domingo, 31 de maio de 2020

PENTECOSTES

  Pentecostes, do grego, pentekosté, era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas, ação de graças pela colheita do trigo. Judeus saudosos voltavam a Jerusalém trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no quinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa “quinquagésimo dia”.
     Após a morte de Jesus, cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos reunidos em oração, segundo orientação do próprio Senhor, na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e se tornaram cristãos.
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EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São João 20,19-23. 
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Aelredo de Rievaulx(1110-1167) 
Monge cisterciense 
Sermão sobre as sete vozes do 
Espírito Santo no Pentecostes, 
Sermões inéditos 
«Envias o teu Espírito e renovas 
a face da Terra» (Sl 103,30) 
Segundo o desígnio de Deus, no princípio, o Espírito de Deus encheu o universo, «alargando o seu vigor de um extremo ao outro do mundo e governando todas as coisas com doçura» (Sab 8,1). Mas no que toca à sua obra de santificação, foi a partir do dia de Pentecostes que «o Espírito do Senhor encheu o universo» (Sab 1,7). Foi hoje que este Espírito de doçura foi enviado pelo Pai e pelo Filho, para santificar toda a criatura segundo um plano novo, uma maneira nova, numa nova manifestação do seu poder e da sua força. Outrora, «o Espírito não tinha sido dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado» (Jo 7,39). Hoje, vindo da sua morada celeste, o Espírito é dado às almas dos mortais com toda a sua riqueza e fecundidade, e este orvalho divino estende-se sobre toda a Terra, na diversidade dos seus dons espirituais. E é justo que a plenitude das suas riquezas tenha descido sobre nós do alto dos Céus, uma vez que, poucos dias antes, por generosidade da nossa Terra, os Céus tinham recebido um fruto de maravilhosa doçura. A humanidade de Cristo é toda a graça da Terra; o Espírito de Cristo é toda a doçura do Céu. Produziu-se então uma troca salvífica: a humanidade de Cristo subiu da Terra para o Céu; hoje, o Espírito de Cristo desceu do Céu sobre nós. O Espírito Santo age em toda a parte e em toda a parte toma a palavra. Certamente que o Espirito do Senhor foi dado aos discípulos antes da Ascensão, quando o Senhor lhes disse: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos». Mas, antes do Pentecostes, não se ouviu a voz do Espírito Santo, não se viu brilhar o seu poder. E o seu conhecimento não tinha chegado aos discípulos de Cristo, que não tinham sido confirmados na coragem, uma vez que o medo os obrigava ainda a esconder-se numa sala fechada à chave. A partir desse dia, porém, «a voz do Senhor domina as águas, cria lâminas de fogo e todos exclamam: Glória!» (Sl 28,3-9)

A MORTE DO ASTRÔNOMO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA 
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um professor de astronomia que tinha verdadeira paixão pelos astros. Passava noites inteiras a estudar as estrelas, quer no telescópio, quer a olho nu. Esquecia-se até de comer. Vivia, como se diz, no mundo da lua. Uma tarde saiu apressadamente para dar sua aula. Estava atrasado, mas nem por isso despregava os olhos das estrelas. Ao atravessar uma pontezinha estreita e sem corrimão, caiu no riacho com livros, óculos e tudo. Debatia-se desesperadamente. Mas mesmo se debatendo, é bem capaz que continuasse espiando para as estrelas. Não havia ninguém para acudi-lo. Morreu e foi sepultado com todas as honras de um cientista. Não faltaram os discursos ao pé do túmulo.Um homem do povo, enquanto ouvia as belas tiradas oratórias, cochichou para o seu vizinho: 
-De que lhe serviu tanta sabedoria? Teria sido melhor para ele se tivesse aprendido a atravessar uma ponte sem corrimão. 
Palavra de vida: O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a vida e a alma...? (Mt 16,26

Homilia da Solenidade de Pentecostes (31.05.20)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
“Recebei o Espírito Santo” 
 Santificais a Igreja 
A palavra Pentecostes significa cinquenta dias. Festa depois da Páscoa. Os judeus celebravam uma festa cinquenta dias depois do segundo dia da Páscoa. É chamada também festa das colheitas dos grãos. Lembra o período do deserto, no qual os judeus no Sinai recebem a lei e são constituídos como um povo. Com a Páscoa temos a libertação e a vida nova. Em Pentecostes inicia o novo povo. É a primavera do Espírito. A festa está intimamente ligada à Páscoa, pois a Ressurreição no Espírito se torna primavera do amor no Espírito. Por isso, celebrando a festa da Vinda do Espírito Santo, celebramos também a vida da Igreja que é santificada por Ele. Por isso rezamos: “Ó Deus, que pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa igreja inteira em todos os povos e nações”. Não estamos lembrando um acontecimento. Estamos vivendo esse momento da História da Salvação que acontece conosco agora. E pedimos: “Derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito”. O sentido memorial significa atualização. Nós nos fazemos presente ao acontecimento real. O histórico aconteceu. A vinda do Espírito acontece hoje e em cada celebração. Nada fazemos sem o Espírito (1Cor 12,3b). O texto enumera o país de origem das pessoas presentes no momento. Podemos ver que a localização dos diversos povos faz um círculo em torno de Jerusalém. Não mais a cidade, mas a Igreja está em todos os povos. E é santificada hoje pelo Espírito. Todas as línguas e culturas podem receber o anúncio do Evangelho. 
Realizai as maravilhas 
Pedimos na oração: “Derramai em toda extensão do mundo os dons do Espírito e renovai no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”. É o projeto salvador de Deus que o Espírito Santo leve o Mistério Pascal de Cristo a acontecer em todos os povos. As maravilhas operadas não são dons pessoais, mas dons a serviço da humanidade. Jesus diz naquela noite de Páscoa: “A paz esteja convoco!” A paz, o Shalom de Deus, compreende tudo o que há de bom e Deus nos oferece. Por que repete a saudação? Não era uma paz somente para os discípulos ali presentes, mas aberta a todos. “A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados”. Cabe a nós implantar, pela ação do Espírito, uma reconciliação universal. Participamos ativamente da ação do Espírito na renovação do mundo, missão que o Pai confiou a Jesus que a faz no Espírito. “A quem não perdoardes os pecados, eles serão retidos”. Não que o Espírito negue o perdão, mas, sem a mudança os pecados permanecem. As maravilhas renovadas não são somente dons especiais, mas a capacidade de provocar a conversão do coração a todos. 
Há diversidade de dons 
O Espírito que nos foi dado nos dá tantos dons. “A cada um é dada uma manifestação do Espírito, para o bem comum. Como os membros do corpo, cada um tem uma função para todo o corpo. Pena que os dons atualmente são vistos como adereços espirituais que nos fazem maiores. Maior é aquele que serve, disse Jesus (Lc 22,27-29). Embora sendo muitos, formamos um só corpo, pois bebemos do mesmo Espírito (1Cor 12,13). A Igreja necessita sempre do Espírito para realizar sua missão. Quando não somos capazes de ouvir o Espírito e colocar os dons a serviço, não somos capazes de servir à Igreja na obra da evangelização. Fazemos feudos espirituais, e “rasgamos a túnica inconsútil de Jesus”. A unidade no Corpo de Cristo, quando ferida, torna-se um escândalo e um mal. 
Leituras Atos 2,1-12; Sal o 103; 1 Coríntios 12,3b-7.12-13;João 20,19-23 –
O fogo cai, cai... 
O corpo de bombeiros do Céu, a todo vapor (não usava petróleo) baixa à terra para apagar um grande incêndio. Era fogo para todo lado. Na cabeça de muitos havia uma chama perigosa e outros pedindo que eles fossem incendiados. Era muita confusão. Aí um meio cambaleante diz: Não estamos de fogo. É o Espírito prometido: “Derramarei o meu Espírito sobre toda carne” (Jl 3,1-5). Aí acalmaram. Mas até hoje estão de prontidão, pois a todo o momento esse Espírito está botando fogo em algum lugar. Celebrar Pentecostes é entrar nesse fogo que, como a sarça de Moisés, queima sem consumir.

Santa Petronília

Aurélia Petronília é romana de sangue patrício. Descendente de Tito Flávio Petrônio, estava aparentada com a família imperial dos Flávios. Além do seu nome patronímico, temos prova disso reparando que ela foi sepultada no cemitério de Flávia Domitila: era então regra absoluta, vinda dos costumes pagãos, não admitir no cemitério familiar qualquer pessoa fora da “gens”. Pertencia contudo ao ramo cristão, não reinante, dessa família.
Petronília foi provavelmente catequisada e batizada por São Pedro. Por esta razão, vários documentos dão-lhe o nome de “filha de Pedro”. Esta virgem tinha pelo príncipe dos Apóstolos grande veneração e mereceu ser objeto da sua mais paternal ternura, de maneira que foi considerada sua filha espiritual adotiva.
Nos tempos seguintes, a expressão filha de São Pedro enganou, e uma opinião errônea impôs-se até ao século XVII, segundo a qual Petronília foi verdadeiramente filha de São Pedro, nascida antes da vocação apostólica deste último. E, dizendo-se a França a Filha Primogênita da Igreja, o que vem dos tempos de Clóvis, não admira que tenha tomado Santa Petronília como sua protetora (a França é a primeira “filha” da Igreja Católica, porque foi o primeiro grande país da Europa Ocidental a se converter ao Cristianismo, assim como Petronília é a “filha” do primeiro Chefe da Igreja).
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São Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240

O espanhol Raimundo Nonato, viveu no século XIII, e se rebelou contra a escravidão que na época era tida como natural por muita gente. Em 1224, entrou na ordem dos mercedários, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos islâmicos, que eram levados para prisões na Argélia. São Raimundo não queria apenas libertar os escravos, mas lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argéliaa, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX; todavia, no início de seu caminho para Roma padeceu violentas febres pela qual morreu. Recebeu a alcunha de Nonato (em catalão Nonat) porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. É considerado o patrono das parteiras e obstetras.
http://pt.wikipedia.org

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida.  Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888.

CAMILA BATISTA DE VARANO Religiosa, Mística e Beata 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito.
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Ascensão do Senhor

     A observância desta festa é muito antiga. Embora não haja evidências documentais de sua existência anteriores ao século V, Santo Agostinho afirma que ela é de origem apostólica e de uma forma que deixa claro que ela já era observada universalmente por toda a Igreja antiga muito antes de seu tempo. Menções frequentes a ela aparecem nas obras de São João Crisóstomo, São Gregório de Nissa e na “Constituição dos Apóstolos”.
     “Peregrinação de Egéria” fala de uma vigília antes da festa e da festa em si, eventos que ela testemunhou na igreja construída sobre a gruta na qual os fiéis acreditam ter nascido Jesus em Belém. É possível que antes do século V, o evento narrado nos Evangelhos tenha sido comemorado em conjunto com a Páscoa ou o Pentecostes. Alguns acreditam que o controverso e muito debatido decreto 43 do Sínodo de Elvira (c. 300), condenando a prática de observar uma festa no quadragésimo dia depois da Páscoa e de esquecer de comemorar o Pentecostes no quinquagésimo, implica que a prática apropriada na época era comemorar a Ascensão junto com o Pentecostes.
     Representações artísticas do evento aparecem em dípticos e afrescos a partir do século V.
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31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria - 31 de maio

     Na Festa da Visitação de Nossa Senhora, o segundo mistério gozoso do Rosário, também a Festa do 'Magnificat', se estende e expande a alegria messiânica da salvação. Maria, Arca da Nova Aliança, é recebida por Isabel como a Mãe do Senhor. A Visitação é o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor, e o antigo símbolo de Israel expectante, Isabel. A solicitude amorosa de Maria, com a sua viagem apressada, expressa o ato de caridade. João, que pulou no ventre de sua mãe, já começa sua missão precursora. O calendário litúrgico leva em conta a narrativa do Evangelho que coloca a visitação dentro dos três meses da Anunciação e o nascimento de João Batista. (M. Rom.)
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NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – PENTECOSTESSantos: Câncio, Petronila de Roma, Pascásio
Evangelho (Jo 20,19-23) “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
João fala da tarde do dia em que, pela primeira vez, os apóstolos viram Jesus ressuscitado. Pedro e João tinham falado do sepulcro vazio, Madalena e as mulheres diziam ter visto Senhor. Mas os apóstolos ainda estavam desorientados e amedrontados. Estavam trancados, sem coragem para nada; mesmo João e Pedro. Quando menos esperavam, Jesus estava entre eles, vivo, mostrando-lhes as marcas da cruz. Saudou-os com as palavras tradicionais: “a paz esteja convosco”. Mas agora essas palavras tinham um sentido novo: estou convosco, não precisais temer. Sou o enviado do Pai, venci a morte e o mal. Como Pai me enviou para ser salvação para todos, eu também vos envio. Unidos a mim, também vós sereis salvadores. Essas palavras valem também para nós.
Oração
Senhor, nas dificuldades desta vida também eu facilmente perco a coragem. Tenho de me lembrar sempre que estais conosco, não apenas como expectador de nossas lutas, mas como aquele que nos transforma interiormente e nos faz participantes de sua vida. Unidos a vós, do modo mais íntimo que se possa imaginar, não apenas anunciamos ou prometemos salvação e felicidade. Unidos a vós somos fatores ativos de salvação e de transformação para a humanidade. Alegro-me com isso, Senhor, louvo vosso poder e agradeço vossa bondade. Fazei-me instrumento sempre mais dócil em vossas mãos; que eu seja transparente, para que através de mim vos possam encontrar. Coloco-me em vossas mãos, enviai-me como e quando quiserdes. Amém.

sábado, 30 de maio de 2020

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo São João 21,20-25. 
Naquele tempo, Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predileto de Jesus, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito e Lhe tinha perguntado: «Senhor, quem é que Te vai entregar?». Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus: «Senhor, que será deste?». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa? Tu, segue-Me». Divulgou-se então entre os irmãos o boato de que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não disse a Pedro que ele não morreria, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa?». É este o discípulo que dá testemunho destes factos e foi quem os escreveu; e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Jesus realizou muitas outras coisas. Se elas fossem escritas uma a uma, penso que nem caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo António de Lisboa(1195-1231) 
Franciscano, doutor da Igreja 
Sermão para a Festa de São João Evangelista 
Jesus ama aquele que O segue! 
O amor de Jesus pelo seu fiel discípulo está indicado nestas palavras: «Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predileto de Jesus, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito» (Jo 21,20). Aquele que verdadeiramente segue o Senhor deseja que todos O sigam; é por isso que se volta para o seu próximo com atenções, com oração e com o anúncio da palavra. O gesto de Pedro significa tudo isso. Encontramos a mesma ideia no Apocalipse: «O Esposo e a esposa [Cristo e a Igreja] dizem: "Vem!" O que ouve diga: "Vem!"» (Ap 22,17). Cristo por inspiração interior e a Igreja pela pregação dizem ao homem: «Vem!» E o que ouve estas palavras diz ao seu próximo: «Vem!», ou seja: «Segue Jesus!». Voltando-se, Pedro viu, pois, vir atrás de si o discípulo que Jesus amava; Jesus ama aqueles que O seguem. Embora o seu nome não seja pronunciado, João distingue-se dos outros, não pelo facto de Jesus o amar apenas a ele, mas pelo facto de o amar mais que aos outros. Jesus amava todos os outros, mas este era mais próximo. Era aquele que «se tinha reclinado sobre o seu peito». Foi um grande sinal de amor, o facto de só ele ter podido reclinar-se sobre o peito de Jesus, onde estão «escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2,3). Assim, na Ceia que terá lugar no Céu, nós seremos saciados por toda a eternidade, repousando com João sobre o peito de Jesus. O coração está dentro do peito e o amor está dentro do coração. Repousaremos, pois, sobre o seu amor, porque O amaremos com todo o coração e com toda a alma, e encontraremos nele todos os tesouros da sabedoria e da ciência. A Ele o louvor e a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.

REFLETINDO A PALAVRA - “Coração de filhos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
A fé dos pais 
Fé que constrói. Essa foi sempre a noção de fé que atravessou a história do povo e se faz história da salvação. Nela a verdade se faz vida e a vida se faz história. Os que creram nas promessas fizeram a história e nos transmitiram como aprendizado e a experiência da fé. É belo ver o desfile dos antepassados que viveram da fé: “A fé é um modo de possuir o que se espera e convicção acerca de realidades que não se veem” (Hb11,1). A fé dá aos patriarcas (pais na fé) a certeza que se concretiza num acontecimento que faz a história. A história não é uma narrativa, mas um entrelaçar do humano e do Divino. Deus faz e o homem crê e realiza. Diz de Moisés que ele “caminhava como se visse o invisível” (Hb 11.27). Acontece assim que a fé tem na noite pascal o momento máximo da libertação que conduz à aliança no Sinai. Na noite da libertação, quando passou o Anjo do “terror” na matança dos primogênitos dos egípcios, puderam fazer um ato de fé no Deus que liberta e os consolida como povo: “Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e, de comum acordo, fizeram esse pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos” (Hb 11,9). A aliança gestada naquela noite se torna uma memória permanente que dá fundamento ao que se segue. Assim nasce um povo que conserva a garantia da escolha de Deus e sua permanente presença a garantir sua existência. Aqui encontramos “aquela noite da libertação”. Lembramos que celebramos a Páscoa à noite e a Ressurreição de Jesus se dá à noite. Não dizemos que a noite gesta o dia. 
Na força do dever 
Diante da parábola dos empregados fiéis, percebemos a continuação da grandeza do tesouro que nos é confiado. Esse tesouro não é somente uma propriedade pessoal, mas é a comunidade toda que é o tesouro que nos foi confiado a guardar com responsabilidade, como partir em viagem, com vestes que davam leveza e segurança. É estar sempre prontos para a chegada imprevista do Senhor que está sempre vindo. Por isso, a vigilância é permanente como sabendo a hora em que o perigo vai chegar. Por aqui continuamos vendo que a noite é o momento de vigiar. Na história da oração da Igreja, de modo particular dos monges, a noite tem a predominância na organização da oração. De dia se trabalha, de noite se reza e se está vigilante. Pouco sono. Sempre despertos com as lâmpadas acesas e o óleo na vasilha. O prejuízo (castigo) pelo descuido aparece nos resultados pelo descuido e desatenção ao que nos foi confiado. Vemos Abraão caminhando sempre em busca da terra que iria receber como herança. Partiu sem saber para onde ia (Hb 11,8). Nós programamos os resultados. Os patriarcas buscavam, como deixando a Deus a hora de encontrar. Nós buscamos os sinais da obra de Deus.
Garantir o tesouro no Pai 
Somos advertidos: “Não tenhais medo pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai a dar a vós o Reino”. O pouco que temos está garantido. Os poucos bens são vendidos e dados em esmola. A economia é outra. Os bens estão em bolsas que não se estragam. O tesouro está no Céu. Vemos os impérios econômicos do mundo. De repente desaparecem. O jogo é outro. O ladrão do mundo os consome. Não produziram frutos. Imagino os escravos hebreus, diante dos grandes monumentos egípcios que não passam de peça de museu. E os escravos são um pequeno rebanho assustado, mas vencedor. À medida que mandamos nossas reservas para esse depósito, nos sentimos garantidos. 
Não tenho medo do escuro 
O mistério da noite sempre nos traz medo. Quantas histórias de assombração, sustos e visões que nos fizeram passar tanto medo. As noites, junto ao fogão, os peritos em contar os causos, deram vida ao anoitecer. O mistério da noite perdeu sua riqueza. Que sobrará disso? Fico maravilhado com este texto do Livro da Sabedoria sobre a noite da libertação. Havia um juramento de Deus e o povo esperou e creu. A Páscoa marcou a vida do povo. Fizeram de uma tradição antiga, um rito novo. Mudaram seu sentido e futuro. Agora a noite não é somente um rito, mas uma realidade. Somente a luz de Deus pode iluminar a noite. A noite gesta o dia. A noite da Páscoa gestou um povo novo. A Páscoa de Jesus ilumina o mundo. A noite nos traz a certeza do nascimento do dia. É um parto. Depois do pranto, vem a alegria.

30 DE MAIO – A JOVEM QUE SALVOU A FRANÇA E BEATO JOSÉ MARELLO

Santa Joana D’Arc (1412-1431) passou a infância trabalhando no campo. Nunca aprendeu a ler e a escrever. Dotada de uma inteligência inata, mas sem maior formação, aos 14 anos começou a ouvir vozes misteriosas e celestiais, convocando-a para salvar a França e repor o rei no trono.Diante da situação desesperadora do exército francês derrotado e humilhado, não duvidou em expor ao Delfim (mais tarde Carlos VII) a missão que recebeu do céu de salvar a França. Ganhou dez mil soldados para essa tarefa. Em 1429, usando a armadura branca marchou à frente do exército. Sua presença e sua fé inquebrantável levantaram a moral das tropas. Venceu várias batalhas e reconquistou a coroa para o Delfim. Missão cumprida. Mas foi traída e vendida aos ingleses, que atribuíram seu êxito a uma bruxaria. Encarcerada em Rouen, acusada de heresia, foi submetida a diversos interrogatórios humilhantes. Os juízes declararam falsas e diabólicas suas visões. Foi levada ao cemitério de Rouen diante de uma grande multidão e intimada a se retratar. Não o fez, porém. Voltou para a prisão e foi condenada ao suplício da fogueira. Morreu olhando para um crucifixo e exclamando :
“Jesus! Jesus! Jesus!”
Este foi um dos processos mais tenebrosos e infames da História. Poucos anos depois, foi revisto, e reconhecida sua inocência. Para reparar o mal, a Igreja abriu outro, o da canonização, o que aconteceu em 1920. É a segunda padroeira da França. 
José Marello (1844-1895). Italiano nascido em Turim. Era inteligente, alegre, idealista. Devotissimo de São José. Fundou até a Congregação dos “Oblatos de São José” para cuidar da juventude.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

Santa Dinfna, Virgem e mártir – 30 de maio

Martirológio Romano: Em Geel, no Brabante, Austrásia, no território da moderna Bélgica, Santa Dinfna, virgem e mártir.  
     A Irlanda, aconchegada nas águas azuis do Atlântico, foi evangelizada por São Patrício e há séculos é conhecida como a Ilha dos Santos. Uma relação dos santos irlandeses preencheria um calendário da Santa Igreja. Mas, infelizmente, estes santos são desconhecidos pela maior parte dos católicos. Um exemplo de santo esquecido ou desconhecido é Santa Dinfna.
     A "Vita Sancta Dimpnae" foi escrita entre 1238 e 1247 por um cônego da Colegiada de Santo Alberto de Cambrai, França, de nome Petrus Van Kamerijk, sendo Bispo de Cambrai Guy I. O autor mesmo menciona que se baseou na tradição oral popular. Portanto, não há dados comprobatórios da narração feita por ele.
     Há na Irlanda uma igreja, Chilldamhnait ou Kildowner, situada na parte sul da ilha, cujo nome significa Igreja de Dinfna. Segundo antiga tradição, Dinfna veio do antigo reino de Oriel e fundou a igreja no século VII. Nessa igreja ela atendia os doentes. Dinfna morreu em Geel, Bélgica. A igreja foi restaurada no século XVII, mas a igreja original está atualmente em ruínas.      
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Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basilea Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. 
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JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias.
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FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 10 de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa.
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SANTA JOANA D’ARC Guerreira

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação:"O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].
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A gloriosa Epopeia de Santa Joana d’Arc – 30 de maio

   Pastorinha chamada por Deus para realizar um feito sem igual no Novo Testamento, ela restaurou a França, país então sem esperança, arruinado pelo caos político-religioso e ocupado em larga medida pelos ingleses. Reinstalou no trono o rei legitimo e levou à vitória seus desanimados exércitos.
     Considerada como profetisa do Novo Testamento, a santa gravou o nome de Jesus na bandeira com que conduzia as tropas ao combate. Dois séculos e meio depois, o Sagrado Coração viria pedir a Luís XIV, rei da França, mediante aparição à vidente Santa Margarida Maria Alacoque, que gravasse sua imagem nas bandeiras reais.
     Aprisionada por ocasião de uma escaramuça, Santa Joana d’Arc foi julgada por um tribunal iníquo que a condenou a ser queimada como bruxa na cidade de Rouen, em 1431. Hoje, porém, a história da santa, canonizada em 1920, faz vibrar o mundo.
     Quem foi Joana d’Arc e como eram as vozes do Céu que ouvia? Como fez o que parecia impossível?
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ELA É FELIZ SEM BRAÇOS E SEM PERNAS

Maria de Fátima Longo nasceu sem braços e sem pernas, como vemos na foto (tirada em 1985), mas desenvolve uma atividade intensa como apóstola de Jesus. Por incrível que pareça, é imensamente feliz. Vive rodeada de amigos e amigas com quem reparte felicidade e alegria de viver. Escreve cartas, faz palestras, mantém-se jovem idealista. Mas... deixemos que ela mesma nos conte um pouco da sua vida: 
- Sou natural da cidade paulista de Botucatu. Desde os cinco anos fui educada pelos meus avós paternos. Tive uma infância normal com amiguinhos, brinquedos. Aprendi a escrever com o ombro direito segurando o lápis na boca. Estudei. Formei-me professora em 1977.
- Tem distrações e divertimentos? – perguntaram os amigos com quem estava conversando.
- Sim! Leio bons livros, escrevo cartas, viajo com eles, vou às festas familiares, aos jogos de futebol, ao cinema, participo de brincadeiras... 
- Tem alguma atuação na paróquia? 
- É do que mais gosto. Participo das mais diversas atividades religiosas: catequese, celebrações, encontros de jovens, grupos comunitários em geral... 
- Tem algum complexo com respeito às suas limitações físicas? 
- Consegui superar qualquer problema. Sou vista na sociedade como uma pessoa normal. Eu me aceito como sou. Sou aceita pelo que sou e não pelo que tenho. Sinto-me feliz e útil. Deus é maravilhoso. Quando nos faltam qualidades físicas ou psíquicas, ele compensa dando-nos outras.
A entrevista transcorreu na maior descontração, de ambos os lados. Ao falar sobre suas amizades, sempre sinceras e tranqüilas, ela se desabafou: 
- Na sociedade de consumo em que vivemos, até os amigos se comercializam. Os verdadeiros amigos são poucos, mas existem. Eu mesma não posso me queixar. São rapazes e moças disponíveis para sair comigo, ir a um bom divertimento, etc. Por onde passo, as amizades vão se criando espontaneamente, desinteressadamente e mantidas através de cartas. 
Continuando, disse ainda: 
- Minha maior tristeza é presenciar injustiças, ódio, crimes, vinganças, exploração do ser humano, medo da solidão... Minha maior alegria é ser gente, ter fé, amor, família, amigos, Deus no coração, ser sua presença evangelizadora no meio da sociedade. 
Nota: Se alguem tiver mais informações sobre Maria de Fatíma, favor comunicar para: 
clovis@redentorista.com.br.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Palágio Sauter CSsR

Festa da Ascensão do Senhor

     A observância desta festa é muito antiga. Embora não haja evidências documentais de sua existência anteriores ao século V, Santo Agostinho afirma que ela é de origem apostólica e de uma forma que deixa claro que ela já era observada universalmente por toda a Igreja antiga muito antes de seu tempo. Menções frequentes a ela aparecem nas obras de São João Crisóstomo, São Gregório de Nissa e na “Constituição dos Apóstolos”.
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A Gloriosa Epopeia de Santa Joana d’Arc – 30 de maio


     Pastorinha chamada por Deus para realizar um feito sem igual no Novo Testamento, ela restaurou a França, país então sem esperança, arruinado pelo caos político-religioso e ocupado em larga medida pelos ingleses. Reinstalou no trono o rei legitimo e levou à vitória seus desanimados exércitos.
     Considerada como profetisa do Novo Testamento, a santa gravou o nome de Jesus na bandeira com que conduzia as tropas ao combate. Dois séculos e meio depois, o Sagrado Coração viria pedir a Luís XIV, rei da França, mediante aparição à vidente Santa Margarida Maria Alacoque, que gravasse sua imagem nas bandeiras reais.
     Aprisionada por ocasião de uma escaramuça, Santa Joana d’Arc foi julgada por um tribunal iníquo que a condenou a ser queimada como bruxa na cidade de Rouen, em 1431. Hoje, porém, a história da santa, canonizada em 1920, faz vibrar o mundo.
     Quem foi Joana d’Arc e como eram as vozes do Céu que ouvia? Como fez o que parecia impossível?
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – Santa: Joana d’Arc
Evangelho (Jo 21,20-25) “Pedro virou-se e viu aquele outro discípulo que Jesus amava e perguntou: – Senhor que vai ser desse?”
Jesus dissera a Pedro que ele iria enfrentar até a morte por causa do Mestre. Não sabemos o que ele pensou então. Mas sabemos que quis saber o destino do outro discípulo. Deus tem seu plano de amor para cada um de nós. E tudo devemos fazer para corresponder a esse plano. Não tem sentido ficar especulando o que Deus reserva para os outros. Peçamos que nós e eles sejamos fieis.
Oração
Senhor Jesus, não posso nem imaginar o que me espera no futuro, trabalhos, sucessos, revezes, doenças... Aceito essa insegurança, o não ter tudo em minhas mãos. Tudo se torna mais fácil quando creio em vós e me entrego confiante a vossos cuidados. Dai-me paz e tranquilidade, para ir vivendo o momento presente da melhor maneira possível, correspondendo a vossas graças. Amém.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São João 21,15-19. 
Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona(norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 46,«Sobre os Pastores»,30 
(trad. do breviário, sexta-feira da 
XXV semana do Tempo Comum) 
«Tu amas-Me?» 
Vejo aqui todos os bons pastores identificados com o único Pastor (Jo 10,14). Não faltam bons pastores, mas estão num só. Se não estivessem num só, estariam divididos. Mas na própria pessoa de Pedro Ele recomendou a unidade. Os Apóstolos eram muitos, mas a um só foi dito: «Apascenta as minhas ovelhas». Quando confiou as suas ovelhas a Pedro, como quem as entrega a outra pessoa diferente de Si mesmo, quis fazer dele uma só coisa consigo. Cristo, a Cabeça, confiou as ovelhas a Pedro como símbolo do seu Corpo, que é a Igreja (Col 1,18). Por isso, ao confiar-lhe as suas ovelhas, para não parecer que as entregava a um pastor distinto de Si mesmo, o Senhor perguntou-lhe: «Pedro, tu amas-Me?» Ele respondeu-Lhe: «Sim, amo-Te». E perguntou outra vez: «Tu amas-Me?» Ele respondeu: «Sim, amo-Te». Perguntou-lhe ainda pela terceira vez: «Tu amas-Me?» E ele respondeu-Lhe novamente: «Sim, amo-Te». Deste modo, quis fortalecê-lo no amor, para o confirmar na unidade. Portanto, é só Ele que apascenta nos pastores e é só nele que os pastores apascentam. Não foi por falta de pastores — como anunciou o Profeta para os tempos da desgraça que estavam para vir — que o Senhor disse: «Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas» (Ez 34,15), como se dissesse: «Não tenho a quem as confiar». Na verdade, quando o próprio Pedro e os outros Apóstolos viviam ainda neste mundo, Aquele que é o único Pastor, e no qual todos os outros são um só, disse: «Tenho outras ovelhas que não são deste redil; e é preciso que Eu as traga, para que haja um só rebanho e um só pastor» (Jo 10,16). Portanto, estejam todos os pastores no único Pastor; as ovelhas oiçam esta voz e sigam o seu Pastor: não este ou aquele, mas o único Pastor. Apregoem todos com Ele a uma só voz e não haja vozes diversas. «Suplico-vos, irmãos, que tenhais todos uma só voz e que não haja entre vós divisões» (1Cor 1,10). As ovelhas oiçam esta voz, purificada de toda a divisão, livre de toda a heresia, e sigam o seu Pastor que diz: «As minhas ovelhas ouvem a minha voz e seguem-Me» (Jo 10,27).

CONFISSÃO E PERDÃO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Este fato mudou a vida de Gandhi, famoso lutador pela paz. Ele mesmo contou: 
- Eu tinha 15 anos quando pratiquei um roubo. Peguei uma pulseira de ouro na loja do meu pai a fim de pagar uma dívida. Depois senti arrependimento e remorso. A culpa foi pesando na consciência. Queria contar ao meu pai, mas sentia vergonha. Precisava contar, mas faltava coragem. Se guardasse a culpa comigo, meu coração iria explodir. Achei finalmente uma saída. Fiz minha confissão por escrito. Eu tremia ao entregar-lhe o bilhete. Meu pai leu atento, rasgou calmamente o papel e me disse num tom paternal: 
- Está bem, meu filho.
Depois me tomou pelo braço, como que concretizando o perdão naquele gesto amigo. Daquele dia em diante comecei a gostar ainda mais do meu pai. 
Palavra de vida: Vou partir em busca do meu pai e lhe direi: “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho...”. Ainda longe, o pai o viu e, comovido correu ao seu encontro e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos... (Lc 15, 18-20)
GANDHI
http://www.boletimpadrepelagio.org/