sexta-feira, 7 de agosto de 2020

EVANGELHO DO DIA 7 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 16,24-28. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que poderá dar o homem em troca da sua vida? O Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus Anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão antes de verem chegar o Filho do homem, na glória do seu Reino». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta(1256-1301) 
Monja beneditina 
O Arauto, Livro III, SC 143 
«Se alguém quiser seguir-Me, 
renuncie a si mesmo, 
tome a sua cruz» 
Durante o responso: «Eis que vem o Senhor, o nosso Protetor, o Santo de Israel», Gertrudes compreendeu que, se alguém se aplicasse de todo o coração em empenhar a sua vontade a desejar que todos os seus comportamentos, tanto na alegria como na adversidade, obedecessem à mui adorável vontade de Deus, prestaria ao Senhor, através da graça, a mesma honra que presta ao Soberano aquele que lhe põe a coroa imperial na cabeça. Gertrudes viu o Senhor avançar por um caminho agradável pela beleza das folhagens e das flores, mas estreito e áspero, e passando por entre espessos arbustos de espinhos. O Senhor parecia avançar atrás de uma cruz, que, afastando os espinhos para os lados, abria uma passagem, e voltava-Se, de rosto sereno, para os que O seguiam, animando-os e dizendo-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me». Compreendeu então que cada um tem como cruz as suas provações. Por exemplo, a cruz de uns consiste em, sob o aguilhão da obediência, agirem contrariamente à própria vontade; a de outros, em verem o peso das doenças opor obstáculos à sua liberdade; e por aí fora. Cada um terá de levar a sua cruz aceitando de boa vontade sofrer o que o contraria, e aplicando-se nisso o melhor que puder, sem negligenciar coisa alguma que sabe ser em louvor de Deus.

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