11º. Quadro- ABENÇOANDO OS ROMEIROS
Quando falamos da festa de Trindade, naturalmente pensamos no Pe. Pelágio. O romeiro daquele tempo vinha a Trindade para ver o Divino Pai Eterno e o Pe. Pelágio. Parece-nos vê-lo ainda no meio daquele povo que conheceu e batizou, sorrindo para todos, e para todos dirigindo uma palavra amiga. Os romeiros sentiam-se felizes e realizados quando conseguiam três coisas em Trindade: Cumprir as promessas ao Divino Pai Eterno, cumprimentar o Pe. Pelágio e ajudar os “pobres do Divino”. Quando a festa terminava, os romeiros voltavam pesarosos, mas alimentando a esperança de voltar no ano seguinte.
12º. Quadro- ARRISCANDO A VIDA PARA DEFENDER A VIDA
Pe. Pelágio evitou conseqüências mais graves num tiroteio sangrento por volta de 1940. Tudo começou com um bate-boca entre os fazendeiros Paulo Pessoa Louzada e Filó Gomes.O conflito foi parar na delegacia de Trindade, gerou voz de prisão para o Paulo, três mortes e outras confusões. Haveria mais mortes se o Pe. Pelágio, chamado urgentemente, não interviesse. Dois rapazes, feridos na briga, tinham sido levados para um quintal vizinho, pois alguns amotinados queriam liquidá-los de vez. Deu-lhes a Unção dos enfermos e ficou barrando a entrada do portão: “AQUI VOCÊS NÃO ENTRAM!” Recuaram atemorizados, diante daquela figura veneranda. Em seguida providenciou a remoção deles para o hospital de Goiânia.
13º. Quadro – O DIA-A-DIA NA PARÓQUIA
Pe. Pelágio levantava-se muito cedo e ia para a igreja. Após o serviço religioso, tomava um café frugal, acompanhado de pão com manteiga. Depois lia revistas vindas da Alemanha, rezava o Breviário e o terço e ficava atento aos chamados. O sininho tilintava sempre: - Pe. Pelágio, venha visitar a vó Sebastiana. Está muito “perrengue”. - Pe. Pelágio, acabou o querosene da nossa lamparina... Junto à cadeira onde se assentava para ler e rezar o Breviário, tinha sempre à mão uma caixa com dinheiro miúdo e outra com cereais (arroz, feijão, farinha), para atender os pobres. Assim passava o dia, em Trindade, entre atendimentos e a oração.
14º. Quadro – “A DOENÇA DELE É SAUDADE”
Em março de 1946, os Superiores do Pe. Pelágio quiseram dar-lhe um agrado, transferindo-o para o Santuário de Aparecida, centro da devoção mariana e lugar de mais conforto. Enganaram-se, porém. Ele não se acostumou de jeito nenhum. Começou, inclusive, a adoecer. Mas não reclamou nem se queixou. Chegaram até a levá-lo ao médico, que o examinou e disse ao seu Superior: “A doença dele é saudade”. Seus Superiores reconsideraram o caso e o devolveram para Goiás. Dizem que o santo velhinho rejuvenesceu. Em outubro do mesmo ano, ele estava sendo recebido festivamente em Trindade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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