Evangelho segundo São Lucas 3,23-38.
Ao iniciar o seu ministério, Jesus tinha cerca de trinta anos. Supunha-se que era filho de José; e este de Eli,
e assim sucessivamente: de Matat, de Levi, de Melqui, de Janai, de José,
de Matatias, de Amós, de Naum, de Esli, de Nagaí,
de Maat, de Matatias, de Chimei, de Josec, de Jodá,
de Joanan, de Ressa, de Zorobabel, de Salatiel, de Neri,
de Melqui, de Adi, de Cosam, de Elmadam, de Er,
de Jesua, de Eliézer, de Jorim, de Matat, de Levi,
de Simeão, de Judá, de José, de Jonam, de Eliaquim,
de Meleá, de Mená, de Matatá, de Natan, de David,
de Jessé, de Obed, de Booz, de Salá, de Nachon,
de Aminadab, de Admin, de Arni, de Hesron, de Peres, de Judá,
de Jacob, de Isaac, de Abraão, de Tera, de Naor,
de Serug, de Ragau, de Péleg, de Éber, de Chela,
de Quenan, de Arfaxad, de Sem, de Noé, de Lamec,
de Matusalém, de Henoc, de Jared, de Maleleel, de Quenan,
de Enós, de Set, de Adão, de Deus.
Tradução litúrgica da Bíblia
Rupert de Deutz(1075-1130)
monge beneditino
Sobre a Trindade e suas obras,I,42:
Sobre Isaías,2
«E aos que jaziam na sombria
região da morte surgiu uma luz» (Mt 4,16)
«Jesus retirou-Se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaúm, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: [...] "O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz"» (Mt 4,12-16). Ao falar da visão, ou antes, do aparecimento de uma grande luz, Mateus quer fazer-nos compreender a pregação luminosa do Salvador, o brilho da Boa Nova do Reino de Deus; a região de Zabulão e Neftali foi a primeira a ouvir falar dela, e ouviu-a da própria boca do Senhor. [...]
Com efeito, foi nesta região que o Senhor começou a pregar, foi aqui que Ele iniciou a sua pregação. [...] E os apóstolos, que foram os primeiros a ver esta luz verdadeira na região de Zabulão e Neftali, tornaram-se eles próprios «luz do mundo» (Mt 5,14). [...] «Alegram-se diante de Ti», continua o texto de Isaías, «como os que se alegram no tempo da colheita, como se regozijam os que repartem os despojos» (Is 9,2). Esta alegria será efetivamente a alegria dos apóstolos, uma alegria multiplicada quando vierem como ceifeiros «transportando os feixes de espigas» (Sl 126,6). [...]
Foste Tu, com efeito, Senhor e Salvador, que «quebraste o seu jugo pesado» (Is 9,3), o jugo do diabo que triunfava no mundo, quando reinava sobre todas as nações e vergava as nucas sob o jugo de uma escravidão pesada. [...] Foste Tu que, sem exército e sem derramamento de sangue, no segredo do teu poder, libertaste os homens para os pores ao teu serviço. [...] «Porquanto um menino nasceu para nós», o humilde Filho de Deus, que «tem a soberania sobre os seus ombros» (Is 9,5). [...] E não reinará apenas sobre os judeus, como fez David, mas sobre todas as nações «desde agora e para sempre» (Is 9,6).
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