PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
Com o primeiro domingo da Quaresma iniciamos a caminhada rumo à Páscoa, ponto central de toda vida da Igreja. Neste ano, a estrada é batismal a partir do 3º domingo. Neste domingo meditamos as tentações de Jesus e a tentação de todo homem. No 2º domingo veremos a transfiguração de Jesus, vitória sobre todo mal. Nos três domingos seguintes temos os temas batismais. Neste ano a Campanha da Fraternidade propõe-nos a questão da solidariedade e povos indígenas. A mentalidade que devemos viver nesta Quaresma está explícita na oração: “possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa”
Jesus no deserto, faminto e só, é a presa fácil da tentação. O homem e a mulher, felizes no Paraíso, distraídos com a riqueza que lhes é oferecida, buscam ter mais e mais. São presa fácil da tentação. Contudo a realidade humana e cristã não termina na queda do pecado, mas na vitória de Cristo. Em Jesus é abundante a redenção. Por mais que o pecado tenha suas garras penetradas em nosso coração, a graça de Cristo é muito mais forte, pois Ele venceu o mal. E nós somos vencedores nele.
Por que são três tentações e não duas, quadro ou dez? Nestas três propostas de satanás estão condensadas todas as tendência do coração humano. E Jesus não estava isento delas. São elas: pão, poder e prazer. São João coloca três termos difíceis: concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e orgulho das riquezas. É o que domina o mundo: cobiça, orgulho e sensualidade. Isso domina a cada um de nós, desde crianças. Equilibrar-nos dentro deste mistério de pecado que os circunda é a meta da prática quaresmal: conhecer Jesus Cristo e levar a uma vida santa. Esta é a nossa correspondência a todo amor manifestado na Paixão e Morte de Cristo.
Quais são as armas para vencer a tentação? O tempo quaresmal propõe a esmola, a oração e o jejum. Jesus diz que para vencer a ganância do pão e do possuir deve-se ter fome da Palavra de Deus. Para vencer o orgulho é preciso a humildade de servir a Deus. Para vencer a fome de prazer é necessário prestar a Deus o culto amoroso da adoração. “Então o diabo o deixou e os anjos se aproximaram e serviram Jesus”. Assim também farão a nós.
Homilia do 1ºDomingo da Quaresma
(15 DE FEVEREIRO DE 2002)
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