PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
1642.
O Evangelho fala a todo homem
A evangelização é um bem para a humanidade, pois o
“Evangelho dá respostas às necessidades mais profundas das pessoas, porque
fomos criados para aquilo que nos propõe o Evangelho: a amizade com Jesus e o
amor fraterno” (EG 265).
“Quando se consegue exprimir de forma adequada e bela o conteúdo essencial do
Evangelho, com certeza essa mensagem fala aos anseios mais profundos do
coração. Por isso não podemos perder o entusiasmo pela a missão”. Citando João
Paulo, diz que o entusiasmo pelo anúncio de Jesus Cristo deriva da convicção de
responder a essa ânsia do coração humano. Temos “à disposição um tesouro de
vida e de amor que não pode enganar”. Perseveramos na missão de anunciar o
evangelho se estivermos apoiados em uma experiência própria de ter conhecido
Jesus. Não é a mesma coisa conhecer ou não conhecer Jesus. Jesus não é uma ideia
que serve de enfeite para certas ocasiões. Com Ele a vida se torna mais plena e
mais fácil de encontrar o sentido para cada coisa. Continua Papa Francisco,
como que abrindo seu coração: “O verdadeiro missionário, que não deixa de ser
discípulo, sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha
com ele. Sente Jesus vivo com ele no meio da tarefa missionária” (EG 266). Por aqui
podemos entender tantas desistências na obra apostólica e no ministério. Uma
das causas pode ter sido essa meia escolha de Jesus como centro de sua vida e
missão. Falta a paixão. “Uma pessoa que não está convencida, entusiasmada,
enamorada, não convence ninguém” (Id). A força da evangelização está na renovação do coração dos
membros da Igreja para uma opção mais autêntica pela pessoa de Jesus e seu
Evangelho.
1643.
Para a Glória do Pai
O
sentido da obra evangelizadora não está no resultado numérico das conversões,
mas na finalidade que Jesus mesmo colocou em sua missão: A glória do Pai. Se
quisermos procurar o que Ele procurou, amemos o que Ele amou. Vivamos e ajamos
para que seja prestado louvor à glória da sua graça (Ef. 1,6). Diz Papa Francisco: “Se
somos missionários, antes de tudo é porque Jesus nos disse: ‘A glória do meu
Pai consiste em que deis muito fruto’” (Jo 15,8). Nossos métodos pastorais agregam de pessoas que
precisam estar bem preparadas. A glória do Pai é a finalidade de tudo. É o
profundo da adoração na qual encontramos o sentido da vida, pois estamos
abertos ao Pai em Cristo.
1644.
Prazer espiritual de ser povo
Conhecemos o gosto que Papa Francisco tem de estar no meio do povo. Por
isso ele tem uma linguagem popular e procura resolver os problemas tendo sempre
como horizonte o Evangelho e as necessidades do povo. Ele era povo, como Jesus
também era povo. Conhecemos a alegria de Jesus ao ver que os simples acolhiam o
evangelho? “Eu te louvo, ó Pai... porque ocultaste estas coisas aos sábios e
doutores e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11,25). O povo acolhia sua palavra, pois
a entendia. Esse é um prazer espiritual insubstituível, fonte de alegria interior.
“A missão é uma paixão por Jesus e simultaneamente, uma paixão pelo povo...
Toma-nos do meio do povo e envia-nos para o meio do povo.” (EG 268). É uma
identidade com Jesus. Ele estava sempre no meio do povo. Essa relação com o
povo modelará nossas atitudes e O conduzirá até às últimas conseqüências que
foram sua morte de Cruz. A Igreja precisa ir onde o povo está. É lá que Jesus
estava. É lá que o Evangelho fica mais claro.
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