sábado, 31 de dezembro de 2016

VOU GANHAR OS ARREIOS TAMBÉM?

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Montado em seu alazão o missionário subiu a serra a fim de visitar uma comunidade. Amarrou o animal no mourão da cerca, junto à capela, cumprimentou o povo, atendeu confissões e foi preparar a missa. Seria celebrada fora, à sombra de uma árvore copada.Na homilia falou sobre a oração: 
-Rezar bem requer muita coisa: atenção, recolhimento, humildade etc. 
Em certa altura perguntou:
- Vocês conseguem rezar sem ficar distraídos? Também você, Juvenal?
Juvenal era um daqueles tipos engraçados com quem a gente gosta de brincar. Ele logo respondeu que sim. O padre achava que não. Mas Juvenal sublinhava que sim. O padre desafiou:
- Vamos fazer uma aposta. Se você conseguir rezar um pai-nosso sem ficar distraído, dou-lhe aquele cavalo ali.
- O cavalo já é meu – disse o Juvenal com seu vozeirão.
Juntou as mãos, abaixou os olhos e começou. Em certa altura do pai-nosso olhou de soslaio para o cavalo, depois para os arreios, depois para o padre e perguntou:
- Vou ganhar os arreios também? 
Foi aquela gargalhada geral. Nem cavalo e nem arreios. 
Palavra de Deus:Quando fores rezar, entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao Pai que está presente até em lugar oculto... (Mt 6,6).
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REFLETINDO A PALAVRA - “Amadurecimento espiritual”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
852. Crescendo como a árvore
            O crescimento acontece em todo o ser vivo. A vida tem um percurso como o dia que amanhece, chega ao zênite, e depois vai ao entardecer e chega a noite. Nesse processo de crescimento há fatores humanos, naturais, culturais, geográficos etc... que influem de modo decisivo. O mesmo se diz do crescimento espiritual. Não nascemos prontos, nem somos espirituais como num passo de mágica. Infelizmente o crescimento espiritual não é preocupação para muitos. Para alguns basta ter  algo espiritual, como um sentimento espiritual, ou até superstições que me defendam. Uma vez que a espiritualidade depende também de Deus, essas fragilidades podem ser superadas. Pensar, querer e projetar a vida espiritual faz parte da categoria tempo. Como vivemos um tempo atropelado e reduzido a um processo de intensa rapidez, pensamos que a vida espiritual também é assim. Nossa vida espiritual se fortifica e cria cerne na medida que a exercitamos e acolhemos a ação do Espírito em nós. Paulo escreve que a meta do crescimento é Cristo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo(Ef 4,13);  Não cresceremos se nos deixarmos levar por aquilo que impede o crescimento: “Não seremos mais crianças, joguetes das ondas, agitadas por todo o vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e de sua astúcia que nos induz ao erro, mas, seguindo a verdade em amor, cresceremos  em direção Àquele que é a Cabeça, Cristo” (14-15). O crescimento humano tem suas fases. Assim é a vida espiritual. Crescemos sofrendo as tempestades da vida. Jamais estaremos prontos. Mas todo crescimento é sempre grandioso.
853. Pelos frutos conhecemos a árvore
            Uma é a espiritualidade da criança, outra a do jovem, a do adulto, a do ancião, a do especial etc… Não é certo exigir de uma criança ou jovem o que se deve exigir a um adulto. O nivelamento da espiritualidade, igualando todos é sinal claro de desconhecimento do que seja um caminho espiritual. Os frutos são o sinal da maturidade e da vitalidade da árvore em cada época. Esses frutos são o bom relacionamento com as pessoas, isto é, o amor, o gosto pelas coisas espirituais, a capacidade de servir, o desejo de estar em comunhão com as pessoas, o empenho de rezar, a partilha da vida da comunidade, a luta serena e segura contra o pecado e os pequenos vícios que sempre afloram, o domínio de si. Nada disso com neurose, escrúpulo, o que não seria caminho de santidade.
854. Crises de crescimento
            Ter crise espiritual não é só normal mas bom e necessário, pois sem elas não se cresce. Um adolescente que continua sendo criança ou adulto muito cedo, sofrerá no futuro, pois lhe faltou a crise do crescimento. O povo de Deus passou quarenta anos em crise no deserto. Perdeu a estabilidade do Egito e não via a futura terra da promessa. A Igreja passa por constantes crises de crescimento e isto, por este prisma é bom. Uns voltam ao passado, outros se metem por novidades. Quem sabe crescer, sofre, mas cresce. Toda crise exige a consciência de um momento especial da vida. É bom saber  interpretar a experiência e reagir. Aqui notamos a necessidade de pessoas com experiência espiritual para acompanhar a fase. Erro é apelar para forças exteriores, para julgamentos precipitados e soluções apressadas. É bom que haja crise. O duro é atravessá-las. Sem crise não se cresce. 

EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d'Ele e sem Ele nada foi feito. N'Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d'Ele, exclamando: "Era deste que eu dizia: 'O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim'". Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja 
1.º sermão para a Natividade do Senhor; PL 59, 190 
«E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.»
Nosso Senhor, irmãos bem-amados, nasceu hoje: regozijemo-nos! Não é permitido estarmos tristes neste dia em que nasce a vida. Este dia destrói o receio da morte e enche-nos da alegria que a promessa da eternidade dá. Ninguém ficou afastado desta alegria; um único e mesmo motivo de alegria é comum a todos. Pois Nosso Senhor, ao vir destruir o pecado e a morte [...], veio libertar todos os homens. Que o santo exulte, pois aproxima-se da vitória. Que o pecador se alegre, pois é convidado ao perdão. Que o pagão tome coragem, pois é chamado à vida. Com efeito, quando chegou a plenitude dos tempos determinada pela profundidade insondável do plano divino, o Filho de Deus desposou a nossa natureza humana para reconciliá-la com o seu Criador. [...] 
O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que no princípio estava com Deus, por quem tudo se fez, e sem quem nada foi feito, tornou-Se homem para libertar o homem de uma morte eterna. Baixou-Se para assumir a nossa condição humilde sem que a sua majestade ficasse diminuída. Continuando a ser o que era e assumindo o que não era, Ele uniu a nossa condição de escravos à sua condição de igual a Deus Pai. [...] A majestade reveste-Se de humildade, a força de fraqueza, a eternidade de mortalidade: verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na unidade de um único Senhor, «único mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2, 5). [...] 
Demos graças, portanto, irmãos bem-amados, a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo. Porque, na sua grande misericórdia e no seu amor por nós, Ele teve piedade de nós. «Quando estávamos mortos pelo pecado, Ele fez-nos tornar a viver por Cristo», querendo que sejamos nele uma nova criação, uma nova obra das suas mãos (Ef 2,4-5; 2Cor 5,17). [...] Cristão, toma consciência da tua dignidade. 

Santa Benta Hyŏn Kyŏng-nyŏn e seis companheiros, Mártires



Santas Mártires Coreanas

Martirológio Romano: Em Seul, na Coreia, Santa Benta Hyŏn Kyŏng-nyŏn, viúva e catequista, e seis companheiros, mártires, que depois de terem sofrido muitos suplícios pelo nome de Cristo, morreram finalmente decapitados. 
     A ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, conta com o apostolado de um generoso grupo de leigos na raiz da Santa Igreja de Deus nas terras coreanas. A primeira semente da fé católica foi levada para sua pátria por um leigo coreano em 1784, no seu retorno de Pequim. Fecundada na metade do século XIX pelo martírio de 103 membros da jovem comunidade, entre eles se destacando Santo André Kim Taegon, o primeiro presbítero coreano e o apóstolo leigo São Paulo Chong Hasang.
     As perseguições que ocorreram em ondas sucessivas de 1839 a 1867, ao contrário de sufocar a fé dos neófitos, suscitaram uma primavera como por ocasião da Igreja nascente. Repetia-se o fato: “o sangue de mártires é semente de cristãos”.
     Dos santos mártires coreanos temos poucas notícias, mas seus nomes são lembrados hoje graças a sua inscrição no calendário dos santos por João Paulo II em 6 de maio de 1984. Um grupo de mártires é recordado nos dias 20 e 21 de setembro; a memória destes mártires se faz no dia em que generosamente deram suas vidas por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
     Eis os seus nomes:
Bárbara Cho Chung-i, leiga casada
Madalena Han Yong-i, leiga casada
Pedro Ch’oe Ch’ang-hub, leigo casado e catequista
Benta Hyong Kyong-nyon, leiga casada e catequista
Elisabete Chong Chong-hye, leiga
Bárbara Ko Sun-i, leiga casada
Madalena Yi Yong-dok, leiga
+ 29 de dezembro de 1839 em Seul

SILVESTRE DE ROMA Papa, Santo + 335

O longo pontificado de São Silvestre (de 314 a 335) correu paralelo ao governo do imperador Constantino, numa época muito importante para a Igreja recém saída da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período que se formou uma organização eclesiástica que duraria por vários séculos. Nesta época, teve lugar de destaque o imperador Constantino. Este, de facto, herdeiro da grande tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da divindade (nunca renunciou ao título pagão de “Pontífice Máximo”), e logo também do Deus dos cristãos e por isso encarregado de controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa. Foi ele, por isso, e não o Papa Silvestre, quem convocou no ano 314, um sínodo para sanar um cisma que irrompera em África e foi ele ainda quem, em 325 convocou o primeiro Concílio Ecuménico da história, em Nicéia, na Bitínia, residência de verão do imperador. Silvestre, enviou representantes ao importante acontecimento: o bispo Ósio de Córdoba e dois sacerdotes. Assim fazendo, Constantino introduzia um método de intromissão do poder civil nas questões eclesiásticas o que não deixrá de trazer nefastas consequências. Mas no momento as consequências foram positivas, também pela boa harmonia que reinava entre o papa Silvestre e o imperador Constantino. Este, de facto, não poupou o seu apoio também financeiro para a vasta obra de construção de edifícios eclesiásticos, uma característica do pontificado de São Silvestre. Foi precisamente Constantino quem, na qualidade de “Pontífice Máximo” pôde autorizar a construção de uma grande basílica em honra de São Pedro, sobre a colina do Vaticano, após ter destruído ou parcialmente recoberto de terra, um cemitério pagão, posto a descoberto pelas escavações, feitas a pedido de Pio XII, em 1939. Foi ainda a harmonia e colaboração entre o papa Silvestre e Constantino que permitiram a construção de duas outras importantes basílicas romanas, uma em honra de São Paulo na via Ostiense e outra em honra de São João. Constantino, aliás, quis até demonstrar a sua simpatia para com o papa Silvestre dando-lhe o seu próprio Palácio Lateranense que foi desde então e por diversos séculos, a morada dos papas. Não lhe deu, todavia, como afirma o Martirológio Romano, a satisfação de administrar-lhe o baptismo (que Constantino recebeu só na hora da morte). São Silvestre morreu em 335.http://www.ecclesia.pt/santos/dezembro/31.htm
http://alexandrina.balasar.free.fr/silvestre1_papa.htm

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA

Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
*****
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Pri-meira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuida-va sua vida de piedade, encontrando sempre tem-po para meditação, orações vocais e mortificações.

São Vicente de Paulo indica-lhe sua vocação

O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade. Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. Catarina acordou sem entender o significado do sonho.
Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

31 DE DEZEMBRO – O SANTO QUE FECHA AS PORTAS DO ANO

Silvestre I, o 38º na lista dos Papas, viveu na época em que começava um novo tempo para a Igreja. Até então ela vivera debaixo das catacumbas, na clandestinidade, acuada pelos imperadores, banhada no sangue dos seus mártires. Iniciava agora nova etapa. Saía das catacumbas. Agora se podia celebrar publicamente o culto divino e construir igrejas. Silvestre I viveu numa época de certa calma. Houve problemas, porém. O imperador Constantino Magno decretou liberdade de culto para o cristianismo, mas exagerou nesse protecionismo, chegando a querer impor sua vontade no governo eclesiástico. Silvestre precisou pactuar com certas atitudes do imperador para continuar pastoreando seu rebanho com alguma independência. Foram 21 anos bem agitados, mas de conseqüências benéficas. 
ORAÇÃO PARA COMEÇAR E TERMINAR BEM 
Senhor! Que eu saiba viver e conviver no decorrer deste ano. Que eu viva e deixe viver. Que eu aproveite a vida sensatamente. Que eu esteja de bem com a vida, E com todos com quem me encontrar ao longo deste ano.Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sábado – Santos: Silvestre I, Catarina Labouré, Melânia 
Evangelho (Jo 1,1-18) “A todos os que a receberam deu capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome...” 
Jesus Cristo é a Palavra de Deus, é Deus que se faz também homem. Participando de nossa natureza humana, pode fazer-nos participantes de sua natureza divina. Basta que nele acreditemos e a ele nos entreguemos. Divinizados por ele, poderemos viver de um modo novo, na verdade e na justiça. Jamais conseguiremos agradecer-lhe adequadamente tanto amor e misericórdia tão grande. 
Oração

Senhor Jesus, creio que sois Deus, a Palavra, o Filho de Deus encarnado. Sois meu criador e também meu libertador do mal e da mentira. Eu vos adoro e quero colocar-vos em primeiro lugar em minha vida. Transformai-me, fazei-me viver de vossa vida divina e amar com vosso amor. Conheço minha pequenez, mas confio em vosso poder. Podeis purificar-me e fazer-me feliz com a vossa felicidade. Amém.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

ADOTOU O ASSASSINO DO PRÓPRIO FILHO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Mario, filho único, estudava na cidade vizinha. Durante as férias vinha ajudar em sua comunidade paroquial. Um dia, ao apartar uma briga na praça, foi ferido mortalmente. O assassino foi preso em flagrante, processado e julgado. No dia do júri todos votaram contra o rapaz, que pegou vários anos de prisão. Mas o pai da vitima, que assistira ao julgamento, pediu a palavra:
- Senhoras e senhores! Mario era nosso filho único, que muito amávamos. Deixou uma grande lacuna. Minha esposa e eu pensamos em adotar alguém que, de algum modo, preencha esse vazio e suavize a nossa solidão. Resolvemos, adotar como filho o rapaz que acaba de ser julgado. Que ele possa pagar sua pena morando em nossa casa é o que pedimos.
Gesto tão nobre mereceu a aprovação dos jurados e do juiz. O casal acolheu como filho, o assassino do próprio filho. 
Oração da Bíblia: Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás teu inimigo. Eu porém vos digo...(Mt 5,43)
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REFLETINDO A PALAVRA - “Crises de crescimento espiritual”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
849.É bom ser tentado
É bom perceber a grandeza da participação-comunhão na Vida de Deus. As maravilhas de Deus se renovam em nossas vidas. Estamos em contínuo progresso espiritual. Este crescimento não é regular. Acontecem provas e tentações. Isso sim é normal acontecer. As provações indicam situações difíceis e dolorosas que atingem nossa fidelidade e coerência, deixando-nos expostos a desvios seja pela dificuldade de resistir, seja pela a atração por saídas mais cômodas. Às vezes a prova vem de dentro da Igreja. Há casos em que santos criaram dificuldades para outros santos. Por exemplo, S. Afonso deu um tremendo castigo a S. Geraldo por causa de uma falsa acusação que fizeram sobre este humilde irmão. Tudo na maior boa vontade de acertar. Pode-se encontrar um sacerdote que maltratou um fiel. Pode ocorrer um escândalo na Igreja que nos balança. S. Tiago nos advertiu: “Meus irmãos, tende por motivo de grande alegria passardes por tentações, pois a prova de vossa fé leva à perseverança” (Tg 1,2-3). Jesus passou pelas tentações, como contemplamos nas tentações no início de seu ministério. Elas não foram um fato ocasional e depois veio a paz. Em vida foi tentado pelo poder, pelo prazer e pela riqueza. Ele podia viver de milagres. Mas não os fazia para si, mas para os outros. A tentação vencida reforma em nós a disposição de viver mais intensamente. Ao sermos provados, entramos noite espiritual de que já falamos. Sofremos e nos é dada a capacidade de lutar e ser fiel.
850. Crises de crescimento
O que passamos não é só um fato a ser resolvido. É a prova de nossa fé e exercício para nossa fortaleza naquilo que nos é fundamental. Nesses momentos muitos naufragam. Deixam a Igreja, amaldiçoam Deus e a Igreja com seus ministros. Uma coisa é certa: a barca de Pedro, a Igreja, passa por tempestades. Quem não estiver firme vai para fora do barco. Pedro escreve: “Nisso deveis alegrar-vos ainda que agora, sendo necessário, sejais contristados por várias tentações, a fim de que a autenticidade comprovada de vossa fé... alcance a glória...”  (1Pd 1,6-7). À medida que crescemos, passamos pelas diversas fases, como no crescimento da pessoa. A fé é diferente na criança, no jovem  e no adulto. Muitos vivem uma fé muito infantil e não foram capazes de crescer. Crescer na fé é responder à chamada de Deus de acordo com a condição que vive. Se por um lado não podemos exigir acima das forças pois “ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus ... a ninguém tenta”  (Tg 1,13). Por outro, é preciso estimular e propor este crescimento. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14,38). Vencedores, nós estaremos mais fortes contra as tentações e crises.
851.Não estamos sozinhos.
Jesus disse quanto era boa a presença dos discípulos: “Vós sois os que permanecestes comigo nas minhas provações” (Lc 22,28). Deste modo, tendo sido tentado entende e está presente em nossa tentação: “Porque não temos um sumo-sacerdote incapaz de compadecer-se de nossas fraquezas; pois Ele mesmo, foi provado (tentado), em tudo como nós, com exceção do pecado” (Hb 4,15). Quem não foi provado ou tentado, não oferece garantia de autenticidade nem de resistência. A força do mal e nossas paixões querem destruir a obra de Deus em nós. Quem quer vencer, firme-se em Deus, na oração, da devoção e no apoio dos irmãos na fé. Contamos com Espírito e a intercessão de Maria.

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Mateus 2,13-15.19-23.
Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho». Morto Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egipto, e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino.» Levantando-se, ele tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra de Israel. Porém, tendo ouvido dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá. Advertido em sonhos, retirou se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré; assim se cumpriu o que foi anunciado pelos profetas: Ele será chamado Nazareno. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo 
Sermão n.º 2, para a vigília da Epifania 
«Levanta-te, [...] porque morreram os que atentavam contra a vida do Menino.»
Quando José estava no exílio com o Menino e sua Mãe, soube pelo anjo, durante o sono, que Herodes tinha morrido; mas, ao ouvir dizer que seu filho Arquelau reinava no país, continuou a ter grande receio de que o Menino fosse morto. Herodes, que perseguia o Menino e queria matá-Lo, é o mundo que, sem dúvida alguma, mata o Menino, o mundo de onde é necessário fugir para O salvar. Mas, uma vez que se fugiu exteriormente do mundo [...], eis que Arquelau se levanta e reina: há ainda todo um mundo em ti, um mundo do qual não triunfarás sem muita aplicação e sem o socorro de Deus.  
Porque tens três inimigos fortes e encarniçados a vencer em ti, e só com dificuldade triunfarás deles. Serás atacado pelo orgulho do espírito: queres ser visto, considerado, escutado. [...] O segundo inimigo é a tua própria carne, que te provoca pela impureza corporal e espiritual. [...] O terceiro inimigo é aquele que te ataca, inspirando-te a malvadez, os pensamentos amargos, as suspeitas, os julgamentos malévolos, a raiva e os desejos de vingança. [...] Queres tornar-te cada vez mais querido de Deus? Deves renunciar completamente a tais atitudes, porque tudo isso é Arquelau, o malvado. Receia e atenta, porque ele quer matar o Menino. [...] 
José foi avisado pelo anjo e chamado a regressar ao país de Israel. Israel significa terra da visão; Egipto quer dizer trevas. [...] Será durante o sono, é só no verdadeiro abandono e na verdadeira passividade, que receberás o convite para sair delas, tal como aconteceu a José. [...] Podes então dirigir-te para a Galileia, que quer dizer passagem. Aí, está-se acima de todas as coisas, tudo se atravessou, e chegou-se a Nazaré, a verdadeira floração, o país onde desabrocham flores para a vida eterna, onde se encontra um verdadeiro aperitivo da vida eterna; aí está toda a segurança, a paz inexprimível, a alegria e o repouso; só aí chegam os que se abandonam, os que se submetem a Deus até que Ele os liberte, e não procuram libertar-se a si mesmos pela violência. São esses os que alcançam a paz e a floração que é Nazaré, e aí encontram o que lhes dará a alegria eterna. Que tal seja a nossa partilha comum, que a isso nos ajude o nosso Deus, que é digno de todo o amor!

MARGARIDA COLONA Religiosa, Beata 1254-1284

Margarida nasceu em 1254, no castelo de seus pais a 40 quilómetros de Roma. Perdeu o pai pouco depois de nascer e a mãe aos dez anos. Foi posta sob a tutela de seu irmão João. Quando atingiu dezoito anos e a quis casar, João verificou que, tanto Margarida como seu irmão Tiago, se tinham apaixonado pelos ideais franciscanos e nada os pôde demover. Tiago chegou a cardeal defensor da Ordem, enquanto Margarida se retirou para um pequeno convento, dizendo ter sido agraciada com uma aparição da Virgem Maria. Não estando sujeita a clausura, pôde entregar-se às obras de caridade, especialmente junto dos Irmãos Menores doentes e dos leprosos. cf. José Leite, s.j.

EUGÉNIA RAVASCO Religiosa, Fundadora, Beata 1845-1900

Eugénia Ravasco nasceu em Milão no dia 4 de Janeiro de 1845, terceira dos seis filhos do banqueiro genovês Francisco Mateus e da nobre senhora Carolina Mozzoni Frosconi. Foi baptizada na Basílica de Santa Maria da Paixão e recebeu o nome de Eugénia Maria. A família rica e religiosa ofereceu-lhe um ambiente cheio de afectos, de fé e uma fina educação. Depois da morte prematura de dois filhinhos e também da perda da jovem mulher, o pai retornou a Génova, levando consigo o primogénito Ambrósio e a última filha Elisa com apenas um ano e meio. Eugénia ficou em Milão com a irmãzinha Constância, entregue aos cuidados da tia Marieta Anselmi, que como uma verdadeira mãe, cuidou do seu crescimento, educando-a com amor, mas também com firmeza. Eugénia, vivaz e expansiva, na sua infância, a considerou sua mãe e se uniu a ela com grande afecto. No ano de 1852 se reuniu a sua família em Génova. O desapego da tia lhe causou uma dor fortíssima, que a fez adoecer. Em Génova, sua sede definitiva, reencontrou o pai e os dois irmãos. Conheceu o tio Luís Ravasco que tanto influenciou na sua formação. E também a tia Elisa Parodi e os seus dez filhos com os quais Eugénia viveu por algum tempo. Mas afeiçoou-se particularmente à sua irmã menor, Elisa, que era reservada e sensível, estabelecendo com ela uma profunda sintonia espiritual. Após três anos, em marco de 1855, morreu também seu pai. O tio, Luís Ravasco, banqueiro e cristão convicto, assumiu os seus sobrinhos órfãos. Providenciou a todos uma boa formação e confiou as duas irmãs a uma governanta qualificada. Eugénia de carácter vivo e exuberante sofreu muito com a maneira bastante severa usada pela senhora Serra, mas também soube submeter-se docilmente. Em 21 de Junho de 1855 na Igreja de Santo Ambrósio (hoje de Jesus) em Génova, com dez anos, recebeu a Primeira Comunhão e a Crisma, tendo sido preparada pelo Cónego Salvatore Magnasco. Daquele dia em diante se sente atraída pelo mistério da Presença Eucarística. Quando passava diante de uma Igreja entrava para adorar o Santíssimo Sacramento. O culto à Eucaristia, de fato, é o fundamento da sua espiritualidade, unido ao culto do Coração de Jesus e de Maria Imaculada. Movida pela grande compaixão que tinha em sua alma por aqueles que sofrem, desde sua adolescência se doa com amor generoso aos pobres e aos necessitados, contente de fazer algum sacrifício. Em Dezembro de 1862, morreu o seu tio Luís que para ela, era mais que um pai. Dele herdou não só a rectidão moral, mas também a coerência cristã e a generosidade para com os pobres. Não perdeu o ânimo! Confiando em Deus e aconselhada pelo Cónego Salvatore Magnasco, futuro Arcebispo de Génova e de sábios advogados, ela assume a responsabilidade de administrar os bens da família, até então nas mãos de administradores nem sempre honestos. Fez de tudo, porém não pode salvar o seu irmão Ambrósio da estrada que o levava à ruína moral e física. Este foi dos seus sofrimentos o mais atroz e também uma grande prova para sua fé.  Neste mesmo período a tia Marieta Anselmi começou os preparativos para dar à sobrinha um brilhante futuro como esposa, mas Eugénia, em seu coração, pedia ardentemente ao Senhor que lhe mostrasse o verdadeiro caminho. Desejava algo mais para si. Em 31 de Maio de 1863, entrou na Igreja de Santa Sabina em Génova, para saudar Jesus Eucarístico. Através das palavras do sacerdote, que naquele momento falava aos fiéis, Eugenia Ravasco, recebe o convite divino a “consagrar-se a fazer o bem por amor ao Coração de Jesus”. Este foi o evento que iluminou o seu futuro e lhe transformou a vida. Com a ajuda do seu director espiritual, se coloca inteiramente a disposição de Deus, consagrando sem reservas à glória de Deus todo o seu ser: a energia da mente e do coração e também o património herdado da sua família: “esta riqueza — repetia — não é minha, mas do Senhor, eu sou somente a administradora” (cf.: Positio C.L, 70). Suportou com firmeza a reacção dos parentes, as críticas e o desprezo dos senhores, da sua condição social. Começou com coragem a fazer o bem ao redor de si. Ensinou o Catecismo na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, colaborou com as Filhas da Imaculada na Obra de Santa Doroteia, como assistente das crianças vizinhas. Abriu a sua casa para dar-lhes instrução religiosa e escola de costura e bordado. Com as damas de Santa Catarina de Portoria, assistiu aos doentes do Hospital de Pammatone. Visitou os pobres nas suas casas levando o conforto da sua caridade. Sentia grande dor, especialmente, ao ver tantas crianças e jovens abandonados a si mesmos, expostos a todos os perigos e sem conhecimento das coisas de Deus. Em 6 de Dezembro de 1868, com 23 anos fundou a Congregação Religiosa das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria com a missão de fazer o bem à juventude. Surgiram, assim as Escolas, o ensino do Catecismo, as Associações e os Oratórios. O projecto educativo de Madre Ravasco era: educar os jovens e formá-los a uma vida cristã sólida, operosa e aberta para que fossem “honestos cidadãos em meio a sociedade e santos no céu”, educá-los à transcendência e, ao mesmo tempo a uma leitura dos fatos numa perspectiva histórico-salvífica propondo-lhes a santidade como meta de vida. Em 1878, numa época de grande hostilidade à Igreja e de laicização social, Eugénia Ravasco atenta às necessidades do seu tempo, abre uma Escola “Normal” Feminina, com o objectivo de dar às jovens uma orientação cristã e de preparar professoras cristãs para a sociedade. Por esta obra, que tanto amava, enfrentou com fortaleza, confiando só em Deus, os ataques maldosos da imprensa contrária. Inflamada de ardente caridade, que lhe vinha do coração de Jesus e animada da vontade de ajudar o próximo na vida espiritual, de acordo com os párocos, organizou exercícios espirituais, retiros, celebrações religiosas e missões populares. Sentia grande conforto ao ver tantos corações voltarem para Deus e fazerem experiência da sua misericórdia através da oração, do canto sacro e dos Sacramentos. Rezava: “Coração de Jesus, concede-me de fazer este bem e — nenhum outro — em toda parte”. Estendeu o olhar à missão Ad Gentes, um projecto que se realiza após sua morte. Promoveu o culto ao Coração de Jesus, à Eucaristia e ao Coração Imaculado de Maria. Abriu Associações para as mães de família do povo e para as aristocratas, a estas últimas propôs que ajudassem às jovens necessitadas e às Igrejas pobres. Avizinhou com sua caridade os moribundos, os encarcerados e os afastados da Igreja. Viveu de fé, de oração, de sofrimento e de abandono à vontade de Deus. Em 1884, junto com outras irmãs, Eugénia Ravasco fez a Profissão Perpétua. Continuou a interessar-se pelo desenvolvimento e consolidação do Instituto que é aprovado pela Igreja Diocesana em 1882, e será de Direito Pontifício em 1909. Abriu algumas casas que por ela foram visitadas, não obstante, a sua pouca saúde. Guiou a sua comunidade com amor, prudência e visão de futuro. Considerando-se a última entre as irmãs, empenhou-se para manter acesa em suas filhas a chama da caridade e do zelo pela salvação do mundo, propondo-lhes como modelo os Corações Santíssimos de Jesus e de Maria. O seu ideal apostólico foi: “Arder de desejo pelo bem dos outros, especialmente da juventude”, o seu empenho de vida: “Viver abandonada em Deus e nos braços de Maria Imaculada”. Purificada com a prova da doença, da incompreensão e do isolamento dentro da comunidade, Eugénia Ravasco não deixou jamais de trabalhar com paixão evangélica pela salvação, especialmente, dos jovens de qualquer idade e de condição social. Em 1892, um ano após a Rerum Novarum do Papa Leão XIII, desejou construir um edifício na Praça Carignano, em Génova, para fazer a “casa das operárias”: as jovens que trabalhavam nas fábricas e nas lojas de artesanatos. Estas haviam encontrado uma casa segura e a possibilidade de uma formação humana e cristã. Em 1898, sempre para as jovens operárias, fundou a Associação de Santa Zita. Ao mesmo tempo construiu o “teatrinho”, para os momentos de lazer dos jovens do oratório e das numerosas Associações do Instituto. Para Madre Eugenia a alegria era a atmosfera educativa mais eficaz — “Ela repetia: sede alegres, diverti-vos, mas santamente”, às irmãs: “que a vossa alegria atraia outros corações para louvarem a Deus” (dos Escritos). Consumada em sua saúde, Madre Eugénia morre em Génova, com 55 anos, na Casa Mãe do Instituto, na manhã de 30 de Dezembro de 1900. “Deixo-vos todas no Coração de Jesus”, foi sua saudação final às filhas e às caríssimas jovens. Em 1948, sua Eminência Giuseppe Siri, Arcebispo de Génova, introduz o Processo Diocesano. Em 1º de Julho de 2000, Ano Jubilar, o Santo Padre João Paulo II reconhece a heroicidade das virtudes declarando-a Venerável. Em 5 de Julho de 2002, o mesmo João Paulo II firma o Decreto de Aprovação da cura da menina Eilen Jiménez Cardozo, de Cochabamba na Bolívia, concedido pela intercessão de Madre Eugénia Ravasco. Fonte :http://www.vatican.va/

JOÃO MARIA BOCCARDO Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1913

Em 1848, 20 de Novembro nasce o pequeno João Maria Boccardo, em Testona, município de Moncalieri. Família pobre com 8 irmãos mas muito religiosa, sentiu o chamado, entra no seminário e é ordenado sacerdote em 3 de Junho de 1871. Trabalha no seminário como assistente e depois como reitor por vários anos. No dia 10 de Setembro de 1882 aos 34 anos de idade, recebe a proposta de assumir uma paróquia, no momento sem pastor. Cidade pequena, 3000 habi-tantes: Pancalieri. Em junho de 1884 os seus paroquianos são atingidos por uma epidemia: A cólera. As providências sani-tárias são tomadas. Padre João Maria Boccardo e o grupo das Filhas de Maria redobram sua dedicação. Ninguém fica sem os sacramentos. E a epidemia desapareceu, tudo volta a normalidade. Mas o Páro-co continua afligido por que tem muitas famílias enlutadas, dizimadas, atingidas pela miséria. Ele sente que a paróquia precisa continuar fazendo alguma coisa com campo da caridade. Ele fixou sua atenção nos pobres, enfermos e idosos que se faziam presentes em maior numero. Aluga uma velha tecelagem em péssimo estado, que tinha sido utilizado para criação de coelhos. Fazem-se alguns reparos mais urgentes e com o mínimo necessário se inaugura a casa com os três primeiros hospedes no dia 6 de Novembro de 1884. As pessoas assistidas aumentaram, e o grupo das moças da Pia União, Filhas de Maria, grupo voluntario, voltavam na suas casas pela tarde. O Padre sentiu que a boa vontade dessas moças não era suficiente. Pensou então que era necessário pessoas que antes de todo se consagrassem a Deus para depois se consagrarem ao serviço do próximo. Padre João rezou, rezou, pediu conselhos a seus colegas sacerdotes, como Dom Bosco. De todos eles recebeu apoio e, encorajado para levar à frente o seu plano, iniciou o projecto de Deus e veio a luz a congregação. Começou com três jovens entre as quais Carlota Fontana, que se tornou Irmã Maria Caetana, primeira superiora geral da Congregação. A congregação foi crescendo, de todas localidades pediam o serviço das Irmãs, vivenciando o Amor de Deus, ao próximo, e entre si, no clima de pobreza e simplicidade evangélicas. Depois de três meses de doença Padre João faleceu no dia 30 de Dezembro de 1913. Já foi declarado Beato pela Igreja. No seu testamento deixou a congregação aos cuidados de seu irmão, também Sacerdote, o Padre Luis Boccardo. Em 1926, foi lançada a pedra fundamental para construção da casa General, da Congregação. Padre Luis teve a inspiração de fundar um ramo dentro da congregação das Pobres Filhas de São Caetano, para às jovens não videntes que queriam consagrar-se ao Senhor, e as chamou de “Filhas de Jesus Rei”.http://pobresfilhasdesaocaetano.blogspot.fr/2013/01/um-pouco-de-historia.html

São Rugero de Cane

São Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas. O bispo Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral. Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos, incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as crianças. Todavia esse século também foi um período conturbado para a história da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo: "Tudo para todos". Por tudo isso e por seus dons de conselho e sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II. Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação. Entrou rico de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos divulgaram a sua santidade. No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela Igreja.

30 DE DEZEMBRO – FUGIU PARA NÃO SER BISPO, MAS...

São Fulgêncio viveu no século IV: filho de romanos, vivia numa região da África. Trabalhava como coletor de impostos até conhecer as obras de Santo Agostinho. Decidiu então, viver uma vida de austeridade e solidão, junto com os monges do Egito. Mas sua viagem foi interrompida quando o navio que o levava, precisou atracar em Siracusa. Ainda no porto, soube que havia sido eleito bispo, junto com outros candidatos, para diversas dioceses.. Foi então que decidiu fugir para mais longe ainda. Quando Fulgêncio soube que os bispos já tinham sido sagrados, retornou à sua terra natal. Mal chegou à sua província, foi eleito bispo da pequena cidade de Ruspe, a única diocese que não tinha bispo. Fulgêncio passou a pregar e a se dedicar intensamente às obras pastorais. O dinheiro que recebia, dava-o aos pobres. Durante nove anos desempenhou sua função com humildade, até sua morte.
Oração: São Fulgêncio, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade com os planos do Pai. Que seja realmente feita a Sua vontade e não a nossa.São Fulgêncio, que a partir do momento em que abraçastes o que realmente vos foi traçado, passastes a ser realmente feliz, fazei que também nos mergulhemos lna Vontade suprema de nosso Criador para podermos sentir a paz e a força do Alto. Amém.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feira – Sagrada Família 
Evangelho (Mt 2,13-15.19-23) “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! ... Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel...” 
Essas palavras lembram alguma coisa em sua vida? Deus cuida de nós, quer nosso bem, e enquanto depender dele seremos infalivelmente felizes. Ele, porém, não costuma explicar-nos seus planos, nem os caminhos por onde nos levará. Espera que, se o amamos, confiemos em seu amor e nos deixemos levar, sem fazer muitas perguntas. Mas principalmente sem querer assumir o controle. 
Oração
Senhor meu Deus, confesso que fico muitas vezes desorientado e um pouco apavorado. Sempre me surpreendeis com os rumos de minha vida. Mas reconheço que vossas soluções são sempre melhores que as minhas. No futuro vou confiar mais em vós e deixar-me levar mais tranquilamente. Peço que, nos momentos difíceis, cuideis que eu não  perca a cabeça, e me deixe abater. Amém.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O PAPA É O NOSSO PASTOR

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
- Papa quer dizer Pai. Como Pai ele quer bem não somente aos cristãos, mas a toda a humanidade. 
- O Papa é Pastor da Igreja. Está pronto a dar a própria vida pelas suas ovelhas, como fez Jesus. 
- É Servidor do Povo de Deus. Prefere ser chamado “servo dos servos de Deus”. 
- O Papa é assistido pelo Espirito Santo, mas quer rodear-se de assessores para melhor discernir os tempos. 
265 Papas 
Até hoje tivemos 265 papas. São Pedro foi o primeiro Papa porque: 
1. Foi sobre Pedro que Jesus fundou sua única Igreja (Mt 16,18).
2. Foi a Pedro que Jesus mandou confirmar os irmãos na Fé (Lc 22,32). 
3. Foi a Pedro que Jesus confiou seu rebanho quando disse: “Apas meus cordeiros... Apascenta minhas ovelhas...” (Jo 21,15ss.). 
4. Foi Pedro quem, no dia da descida do Espírito Santo, falou ao povo reunido na praça (At 2,14). 
5. Foi Pedro quem presidiu o primeiro Concílio Ecumênico (At 1,15). 
6. Pedro morreu em Roma. Está sepultado na cripta da basílica de São Pedro. Isso se prova pela História e pela Arqueologia. 
7. Quando os Evangelhos citam os Apóstolos, São Pedro é nomeado sempre em primeiro lugar (Mt 10,2). Não é simples coincidência. Fato comovente 
Luís Von Pastor foi um historiador alemão. Passou a vida inteira pesquisando a vida dos Papas. Para isso teve acesso aos arquivos secretos do Vaticano. Ficou conhecendo tanto as virtudes, como também as fraquezas de alguns. O resultado de tantas pesquisas foi a obra monumental de 16 grandes volumes intitulada: “A História dos Papas”. Quanto mais estudava a vida dos Papas, mais crescia seu amor por ele. Esse famoso historiador, que passou os melhores anos de sua vida debruçado sobre documentos e livros, disse na sua última doença: 
— Eu quero que até última pulsação do meu coração seja pelo Papa.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Valores das riquezas”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
A verdadeira riqueza
            Continuando a reflexão sobre economia e fé, buscamos entender os bens materiais na visão da justiça social e do evangelho. Lucas tem uma predileção particular para com os pobres. Em seu evangelho há dez textos nos quais se refere ao tema: A eles é anunciado o evangelho (Lc 4,18); são eles os bem-aventurados (6,20); sua evangelização é sinal da presença do Reino (7,28); são os beneficiados em diversos momentos (14,21;18,22;19,8). Sua comunidade era pobre, como o pobre Lázaro em contraste com o rico. Amós e Lucas apresentam os ricos que vivem despreocupados, em luxo descabido, banqueteando-se, sem se preocupar com o sofrimento do povo. No mundo atual, uma pequena porcentagem 15% de ricos detêm 70% das riquezas, enquanto 85% está com os outros 30%. Um bilhão de pessoas vive com menos de um dólar por dia. (Deus Conosco 26.09.10). Podemos ver o abismo que separa o povo do mínimo necessário para a vida, distantes de um bem estar. É o mesmo abismo que a parábola apresenta entre o que Deus quer e o que está perdido para sempre, isto é, a condenação eterna. Isso não é terrorismo espiritual, mas uma realidade que beira o terror. Nós, no Brasil, vivemos ainda uma boa situação. A fome é uma realidade que pode ser pior do que a guerra. Sobre os que têm o poder e a riqueza pesa uma hipoteca grave. Deus nos fez iguais. Compete a nós criar oportunidade a todos. A parábola não é só uma alerta mas é também um convite à mudança. Na multiplicação dos pães Jesus disse aos discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9,13). Não se trata de dar restos, mas colocar o povo em condições de se recuperar e assumir sua vida nas mãos. Os ricos de Samaria tiveram sua sorte virada em 722 AC. quando foram levados para o cativeiro pela Assíria. E no mundo atual, quando será a virada? As duas torres foram um símbolo. Mas houve conversão?
Fé é opção
            Pelo caminho da fé, isto é, escuta e obediência à Palavra de Deus, poderemos encaminhar soluções para o mundo. Somente a Palavra de Deus pode converter: “Eles têm Moisés e os profetas, isto é, a Palavra de Deus. Que os escutem” (Lc 16,30-31). Isso poderá salvar e modificar o panorama de sofrimentos do mundo. Não haverá milagres para mudar a situação. O rico quer salvar sua família pedindo que um morto vá avisar... milagres não curam esses males. Esmola, na língua hebraica, deriva da palavra justiça (tzedakáh – esmola e tzedek – justiça). Paulo estimula Timóteo: “Tu, que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão...” (1Tm 6,11). Se a fé não se transformar em uma decisão política e social de mudança, é vazia.
Nem ricos, nem pobres
            O texto mostra uma virada: O rico vai para o Inferno e o pobre para o Céu, dito seio de Abraão. Não se pretende que os ricos sejam pobres e pobres sejam ricos. Mas que todos sejam irmãos (D.Helder). A grande pergunta que poderemos ouvir: ‘O que você fez com os bens que lhe dei como fonte de vida para si em abundância e para com os outros com generosidade’? O princípio evangélico é para gerar o equilíbrio. A terra foi dada para todos.  A Igreja que se cuide de não abençoar a maldade. Voillaume diz: “Enquanto a Igreja não se desligar dos poderosos, não poderá encontrar a alma do povo”. Deus cuida dos fracos, como reza o salmo 145. A Eucaristia, como partilha do pão é uma escola social.

EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor", e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo. O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d'Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; - e uma espada trespassará a tua alma - assim se revelarão os pensamentos de todos os corações". 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense 
In Ypapanti Domini 
«Simeão recebeu-O em seus braços»
Simeão fora ao templo, «movido pelo Espírito». E tu, se procuraste Jesus por toda a parte, quer dizer, se - como a Esposa do Cântico dos Cânticos (Ct 3,1-3) – O procuraste escondido no teu repouso, quer lendo, quer meditando, se O procuraste na cidade, interrogando os teus irmãos, falando dele, [...] se O procuraste nas ruas e nas praças, aproveitando as palavras e os exemplos dos outros, se O procuraste junto das sentinelas, escutando os que atingiram a perfeição, então também tu irás ao templo, «movido pelo Espírito», pois esse é o melhor lugar para o encontro entre o Verbo e a alma: procuramo-Lo por toda a parte, encontramo-Lo no templo. [...] «Encontrei aquele que a minha alma ama» (Ct 3,4). Procura, pois, por toda a parte, procura em tudo, procura junto de todos, passa e ultrapassa tudo para finalmente entrares na tenda, na morada de Deus, e então encontrá-Lo-ás. 
Simeão fora ao templo, «movido pelo Espírito». Quando seus pais levaram o Menino Jesus, também ele O recebeu: eis o amor que prova pelo consentimento, que se prende pelo abraço, que saboreia pelo afeto. Ó irmãos, que aqui se cale a língua. [...] Aqui nada é mais desejável do que o silêncio: são os segredos do Esposo e da Esposa [...], nos quais estrangeiro algum pode tomar parte: «O meu segredo é meu, o meu segredo é meu!” (Is 24,16 Vulgata). Onde está o teu segredo, Esposa que foste a única a experimentar a doçura que se saboreia quando, num beijo espiritual, o espírito criado e o Espírito incriado vão ao encontro um do outro e se unem um ao outro, a tal ponto que são dois num só, melhor, diria eu, um só, justificante e justificado, santificado e santificante, divinizante e divinizado? [...] 
Pudéssemos nós merecer dizer também o que se segue: «Agarrei-te e não mais te largarei» (Ct 3,4). Mereceu-o S. Simeão, ele que disse : «Agora, Senhor, [...] deixareis ir em paz o vosso servo». Quis que Deus o deixasse partir, liberto dos laços da carne, para apertar mais intimamente com o abraço do seu coração Jesus Cristo nosso Senhor, a quem pertence a glória e a honra pelos séculos sem fim.

TOMÁS BECKET Bispo, Mártir, Santo 1118-1170

Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso. Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II não vacilou em colocar no cargo o amigo. Mas o rei não sabia que o antigo amigo se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162 e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury. Não demorou muito para indispor-se, imediatamente, com o rei. Negou-se a reconhecer as novas leis das "constituições de Clarendon", que permitiam direitos abusivos ao soberano, e teve de fugir para a França, para escapar de sua ira. Ficou no exílio por seis anos, até que o papa Alexandre III conseguiu uma paz formal entre os dois. Assim, Tomás pôde voltar para a diocese de Canterbury a fim de reassumir seu cargo. Foi aclamado pelos fiéis, que o respeitavam e amavam sua integridade de homem e pastor do Senhor. Mas ele sabia o que o esperava e disse a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". A sua primeira atitude foi logo destituir os bispos que haviam compactuado com o rei, isto é, aceitado as leis por ele repudiadas. Naquele momento, também a paz conseguida com tanta dificuldade acabava. O rei ficou sabendo e imediatamente pediu que alguém tirasse Tomás do seu caminho. O arcebispo foi até avisado de que o rei mandaria matá-lo, mas não quis fugir novamente. Apenas respondeu com a frase que ficou registrada nos anais da história: "O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça". Encheu-se de coragem e, vestido com os paramentos sagrados, recebeu os quatro cavaleiros que foram assassiná-lo. Deixou-se apunhalar sem opor resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170. O próprio papa Alexandre III canonizou Tomás Becket três anos depois do seu testemunho de fé em Cristo. A sua memória é homenageada com festa litúrgica no dia de sua morte.

29 DE DEZEMBRO – APUNHALADO DENTRO DA CATEDRAL

Tomás Becket (1118- 1170) – Tomás, bispo de Cantuária e Henrique II rei da Inglaterra, não se entendiam mais, porque o rei queria mandar na Igreja. Até acontecer o que aconteceu: Dia 29 de dezembro de 1170, quando o bispo se dirigia para a catedral com seus acompanhantes, um bando de homens invadiu o recinto sagrado, brandindo lanças e espadas. Um deles esbravejou: 
- Onde está o traidor? 
Ninguém respondeu. A mesma voz gritou:
- Onde está o arcebispo? 
- Está aqui, respondeu impavidamente Dom Tomás. Não perguntem pelo traidor porque ele não está aqui. O que vocês querem na casa de Deus, armados desse jeito? 
- Queremos a sua morte. 
- Estou pronto. Mas respeitem estes meus companheiros.
Apoiando-se na coluna da igreja, preparou-se para receber o golpe fatal. Quatro homens avançaram nele com as espadas desembainhadas. Somente o quinto golpe tirou-lhe a vida. (Pe. Hünermann) 
Santo Tomás Becket fica como exemplo de resistência diante dos ditadores que se atrevem a colocar os direitos do Estado acima dos direitos de Deus.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quinta-feira – Santos: Tomás Becket, Segundo, Primiano 
Evangelho (Lc 2,22-35) Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. E a ti uma espada te traspassará a alma.” 
Era um momento de tranquila alegria. Mas, no final, o bom Simeão diz que o menino salvador será rejeitado por muitos e que Maria, sua mãe, iria sofrer muito. A sombra da cruz projeta-se sobre a narrativa. Essa é também nossa realidade. De repente, em nossos momentos de felicidade, se manifesta a presença da cruz. Disso não podemos fugir; agora esse é nosso caminho até a paz final. 
Oração
Senhor Jesus, convosco e com Maria vossa mãe preciso aprender a aceitar os momentos de alegria e paz, mas também os momentos de sombra e incerteza. Agradeço tantos momentos de felicidade que me dais; eles me dão coragem e descanso. E peço que, nos momentos sombrios, eu não me esqueça que estais comigo e me podeis ajudar, porque também passastes por isso tudo. Amém.