Evangelho segundo S. Lucas 17,7-10.
Naquele
tempo, disse o Senhor: «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado,
lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’?Não lhe
dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha
comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’. Terá de agradecer ao servo
por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo
o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos
fazer’».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Sobre
o Evangelho de S. Lucas 8, 31-32
«Somos inúteis servos»
Que ninguém se vanglorie do que faz, pois é
de simples justiça que sirvamos o Senhor. [...] Enquanto vivermos, devemos
trabalhar sempre para este nosso Senhor. Reconhece pois que és um servo obrigado
a um grande número de serviços. Não te envaideças por seres chamado «filho de
Deus» (1Jo 3,1): reconheçamos esta graça, mas não esqueçamos a nossa natureza.
Não te gabes de teres servido bem, pois fizeste o que devias fazer. O sol
desempenha o seu papel, a lua obedece, os anjos cumprem os seus serviços. S.
Paulo, «o instrumento escolhido pelo Senhor para os pagãos» (Act 9,15), escreve:
«Eu não mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus» (1Cor
15,9). E, se mostra que não tem consciência de qualquer falta, acrescenta de
seguida: «Mas nem por isso estou justificado» (1Cor 4,4). Não pretendamos pois
ser louvados por nós próprios, nem antecipemos o julgamento de Deus.
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