«Enchei a Terra e submetei-a» (Gn 1, 28)
O homem, criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a Terra, com tudo o que ela contém, e governar o mundo em justiça e santidade; e de, reconhecendo Deus como Criador universal, se orientar, a si e ao universo, para Ele, de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, o nome de Deus seja glorificado em toda a Terra.
Isto aplica-se também às atividades de todos os dias. Assim, os homens e as mulheres que, ao ganhar o sustento para si e suas famílias, de tal modo exercem a própria atividade que prestam conveniente serviço à sociedade, com razão podem considerar que, com o seu trabalho, prolongam a obra do Criador, ajudam os seus irmãos e dão um contributo pessoal para a realização dos desígnios de Deus na história.
Longe de pensar que as obras do engenho e poder humano se opõem ao poder de Deus, ou de considerar a criatura racional como rival do Criador, os cristãos devem, pelo contrário, estar convencidos de que as vitórias do género humano manifestam a grandeza de Deus e são fruto do seu desígnio inefável.
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