terça-feira, 30 de junho de 2020

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 8,23-27. 
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-no, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
Santo Afonso-Maria de Ligório 
(1696-1787) 
Bispo, doutor da Igreja 
Maneira de conversar com Deus 
A Vós, Senhor, eu me confio! 
Não desagrada a Deus que, por vezes, vos queixeis suavemente a Ele. Não temais dizer-Lhe: «Porque Vos retirastes para longe, Senhor? (cf Sl 9,22,LXX) Bem sabeis que Vos amo e que a nada mais aspiro que ao vosso amor. Por caridade, socorrei-me e não me abandoneis». Se a desolação se prolongar e a vossa angústia se extremar, uni a vossa voz à de Jesus, desse Jesus que morre na cruz, e dizei, implorando a piedade divina: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?» (Mt 27,46). Mas aproveitai esta prova, primeiro para mais vos abaixardes, sabendo que quem ofendeu a Deus não merece consolações; e depois, para avivar ainda mais a vossa confiança, recordai que Deus tem sempre em vista o vosso bem em tudo quanto faz ou permite, e que, por isso, todas as coisas cooperam para o bem (cf Rom 8,28) da vossa alma. Quanto mais vos sentirdes esmagado pela dor e o desânimo, mais deveis armar-vos de grande coragem e exclamar: «O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei?» (Sl 26,1). Sim, Senhor, sois Vós que me iluminais e sereis Vós a salvar-me; confio-me a Vós, «em Vós deposito a minha esperança, não serei confundido para sempre» (Sl 30,2,LXX). Deste modo, estabelecei-vos na paz, ciente de que «ninguém esperou no Senhor e foi confundido» (Si 2,11,Vulg), ninguém se perdeu depois de ter depositado a sua confiança em Deus.

A HISTÓRIA DO DIA - “ESTE FRANGO JÁ TEM DONO”!

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Os antigos contam que um camponês foi levar alguns frangos para os frades que viviam de esmolas e da caridade do povo. No caminho para a cidade, um dos frangos desvencilhou-se das mãos do campônio e desandou a correr. Ele saiu atrás xingando: 
-"Eta frango do capeta! Eu te pego já!" 
Conseguiu recuperar o fujão e prosseguiu caminho. Chegando ao mosteiro, tocou o sininho (naquele tempo não havia campainha) e logo foi atendido. 
- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui estão os frangos que nossa comunidade mandou para os frades e para a quermesse de São Sebastião.
O frade foi recebendo e agradecendo. Só não quis aceitar um frango, dizendo: 
- Este não; já tem dono.
 Era justamente aquele que escapara no caminho e fora “presenteado" com aquele palavrão:
-Eta! Frango do... 
Palavra de vida: “...A linguagem indecente esteja longe de vossos lábios (Cl 3,8). Quem diz o que pensa, acaba fazendo o que diz.

REFLETINDO A PALAVRA - “Eis o Cordeiro de Deus!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Manifestado a Israel
Iniciamos o Tempo Comum do Ano Litúrgico. Neste tempo não celebramos nenhuma festa que seja memória de um acontecimento da vida do Senhor, mas celebramos o Mistério de Cristo na sua globalidade. Nesse tempo damos importância particular ao domingo como dia do Senhor. É cotidiano da vida, celebrado como presença do Senhor. Usamos a cor verde significando que vivemos voltados para a realização do Mistério Pascal de Cristo em nós e em nossas pequenas coisas do dia a dia, na expectativa da vida eterna. Nada de nossa vida está fora da luz que emana do Mistério de Cristo. Sua Paixão e Morte estão presentes em nosso caminhar sofrido. Sua Ressurreição está presente em nossa esperança e em nossa capacidade de compreender a vida a partir da Palavra de Deus. Todos anos, no segundo domingo, lemos o evangelho de João. É a apresentação de Jesus aos discípulos, como o faz hoje João Batista. Consciente de sua missão de preparar o caminho, o apresenta ao povo de Israel e agora aos discípulos. Nós nos colocamos junto com os discípulos para o seguimento de Jesus na caminhada desse ano. A apresentação que João Batista faz é muito clara: “Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Ele está cheio do Espírito Santo. Ele é o Filho de Deus. João dá a ficha Daquele que é a salvação que vai chegar até os confins do mundo. Esta salvação a todos. 
João apresenta Jesus como Cordeiro 
Jesus é chamado de Cordeiro de Deus. É uma expressão bonita e rica, pois traz em si um ensinamento profundo sobre Jesus. Entre as figuras do Antigo Testamento que são profecias sobre Jesus, está a figura do cordeiro. Por exemplo: Abraão oferece um cordeiro no lugar de seu filho Isaac (Gn 22.13). No templo são oferecidos dois cordeiros por dia (Ex 29,39). Jeremias faz uma das mais belas profecias usando a imagem do cordeiro: “Mas eu, como um cordeiro manso que é levado ao matadouro” (Jr 11,19; Is 53.7). Deste modo, percebemos que o cordeiro expressa as atitudes de Cristo como redentor. Ele é sacrificado silenciosamente por nossos pecados. No tempo antigo o sangue dos cordeirinhos sacrificados afastava os maus espíritos, como diziam, e protegiam os rebanhos. Assim Jesus com seu sangue afasta de nós o mal e nos dá nova vida. O cordeiro pascal é o símbolo maior, pois ele é sacrificado e seu sangue afasta o anjo destruidor. Agora Cristo é verdadeiro cordeiro pascal (1 Cor 5,7). O Cordeiro sacrificado na Cruz é a luz das nações (Is 49,6). O livro do Apocalipse mostra que Ele é digno de toda honra. Ele estará no trono com Deus seu Pai (Ap 22,3). Por isso temos, na Eucaristia, diversas vezes, a chamada do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, como ouvimos na liturgia. 
Luz das Nações 
Jesus se põe a serviço de todos, de modo particular em sua Paixão na qual Se oferece pela salvação do mundo. No momento em que eram sacrificados os cordeiros pascais no templo, Jesus era sacrificado no Calvário. Em seu serviço à humanidade, Jesus é identificado com o Servo Sofredor que aparece no livro de Isaias. É uma figura que não se identifica com outro personagem. São quatro cânticos que descreve esse amado de Deus que dá a vida. É fiel a Deus, mesmo na perseguição. Sua missão é universal: “Não basta seres meu servo para restaurar as tribos de Jacó... Eu te farei luz das nações para que minha salvação chegue aos confins da terra” (Is 49,6). Deus não desqualificou o povo de Israel, mas levou-o a cumprir sua missão de ser o anunciador a todos os povos. 
Mandou eu faço 
João cumpre sua missão, sem querer se colocar como o Messias, o que não deixava de ser uma tentação. Até o povo pensava que ele fosse o Messias. Recebeu a missão de Deus e a levou a cabo, sabendo ser aquele que preparou os caminhos para o Senhor e que tem a sabedoria de sair de cena quando Jesus inicia sua missão. Isso causa uma grande impressão em Jesus que valorizava seu primo. Assim também nós, se quisermos levar Jesus ao mundo, temos que sair de cena, dar espetáculo, mas promover sempre mais o conhecimento de Jesus e de sua Igreja que é sua continuadora. Ela não é o centro, é o instrumento.

Santos Júnia e Andrônico de Roma

ANDRÔNICO, á esquerda
 e JÚNIA, á direita
“Saudai a Andrônico e a Júnia, meus compatriotas e companheiros de prisão, os quais se assinalam entre os apóstolos, e que também estavam em Cristo antes de mim”. (Romanos 16:7). De acordo com este versículo, Andrônico era um compatriota de Paulo e um companheiro do apóstolo na prisão, além de particularmente bem conhecido entre os apóstolos e tinha se tornado um seguidor de Jesus antes da conversão de Paulo na estrada para Damasco. Andrônico e Júnia viviam em Roma no ano 58 d.C., quando o Apostolo Paulo os saudou calorosamente na Carta aos Romanos.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

SANTA ERENTRUDES

Erentrudes (ou Erentraud, também conhecida como Erendruda) era originária da região de Worms (Palatinado). Foi chamada pelo Bispo de Juvanum (atual Salzburgo, Áustria), São Roberto de Salzburgo, seu tio e diretor espiritual, para fundar em Nonnberg um mosteiro de religiosas, do qual veio a ser a primeira abadessa. Colaborou com os trabalhos apostólicos do bispo com a oração e cuidando da educação da juventude feminina. Como abadessa introduziu a regularidade monástica, privilegiando a vida de oração, da qual era um exemplo.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

ADVOGADO A SERVIÇO DO REINO

Este foi o Beato Januário Sarnelli 1702-1744). Podemos dividir sua vida em três etapas. Pressentindo que morreria muito cedo, viveu-as intensamente.
1. O advogado (1722-1732); Filho de pais bem posicionados na sociedade, teve recursos e força de vontade para aprimorar seus estudos, formando-se em advocacia com apenas 20 anos.  Pertenceu a várias associações: “Congregação dos Cavalheiros togados e doutores”, Congregação das Missões Apostólicas etc.Além das visitas aos enfermos, dedicou-se à catequese das crianças, combateu o trabalho infantil, acompanhou os velhos do Abrigo e os condenados às galeras.Nesse mesmo período ficou conhecendo Santo Afonso. Juntos trabalharam em vários segmentos da Pastoral, inclusive nas famosas “capelas  da noite”, precursoras das atuais reuniões de grupo.
2. O missionário (1732-1736): Ávido de mais apostolado, passou para a Congregação dos Missionários Redentoristas.Ele não se poupava. Entre uma pausa e outra, escrevia e divulgava livretos e folhetos em defesa das “jovens em perigo de se perder”, bem como sobre a “vida devota”. Fez forte campanha contra a blasfêmia, péssimo costume espalhado especialmente entre os homens.O coração de Januário era um vulcão sempre em atividade.
3. O defensor das mulheres (1736-1742): Sua preocupação pelas jovens e mulheres, vítimas da prostituição era constante. Com o consentimento de Santo Afonso, deixou o conventinho tranqüilo de Scala,e  foi para a tumultuosa Nápoles onde grassava de modo espantoso essa mazela social. Sua intensa atividade social em favor da mulher o coloca entre os seus defensores mais completos daquela época.Escreveu mais de 30 obras sobre meditação, teologia mística, direção espiritual, direito, pedagogia, moral e pastoral. Foi beatificado em 1996 pelo Papa São João Paulo II.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

MARÇAL DE LIMOGES Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Cler-mont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

MARTÍRIO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS DE ROMA

Na primeira perseguição contra a Igreja, desencadeada pelo imperador Nero, depois do incêndio da cidade de Roma no ano 64, muitos cristãos foram martirizados com atrozes tormentos. Este facto é testemunhado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15,44) e por São Clemente, bispo de Roma, papa, na sua Carta ao Coríntios (cap.5-6), do ano 96: “Deixemos de lado os exemplos dos antigos e falemos dos nossos atletas mais recentes. Apresentemos os generosos de nosso tempo. Vítimas do fanatismo e da inveja, sofreram perseguição e lutaram até à morte. Tenhamos diante dos olhos os bons apóstolos. Por causa de um fanatismo iníquo, Pedro teve de suportar duros tormentos, não uma ou duas vezes, mas muitas; e depois de sofrer o martírio, passou para o lugar que merecia na glória. 
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

30 de Junho - São Theobaldo

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

Há 94 anos consagração da China à Nossa Senhora, Imperatriz da China

Um fato miraculoso ocorreu em 1900 e foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas em 1924. O bispo jesuíta Henri Lecroart propôs que fossem consagrados à Nossa Senhora a China, a Mongólia, a Manchúria e o Tibete, sob a invocação de Nossa Senhora Imperatriz da China.
Nossa Senhora, Imperatriz da China, também conhecida como Nossa Senhora de Sheshan
24 de maio de Nossa Senhora de Sheshan - Dia mundial da oração na China
     "O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" (Ap 12,13).
     Ninguém ignora a férrea repressão na China vermelha a tudo que possa se referir a religião. Repressão, sobretudo, anticristã. Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira – Santos: Primeiros Mártires de Roma, Lucina, Basílides 
Evangelho (Mt 8, 23-27) “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo! Jesus respondeu: – Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?”
Jesus aproveitou um momento vivido pelos discípulos para dar um ensinamento a eles e a nós. Sabemos que ele não vai resolver com milagres todas as nossas dificuldades. Mas podemos ter certeza que tudo fará tudo para nos levar pelo bom caminho da felicidade. Em todas as nossas necessidades e perigos, espirituais ou materiais, recorramos a ele, sabendo que estará sempre ao nosso lado.
Oração
Senhor Jesus, muitas vezes tenho medo e me desespero. Nessas horas, ajudai-me a me lembrar de vossas palavras na barca. Aumentai minha fé e minha confiança em vossa bondade e em vosso poder. Dai-me um pouco mais de coragem para não viver apavorado. Guiai-me para tomar boas decisões e encontrar o melhor caminho. Sei que estais comigo. Quero continuar alegre apesar de tudo. Amém.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 16,13-19. 
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bernardo(1091-1153)monge cisterciense,
doutor da Igreja 
Primeiro sermão para a festa 
dos santos Pedro e Paulo,1,3,5 
«Roguei por ti a fim de que a tua fé 
não desfaleça. 
E tu, uma vez convertido, 
fortalece os teus irmãos»(Lc22,32) 
Cristo é o Mediador, «que não cometeu pecado e cuja boca não proferiu mentira.» (1P 2,22). Como ousarei aproximar-me dele, eu, que sou pecador, um grande pecador, cujos pecados são mais numerosos que a areia do mar? Ele é tudo o que há de mais puro e eu de mais impuro. Foi por isso que Deus me deu estes apóstolos, homens e pecadores, grande pecadores, que aprenderam pela experiência a que ponto devem ser misericordiosos para com os outros. Culpados de grandes faltas, perdoarão facilmente os grandes pecados e usarão connosco a medida que serviu para eles (cf. Lc 6, 38). O apóstolo Pedro cometeu um grande pecado; talvez não haja pecado maior do que aquele. Mas foi tão pronta e facilmente perdoado que nada perdeu do privilégio da sua primazia. Paulo, que havia desencadeado um furor sem limites contra a Igreja emergente, foi atraído à fé pelo apelo do próprio Filho de Deus. Como paga de tantos males, recebeu tantos bens que se tornou «o instrumento escolhido para levar o nome do Senhor aos pagãos, aos reis e aos filhos de Israel» (At 9,15). Pedro e Paulo são os nossos mestres: aprenderam plenamente com o único Mestre de todos os homens os caminhos da vida, e ainda hoje no-los ensinam.

A HISTÓRIA DO DIA- O SERMÃO SOBRE A MENTIRA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
-Prezados irmãos, anunciou o vigário à hora da missa: No próximo domingo o assunto da homilia vai ser o oitavo mandamento: "Não levantar falso testemunho". A mentira é um problema muito sério e muito atual entre nós. 
E continuou: 
-É bom ir meditando e recordando o oitavo mandamento no seu catecismo. Leiam também o capítulo 17 do evangelho de São Marcos a fim de se prepararem para o próximo domingo. 
Todos concordaram.
No domingo seguinte ele perguntou quem tinha lido o capítulo 17 de São Marcos.Todos levantaram a mão, afirmativamente.
Sorrindo maliciosamente, disse o vigário: 
-Eu tinha razão ao dizer que a mentira é um problema atual.
E acrescentou marcando as palavras: 
-O Evangelho de São Marcos só tem 16 capítulos... 
Palavra de vida: Senhor, afasta de mil a falsidade e a mentira (Pr 30,8)

REFLETINDO A PALAVRA - “Meu Filho, o Dileto”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
(Ao fundo o sempre estimado
PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO
REDENTORISTA)
Eis o meu Filho 
Celebramos a Manifestação do Senhor. Esse mistério se revela em quatro celebrações diferentes que são um único mistério. A celebração do Batismo de Jesus é uma das celebrações mais antigas da Igreja. Vem já desde o segundo século. Há uma oração na Liturgia das Horas – o Ofício Divino - que assim reza na Epifania: “Três prodígios celebramos nesse dia santo: “Hoje a estrela guiou os Magos ao Presépio; hoje a água é mudada em vinho nas bodas de Caná; hoje Cristo é batizado por João no Jordão para nossa salvação” (Antífona das Vésperas da Epifania). Deus Se manifestou como diz João: “Veio para o que era seu e os seus (judeus) não O receberam” (Jo 1,11). Deus Se manifesta para que seja visto na pessoa de seu Filho Dileto. Não se trata de dizer filho “queridinho”, mas Filho no qual o Pai Se vê inteiramente e que realiza sua entrada no mundo. Nós vimos Deus com nossos olhos. Isso nos basta. Acolher o Filho é acolher o Pai. Tudo está pleno do grande amor de dileção de Deus. Por isso a celebração da festa do Batismo de Jesus não é um aniversário a ser celebrado, mas o acolhimento de um Mistério que se revela como amor. No batismo do Filho, todos os filhos adotivos (oração) são contemplados pelo Pai, amados e assumidos em sua total predileção. Não há filho menor ou pior. A todos o Pai dá o Espírito em abundância para que possam continuar com o Filho Divino a missão de manifestar o agrado do Pai a todos. No gesto ritual do batismo dos fiéis, lembramos nosso batismo e nele recordamos que somos filhos diletos.
Batismo em Cristo 
“Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água. Então o céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo pousar sobre Ele” (Mt 3,16). João batizou Jesus, no batismo de conversão. Jesus, em sua condição, Se abre totalmente à ação do Espírito. Por isso dizemos que recebe a unção do Espírito para a missão. É confirmado pelo Pai em sua completa dileção amorosa: “Este é meu Filho amado, no qual pus o meu agrado” (Id 17). O Espírito Santo, amor do Pai, consagra o Filho na primeira e fundamental missão que é manifestar o amor que vivia com o Pai. É o momento de mostrar que a presença de Deus entre os homens é obra do amor para que se realize o amor. Desse modo podemos também compreender o batismo que recebemos. Chamados filhos de Deus, nós o sejamos de fato. Isso se realiza pelo Espírito. O batismo nos coloca na missão de Jesus. Mais que uma religião é um modo de viver. Por isso Pedro diz sobre Jesus: “Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio. Porque Deus estava com Ele” (At 10,38). 
Eis o meu Servo 
Na leitura de Isaias sobre o Servo amado, podemos conhecer o que Deus espera de cada um que se une a Cristo pelo batismo: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão. Eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos dos cegos, tirares os cativos da prisão, livrares do cárcere os que vivem nas trevas” (Is 42,6). Lembramos o discurso inaugural de Jesus na sinagoga de Nazaré. Essa é a missão de todo aquele que sai das águas e é depositário do amor do Pai e ungido pelo Espírito. Sem isso, torna-se impossível realizar a missão cristã e perseverar no amor (Oração). Pedimos na pós-comunhão: “Chamados filhos de Deus, nós o sejamos de fato” 
Padrinho de Batismo de Jesus 
Sabemos as confusões que se dão por conta de padrinhos nos batizados. No de Jesus não houve esse problema. Os pais não podem ser padrinhos. Precisa ser católico e, de preferência, de boa conduta para servir de exemplo. E Jesus... como foi? Certamente sabemos que o batismo de Jesus não é o nosso, mas o de João. Contudo tem um padrinho muito bom que é o Espírito Santo. O Pai demonstrou o amor ao Filho e o Espírito pousou sobre Ele. Em nossas circunstâncias batismais temos padrinhos e todo um ritual. Mas falta deixar-se conduzir pelo Espírito.

29 DE JUNHO - PEDRO E PAULO: COLUNAS DA IGREJA

Pedro foi o primeiro a acreditar, o primeiro a amar, o primeiro dos apóstolos a ver Jesus ressuscitado; o primeiro a confirmar a Fé com um milagre; o primeiro a converter os judeus; o primeiro a receber os pagãos na Igreja, e o primeiro em tudo”. É o primeiro Papa, aliás nomeado pelo próprio Cristo. 
Paulo não conheceu Jesus em vida. De ferrenho perseguidor da Igreja nascente, passou a ser um apóstolo apaixonado por essa mesma Igreja. Fez pelos menos três viagens missionárias, percorrendo quase todo o mundo conhecido naquele tempo: Ásia Menor, Creta, Macedônia, Grécia etc. Por onde passava, ia fundando comunidades. Depois enviava cartas por onde andou, confirmando o que ensinou e mantendo ligação. Catorze delas estão na Bíblia. Terá escrito muito mais. 
Paulo foi o teólogo teórico. 
Pedro, o teólogo prático. 
Obs.: A Liturgia celebra oficialmente no próximo domingo estes dois grandes apóstolos.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

A ULTIMA JORNADA DE PAULO

Paulo sabia que lhe restava pouco tempo. Pela última vez o destemido apóstolo, como verdadeiro embaixador do Céu, foi levado perante Nero para o seu último julgamento. O contraste entre ambos era marcante: em Nero viam-se as marcas do pecado e da maldade; em Paulo uma inquebrantável serenidade celestial. Depois de ter levantado perante o imperador o estandarte de Jesus Cristo, Paulo foi levado de volta ao cárcere e dias depois condenado à morte. Finalmente, o condenado foi içado do fundo da prisão. Da prisão Mamertina, próximo do Capitólio, a pequena escolta rumou ao local da execução chamado "Tre Fontane", já fora dos muros da cidade, a seis quilômetros de Roma onde, segundo a tradição, o apóstolo foi executado. Visitamos esse sítio silencioso onde os seus lábios calaram-se para sempre. Dentro da capela que há naquele local, está um quadro de mármore esculpido em alto relevo no qual o artista procurou retratar os últimos momentos da vida desse grande apóstolo. Ali está Paulo ajoelhado, mãos amarradas para trás e a cabeça apoiada sobre um cepo. Atrás está um personagem demonstrando piedade; do outro lado estão os soldados e no centro está o carrasco, com uma das mãos segurando a cabeça do mártir e na outra a espada, na posição de executar a sentença. O santo tem os olhos como que voltados para o grande além, não demonstrando terror nem qualquer dúvida, mas esperança e certeza. Que cena comovente!
REFLEXÃO: "Sei em quem tenho crido" (2Tm 1:12). Naquele instante, "ao encontrar-se no lugar do martírio, não viu a espada do carrasco nem a terra que tão logo lhe haveria de receber o sangue; olhava, através do calmo céu azul daquele dia de verão, para o trono do Eterno" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 511, 512). 

Então, a espada do carrasco desceu impiedosamente sobre a cabeça do santo e idoso apóstolo, reduzindo ao silêncio aquele cujos escritos até hoje são um testemunho eloquente da esperança que ele tinha em Cristo Jesus.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

29 de junho: Stas. Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, Mártires

Dujiadun (Shenxian), China + 29/06/1900
Martirológio Romano: No território de Dujiadun, próximo de Shenxian, as santas mártires Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, sua filha, que na mesma perseguição foram tiradas do local em que se haviam escondido, morrendo por causa de sua fé em Cristo, a segunda lançada ainda viva no túmulo. Por muitos séculos, até nos dias atuais, os cristãos chineses têm sido vítimas de perseguições violentas que atingiram um ápice no ano de 1900, com a assim chamada “revolta dos Boxers”.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

Santa Ema de Gurk

A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela História com o raciocínio de um pesquisador, contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda. Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

RAIMUNDO LULO Franciscano, Mártir, Bem-aventurado ca. 1235-ca. 1315

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma família abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização. Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

PAULO DE TARSO Apóstolo, Mártir, Santo Século I

A celebração dos 2000 anos do nascimento do grande apóstolo [São Paulo] dá-nos a ocasião para conhecermos mais em profundidade a sua vida e o admirável testemunho de Cristo e do Evangelho que nos deixou. São Paulo é um grande sinal da ternura de Deus não apenas para o seu tempo e para toda a história cristã, mas também para a nossa geração. Nele se revela como Deus pode mudar uma pessoa de fanático intolerante contra Cristo em apóstolo e testemunha apaixonado do mesmo Cristo que antes combatia.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

PEDRO DE ROMA Apóstolo, Papa, Mártir, Santo Século I

I. SIMÃO PEDRO, como a maior parte dos seguidores de Jesus, era natural de Betsaida, cidade da Galiléia, às margens do lago de Genesaré. Era pescador, como o resto da família. Conheceu Jesus por intermédio deseu irmão André, que pouco tempo antes, talvez naquele mesmo dia, tinha passado uma tarde inteira em companhia de Cristo, juntamente com João. André não guardou para si o tesouro que tinha encontrado, “mas, cheio de alegria, correu a contar ao seu irmão o bem que tinha recebido”[1].
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

Solenidade de São Pedro e S. Paulo (ofício próprio)

A liturgia da Solenidade dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo convida-nos a reflectir sobre estas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projecto libertador de Deus. O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como "o Messias, Filho de Deus". Dessa adesão, nasce a Igreja - a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves - isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

Beatas Salomé e Judite de Niederaltaich, Reclusas - 29 de junho

     Em Niederaltaich, a festividade de São Gotardo (Godehard) permitiu que a vida monástica florescesse de uma forma excelente por um longo tempo. Os monges não só levavam uma vida estrita e sagrada para si mesmos, mas eles levaram no caminho da santificação todos os que se voltavam para eles com confiança. Da Abadia de Waltgerus, uma virgem chamada Salomé veio aos monges deste mosteiro para ser guiada por eles no caminho da perfeição cristã.
     Salomé, parenta próxima do rei, decidiu oferecer a Deus o seu amor abandonando a corte real. A sua formosura era o reflexo das belas virtudes que lhe adornavam a alma.
        Beata Judite
     Duas empregadas dedicadas e fiéis notando na senhora mudança muito grande e querendo saber os motivos de seu recolhimento, interpelaram-na. Salomé, com suas santas argumentações, acabou despertando nelas igual desejo de pertencer só a Deus e de se afastarem do mundo. De comum acordo, e sem se despedirem de pessoa alguma, empreenderam uma viagem à Terra Santa, onde, com muita devoção, visitaram os Santos Lugares.
     Salomé, que acompanhava o Divino Esposo no caminho de dor até o Monte Calvário, teve de percorrer ainda outro caminho, ainda mais doloroso para ela. Na viagem de regresso perdeu, pela morte, as fiéis companheiras. Firme, porém, era seu propósito de não voltar mais à corte real da Inglaterra e levar uma vida pobre e desconhecida no estrangeiro.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Segunda-feira – Santos: Pedro e Paulo
Evangelho (Mt 8,18-22) “Um mestre da Lei aproximou-se e disse: – Mestre, eu te seguirei aonde quer que vás.”
Aquele homem instruído sentiu-se conquistado por Jesus, e queria ir com ele. O mestre não quis desencorajá-lo, mas disse-lhe o que teria de enfrentar. Jesus não nos engana com promessas de facilidades. E, como vemos na continuação do texto, exige de nós uma decisão séria, rápida e definitiva. E essa decisão tem de ser continuamente tomada de novo muitas e muitas vezes em nossa vida.
Oração
Senhor Jesus, agradeço porque me chamastes e ajudastes a tomar uma decisão. Não me arrependo da escolha que fiz. Mas reconheço que nem sempre vos segui com a devida generosidade. Perdoai-me e dai-me uma fé mais robusta e um amor mais generoso. Ajudai também minha família e meus companheiros de caminhada. Que unidos entre nós, nossa caminhada se torne mais fácil. Amém.

domingo, 28 de junho de 2020

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 10,37-42. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encontrar a sua vida há de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Homilias sobre os Atos dos Apóstolos,
n.°45;PG60,318 
«Quem vos recebe, a Mim recebe» 
«Quem acolher este menino em meu nome, é a Mim que acolhe», diz o Senhor (Lc 9,48). Quanto mais pequeno for esse irmão que se acolhe, mais Cristo estará presente nele. Porque, quando recebemos uma pessoa importante, é muitas vezes por vã glória que o fazemos; mas aquele que recebe um pequenino, fá-lo com uma intenção pura e por Cristo. «Eu era peregrino e recolhestes-Me», disse o Senhor. E ainda: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35.40). Tratando-se de um crente e de um irmão, por mais pequeno que seja, é Cristo que com ele entra. Abre, pois, a porta de tua casa e acolhe-O. «Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta». Portanto, aquele que receber a Cristo, receberá a recompensa da hospitalidade de Cristo. Não ponhas em causa estas palavras, confia nelas. Ele próprio no-lo disse: «Neles, sou Eu que apareço». E para que não duvides, o Senhor decreta um castigo para aqueles que não O receberem, e honras para os que O receberem (Mt 25,31s); ora, não o faria se não fosse pessoalmente tocado pela honra ou pelo desprezo. «Acolheste-Me», diz, «em tua casa, Eu receber-te-ei no Reino de meu Pai. Libertaste-Me da fome, Eu te libertarei dos teus pecados. Visitaste-Me quando estava preso, Eu te farei conhecer a libertação. Acolheste-Me quando era estrangeiro, Eu farei de ti um cidadão dos Céus. Deste-Me pão, Eu te darei o Reino como herança e tua plena propriedade. Ajudaste-Me em segredo, Eu proclamá-lo-ei publicamente, chamando-te meu benfeitor e a Mim, teu devedor».

A HISTÓRIA DO DIA - O ARROZ EMPRESTADO:

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Joca veio pedir ao seu Raimundo um saco de arroz em casca, emprestado, para plantar. Depois devolveria. Raimundo, com um sorriso malicioso, respondeu: 
-Com muito gosto e prazer. Vá naquele canto do depósito, onde você pegou um ano atrás, e encha o saco. 
O camponês foi, mas poucos instantes depois, voltou meio frustrado:
-Procurei por todos os cantos e não achei nada. 
-Nem aquele saco de arroz em casca que lhe emprestei no ano passado?
-Nada, nada!
-Aí está. O que você levou no outro ano, não foi devolvido. Se tivesse devolvido, teria o que levar hoje.
Joca saiu envergonhado do papel que aprontou. Mas prometeu cobrir os prejuízos. 
Palavra de vida: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mt 22,21)
- Não se esqueça de devolver coisas emprestadas. Não devolver o que pegou emprestado, também é roubo

Homilia da Solenidade de Pedro e Paulo (28.06.20)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
“São Pedro e São Paulo” 
 Primícias da fé 
Celebrar São Pedro e São Paulo é um grande momento da Igreja. Para o povo, eles estão mais no aspecto folclórico. O povo sabe comemorar ao seu modo. Mas é como reconhecê-los como primeiros mestres da fé. Pedro e Paulo professaram a fé como dom que receberam de Deus para comunicar “tudo aquilo que Ele ensinou”. Não podemos perder de vista que Jesus continua agindo como aconteceu com Ele no mistério da Encarnação. Jesus veio de um modo tão humano e simples, viveu simplesmente e morreu como um simples. Sua mensagem foi simples. Assim a primeira evangelização é feita por homens simples. Paulo era mais preparado, mas soube acolher daqueles homens o que Jesus lhes transmitira. Era humildade a ponto de ir a Jerusalém para conferir seu ensinamento com os apóstolos para que não estivesse correndo em vão (Gal 2,2). Esses homens continuaram a missão de Jesus e nos transmitiram as primícias da fé. É o pedido que se faz em sua festa: “Concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes apóstolos que nos deram as primícias da fé”(coleta). Quanto mais firmes na fé, mais nos aproximamos de nosso “original”. Foram capazes de entender os sofrimentos de sua vida apostólica, que não foram poucos, a partir da certeza da presença de Cristo que estava sempre ao seu lado. Eles não tinham mais a presença de Jesus, como no tempo de sua vida entre nós, mas O sentiam muito mais presente e Nele confiavam.
Unidos na coroa do martírio 
Lendo os Atos dos Apóstolos e as cartas de Paulo, percebemos que havia uma diferença entre os dois apóstolos. Chegaram ao ponto de Paulo chamar a atenção de Pedro por uma atitude um tanto falsa que tomara. Isso falta na Igreja. É um gesto de profunda fraternidade. Deixar a coisa rolar não é fraterno, nem evangélico. Apesar das diferenças, cada um reconhece a missão do outro. O Concílio de Jerusalém deu a Paulo a evangelização dos pagãos e a Pedro a evangelização dos judeus. Uma das questões era a conversão dos pagãos. Deviam ou não seguir a lei judaica? Paulo era totalmente contrário, apesar de ter sido judeu consciente, mesmo formado na escola dos fariseus. Pelo bem do Evangelho foram capazes de mudar suas mentalidades. Quem crê no Evangelho se valoriza como pregador do Evangelho. Pedro recebe as chaves não de um poder, mas como dom de servir na ordem espiritual e fazer o bem. Infelizmente só se pensa no poder como no mundo civil. Jesus dissera: “Entre vós não será assim, o que for o maior, seja o que serve” (Mt 20,26). Tiveram um fim igual: “Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, igual veneração” (Prefácio). A profissão de fé de toda Igreja está unida à profissão de fé de Pedro. 
Caminho da comunidade 
A reflexão sobre os dois apóstolos remete à reflexão sobre a vida da comunidade, como rezamos na oração final e nos é oferecido nos Atos dos Apóstolos (At 2,42). A comunidade continua sendo o grupo dos discípulos seguidores de Jesus que assumiu a união como vida. E se fortaleciam nos ensinamentos dos apóstolos. Era o evangelho vivo que ensinavam. Não havia Novo Testamento. Mas estavam unidos. A união os formava. Estavam presentes à fração do pão (Eucaristia). Era o alimento vivo. Estavam unidos na oração. É tudo o que nos faz falta. A festa de Pedro e Paulo pode nos animar a buscar mais a comunidade como lugar de formação, de construção da Igreja, da oração e da Eucaristia. 
Leituras Atos 12,1-11;Salmo 33; 2 
Timóteo 4,6-8.17-18;Mateus 16,13-19. 
 1. Esses homens continuaram a missão de Jesus e nos transmitiram as primícias da fé. 
2. Pelo bem do Evangelho Pedro e Paulo foram capazes de mudar suas mentalidades. 
3. A reflexão sobre os dois apóstolos remete à reflexão da vida da comunidade. 
  Coisa de velhos 
Como é difícil acreditar numa conversa de velho. Pensamos que velhos não sabem nada. É bonito ver tantos homens e mulheres de mais idade dando demonstrações da sabedoria curtida na experiência da vida. Não é porque é velho que seja inútil ou insuficiente sem sabedoria. Aprendi na África o provérbio e a verdade: “Quando morre um ancião, queimou-se uma biblioteca”. É certo que há velhos baúcos, mas, sabendo ouvir, ouvimos o que nem sempre dizem. A sabedoria curtida na experiência e nos sofrimentos é capaz de gerar ideias mais profundas para a renovação do mundo.

28 DE JUNHO: INJUSTIÇADO E MAL COMPREENDIDO E QUATRO BEATOS UCRANIANOS, REDENTORISTAS

Sempre houve pessoas e até santos que não foram compreendidos pelos seus contemporâneos. Beato Eimerardo foi um desses. É um dos santos mais originais e esquisitos. Nasceu em Baden, na Alemanha no século X. Ordenou-se padre e começou a fazer romarias a pé. Depois foi ser monge, mas não quis usar o hábito da Ordem religiosa. O abade mandou dar-lhe uma surra e depois o mandou embora. Abandonado e sem apoio, retirou-se para a capela de uma aldeia a fim de viver como eremita. Um dia a capela amanheceu arrombada. Acusaram-no de cumplicidade e expulsaram-no da aldeia. Quando foi pedir um lugar na diocese, o bispo não o aceitou, horrorizado com o que se falava de suas esquisitices. Sua fama era de um homem estrambótico, teimoso e irrequieto.O povo o apelidou de “santo doido”.P. Eimerardo suportava as humilhações, calúnias e caçoadas sem se queixar. Achou finalmente um cantinho numa região abandonada, onde o deixaram em paz. Lá ele viveu até o ano 1019 como eremita, pregando para o povo e repartindo com os pobres seu último pedaço de pão. Conforme se conta, o bispo teria ido até ele para pedir desculpas pelos maus tratos e calúnias de que foi vítima. 
Oração: Senhor, Tu és minha única esperança. Mesmo quando cansado, que eu procure sempre tua Face. Melhor ainda, que eu nunca fuja da tua Face. Amém! 
QUATRO BEATOS UCRANIANOS, REDENTORISTAS
Deram a vida pela Fé. Beatificados pelo papa João Paulo II: 
Beato Nicolau Charnetskyi (1884-1959): Em 1945 foi preso e torturado nos campos de concentração da Sibéria por ser considerado “agente do Vaticano”. Era bispo. 
Beato Ivan Ziatyk (1899-1952): Preso, condenado a trabalhos forçados na Sibéria, onde foi constantemente torturado. 
Beato Vasyl Velychkovskyi (1903-1973): Dedicou-se durante mais de vinte anos às missões entre opovo simples. Condenado ao fuzilamento, teve a pena comutada em prisão na Sibéria. Nomeado bispo, foi ordenado escondidamente num quarto de hotel. Sofrendo gravemente do coração, foi libertado. Mudou-se para o Canadá, onde faleceu. 
Beato Zenão Kovalyk (1903-1941): Confessor assíduo e pregador famoso, foi preso pelos comunistas em 1940. Morreu crucificado no corredor da prisão.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR