segunda-feira, 31 de agosto de 2015

DEUS EXISTE SIM

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Um senhor que se dizia muito instruído, caçoava de quem acreditava em Deus:
- Deus não existe, coisa nenhuma.Vocês nunca estudaram, mas eu estudei. Por isso vão atrás de conversa de padre que enrola vocês com tanta baboseira. Eles ensinam isso para vocês porque só querem explorar vocês. 
Certo dia o doutor ateu tomou um avião com destino ao Rio de Janeiro. Mas não teve sorte. O avião teve problemas e quase despencou lá de cima. Os passageiros entraram em pânico. Também o doutor, que gritou desesperado: 
- Meu Deus! Meu Deus! Socorro!
Depois que passou o perigo, seu empregado e guarda costa brincou com ele:
- Doutor, lá em baixo o senhor falava que Deus não existe. E agora ele existe! Como é isso?
- Lá em baixo ele não existe. Mas aqui em cima ele existe! 
Lição: Se esses cientistas orgulhosos fossem mais humildes, não passariam por tantos vexames e humilhações, ao ter que dar o braço a torcer nessas situações trágicas.

31 DE AGOSTO - TRANCARAM SUA BOCA COM UM CADEADO

Foi com São Raimundo Nonato (1200-1240) – Nonato significa que não nasceu pelas vias normais. Retiraram-no vivo do seio da mãe, logo que ela faleceu. Foi pastor de ovelhas quando menino.Ingressou na Ordem dos Mercedários e dedicou-se inteiramente à libertação dos cristãos cativos. Por fim, esgotados os recursos financeiros para esse caridoso mister, entregou-se a si mesmo como refém. Defensor da Fé contra os maometanos, foi preso e acorrentado, tendo ainda os lábios trancados com um cadeado. Esteve a ponto de morrer sob as torturas, mas foi resgatado a tempo. É muito venerado nas regiões do Piauí.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ouvindo o clamor”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
1615. Inclusão social dos pobres
Refletindo sobre a evangelização, Papa Francisco dedica largo espaço à reflexão sobre a questão grave da situação dos pobres. Há personagens que têm a ousadia de chamá-lo de marxista. Quem diz isso está sendo orientado por outra doutrina política que se chama conservadorismo. Esses são ricos e cultuam os que oprimem. Jesus Cristo já foi acusado disso. Opção pelos pobres, que não significa exclusão de outros, continua a atitude divina de ouvir o clamor dos sofredores. A história da salvação tem como momento importante a libertação dos judeus do Egito. A Escritura diz no Êxodo: “Eu vi a opressão de meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor... conheço seus sofrimentos. Desci para libertá-lo... E agora, vai; Eu te envio ... (Ex 3,7-8.10). Isso é Palavra de Deus. O cuidado dos pobres é muito mais antigo do que todas as doutrinas que estão por aí. Diz o Papa: “ficar surdo a esse clamor, coloca-nos fora da vontade do Pai, e do seu projeto” (EG 187 - Dt 15,9). Já o apóstolo João ensina que o amor ao próximo como condição para ter o amor a Deus: “Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu irmão com necessidade, lhe fechar o coração, como é que o amor de Deus pode permanecer nele?”(1Jo 3,17). S. Tiago recrimina os que não pagam os operários (Tg 5,4). “Ouvir o clamor dos pobres, diz o Papa, deriva da própria obra libertadora da graça em cada um de nós, pelo que não se trata de uma missão reservada apenas a alguns” (EG 187).  Citando a Congregação para a Doutrina da fé: “A Igreja, guiada pelo Evangelho da misericórdia e pelo amor do homem, escuta o clamor pela justiça e deseja responder com todas as suas forças” (Liberationis Nuntius,1).
1616. Solidariedade como caminho
            “Solidariedade é a reação de quem reconhece a função social da propriedade e seu destino universal como realidades anteriores à propriedade privada” (EG 189). Como os bens do mundo foram dados gratuitamente por Deus, também os bens privados e seu aumento só se justificam pela solidariedade. É preciso mudança do coração, pois os bens, quando se tornam deuses, massacram o coração humano, as pessoas e o mundo. É por isso que Jesus disse: “Como é difícil a um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,23), pois exige mudança. Ninguém vai perder por ser solidário, ao contrário vai se enriquecer mais e além disso, só  levaremos de bens espirituais, pois os materiais ficam por aqui. A falta de solidariedade é fonte de corrupção e violência, no desrespeito dos direitos humanos e dos povos (EG 189). Nosso direito termina quando começa o direito do outro. Promover as pessoas é sempre um lucro, pois a solidariedade tem o retorno nela mesma.
1617. Solidariedade rende

            A solidariedade não é somente questão de comida, mas é a prosperidade e a civilização em seus múltiplos aspectos, já escrevia João XXIII na encíclica Mater et Magistra, 3, citado por Papa Francisco. Continua ele: “Isso engloba educação, acesso aos cuidados de saúde e especialmente trabalho, porque, no trabalho livre, criativo, participativo e solidário, o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida” (EG 192). Levantando o nível das pessoas teremos um mundo melhor e até mais rico para todos. Papa Francisco, diversamente dos outros papas que só citavam Papas e Concílios, cita outros documentos, por exemplo, dos bispos do Brasil, demonstrando saber acolher as riquezas dos povos. É um apreço muito grande pelas Igrejas locais. É também solidariedade. O cuidado com os pobres não é uma questão política, mas de evangelho.

EVANGELHO DO DIA 31 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor». 
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Jesus disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
«Ele ungiu-Me para anunciar a Boa-Nova» 
Exortação apostólica «Christifideles laici / Os fiéis leigos», §§ 13-14
Diz o Concílio Vaticano II: «Pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, os baptizados são consagrados para serem uma morada espiritual». O Espírito Santo «unge» o baptizado, imprime-lhe a Sua marca indelével (cf 2Cor 1,21-22) e faz dele templo espiritual, isto é, enche-o com a santa presença de Deus, graças à união e à conformação com Jesus Cristo. Com esta «unção» espiritual, o cristão pode, por sua vez, repetir as palavras de Jesus: «O Espírito do Senhor está sobre Mim: por isso, Me ungiu». […] 
«A missão de Cristo — Sacerdote, Profeta-Mestre, Rei — continua na Igreja. Todo o Povo de Deus participa nesta tríplice missão.» […] Os fiéis leigos participam no múnus sacerdotal pelo qual Jesus Se ofereceu a Si mesmo sobre a Cruz e continuamente Se oferece na celebração da Eucaristia. […] «Todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos no Espírito, e as próprias incomodidades da vida, […] se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cf 1Ped 2,5); sacrifícios estes que são piedosamente oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia» (LG, 34). […] 
A participação no múnus profético de Cristo […] habilita e empenha os fiéis leigos a aceitar, na fé, o evangelho e a anunciá-lo com a palavra e com as obras. […] Vivem a realeza cristã, sobretudo no combate espiritual para vencerem dentro de si o reino do pecado (cf Rom 6,12) e depois, mediante o dom de si, para servirem […] o próprio Jesus presente em todos os seus irmãos, sobretudo nos mais pequeninos (cf Mt 25,40). Mas os fiéis leigos são chamados de forma particular a restituir à criação todo o seu valor originário. Ao ordenar as coisas criadas para o verdadeiro bem do homem, com uma acção animada pela vida da graça, os fiéis leigos participam no exercício do poder com que Jesus Ressuscitado atrai a Si todas as coisas e as submete, com Ele mesmo, ao Pai, de forma que Deus seja tudo em todos (cf 1Cor 15,28; Jo 12,32). 

31 de Agosto - São Raimundo Nonato

Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela. Dotado de grande inteligência, fez com certa tranquilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da ideia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário. Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma. Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote, e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar 150 escravos e devolvê-los às suas famílias. Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo. Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre e acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, aos 40 anos de idade. Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 − Segunda-feira − Santos: Aristides, Nonato, Amado 
Evangelho (Lc 4,16-30) “... enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.” 
Com palavras do profeta Jesus apresentou o sentido de sua missão. Veio para nos anunciar a alegria da salvação, se reconhecemos que dela necessitamos.  Veio para nos libertar de toda escravidão e curar nossa cegueira, se nos sabemos cativos e cegos. Veio para nos libertar da opressão e dizer que agora chegou o tempo da salvação. Se nos reconhecemos pobres e necessitados, nele temos nossa salvação. 
Oração
Senhor Jesus, preciso muito de vós. Já experimentei que, por mim mesmo, não posso ser feliz. Sou pobre, cego, escravo, oprimido sem esperança. Venho, pois, a vós e me entrego em vossas mãos. Confio em vosso poder, e agradeço o amor misericordioso que mostrais por mim. Quero seguir vossos passos e estar sempre convosco. Guardai-me e até meu último momento não permitais que vos abandone. Amém.

domingo, 30 de agosto de 2015

História do dia - OS DOIS ANJOS-DA-GUARDA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Um andante resolveu arranjar uma casa. Pensou: 
“Chega de dormir ao relento e de andar por aí, a vadiar, sem eira nem beira. Vou fazer uma casa para mim”. 
Escolheu um lugar recanteado, numa terra de ninguém, e lançou-se ao trabalho. No primeiro dia, preparou o terreno. Depois, foi andar. Este andante chamava-se João. Por coincidência, o outro andante também pensou que já estava no tempo de ter uma casa. Para poder levar avante esse projeto, tinha de procurar onde construí-la. Deu com um terreno já preparado, e disse: 
-Aqui fica bem. Está limpo e pronto para a construção. Agora é só cavar os buracos para as colunas que vão escorar as paredes. 
Foi o que fez. Depois, foi andar. Este andante chamava-se Joaquim.Quando o primeiro andante voltou e viu os buracos feitos e os troncos alinhados, ficou muito contente: 
- “Um anjo está me ajudando”. 
Enterrou os troncos e foi cortar madeira para as paredes. Depois, como não tinha pregos, foi comprá-los. O Joaquim, quando chegou e viu os troncos enterrados nos buracos e a madeira empilhada, pensou: 
- Tenho um anjo me ajudando.
E foi comprar pregos. Entrementes o João, pregou a madeira e levantou as paredes. O telhado deixou para depois. Foi dar um passeio.Quando o Joaquim voltou e viu as paredes prontas, disse:
- Tenho de ajudar o meu anjo da guarda. 
E levantou o telhado. Depois foi procurar comida.O João, acabado o passeio, vendo o telhado pronto, disse: 
- O meu anjo é um portento. Só falta o assoalho. 
Foi no que se aplicou.Assoalhada a casa e mobiliada, só faltava ocupá-la. Estava uma lindeza. Uma porta, duas janelas, uma chaminé. Que mais queria? E o andante João, encantado com a sua obra, ajoelhou-se e, de mãos postas, agradeceu a mãozinha prestimosa do seu anjo da guarda. Mas uma voz indignada interrompeu-lhe a oração, dizendo:
- Que pouca vergonha é esta? Quem o mandou entrar na minha casa? 
Era o Joaquim. O João retorquiu: 
- A sua casa? Com que direito? Ainda agora assoalhei e mobilhei tudo. 
- E eu que levantei o telhado? - repontou o Joaquim.
- E eu que levantei as paredes? - retorquiu o João. 
- E eu que cavei as fundações?
- E eu que acertei o terreno? 
Pararam de altercar. Um olhou para o outro, ficando ambos de boca aberta. 
- Tu é que eras o meu anjo da guarda? - apontou o João para o Joaquim. 
- O meu anjo da guarda eras tu? - apontou o Joaquim para o João. 
Abraçaram-se. E ficaram morando juntos 
Lição: Quando um não quer, dois não brigam. - Vivei em paz!

30 DE AGOSTO - O POVO NÃO LHE DAVA DESCANSO

Pe. Eustáquio nasceu na Holanda (1890-1943). Era um rapaz estudioso. Ordenou-se padre e veio para o Brasil. Trabalhou sempre no meio da pobreza. Cuidou durante dez anos do Santuário de N. Sra. da Abadia da Água Suja, (hoje Romaria) perto de Uberlândia. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia nos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares nas suas três paróquias. Conquistou assim toda a região, e ganhou fama de santo e taumaturgo. Quando foi transferido para a paróquia de Poá em São Paulo, o povo de Minas não queria deixá-lo sair.. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome no Estado e no Brasil...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia de suas curas atraia verdadeiras multidões. A todos o bom padre procurava atender. Mas era gente demais. Os superiores precisaram esconder o padre para ele ter um pouco de descanso. Sua última etapa foi Belo Horizonte. Faleceu em 1942, em conseqüência da picada de um carrapato envenenado, quando andava pelas vilas abandonadas da paróquia. Foi beatificado recentemente pelo Cardeal José Saraiva, em Belo Horizonte.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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A bênção para o Padre Vitor Coelho do Padre Eustáquio van Lieshout, proclamado beato em 15 de junho de 2006!
Padre Vitor Coelho de Almeida, missionário redentorista brasileiro, nascido em 1899, que se tornou conhecido dos ouvintes da Rádio Aparecida e, atualmente também ele com processo de beatificação e canonização em andamento, testemunhou ter sido curado por intercessão do Venerável Servo de Deus.
Em depoimento no Processo de Beatificação do Venerável Padre Eustáquio, feito a 2 de junho de 1964, ele contou que em maio de 1941, quando se encontrava tuberculoso, sem esperança de recuperação e em estado de grande aflição, e internado – como desenganado - no Sanatório da Divina Providência, em Campos do Jordão, encontrou-se com o Venerável, que dias antes havia sido removido da paróquia de Poá e se encontrava em missão de saúde e paz, visitando alguns doentes, em sanatórios daquela afamada estância terapêutica.
O Venerável o abençoou e, colocando o indicador de sua mão direita sobre o ponto exato da grave lesão pulmonar já comprovada, profetizou-lhe que recuperaria a saúde por intercessão de São José e se tornaria um homem robusto e operoso. Padre Vitor Coelho recuperou-se e serviu a Deus e seus irmãos como missionário por mais 46 anos, até 1987, quando faleceu em Aparecida do Norte.

Homilia do 22º Domingo Comum (30.08.15) “Autenticidade da vida”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
O coração está longe de mim
            Depois de meditar o capítulo sexto de S. João, voltamos ao evangelho de Marcos. Jesus, em debate com os fariseus, mostra o valor da Palavra de Deus, o sentido da verdadeira tradição e do verdadeiro culto. Para eles eram importantes as tradições sobre a pureza. Não se trata da castidade, mas da purificação exterior seguindo as normas da tradição e da lei. Encontramos estas prescrições nos capítulos 11-19 do livro do Levítico. Há também as interpretações feitas pelos antigos e exageradas pelos fariseus. No evangelho de hoje dizem que os discípulos de Jesus comem sem lavar as mãos. Não se trata de higiene. Cito Tomas Frederici: “Assim interpretavam: Comer é um ato sagrado. É estar diante de Deus. Por isso devem purificar-se, purificar os utensílios da refeição para que nenhuma impureza perturbe a ação religiosa” (453). Acusam de não seguir as tradições dos antigos. Essas são a interpretações da lei feita pelos diferentes grupos religiosos. As leis orais e as leis escritas na Palavra tomam o mesmo valor. Jesus não é contra os ritos pois  Ele mesmo os realizava. Acusa que suas doutrinas são preceitos humanos. Nós, cristãos, temos também muito desse modo de agir. Jesus ensina que a ausência desses ritos não torna a pessoa impura para prestar culto a Deus. O que torna impuro é o que vem do coração e não o que entra pela boca e segue seu caminho. Jesus insiste que o culto não deve ser só dos lábios, mas do coração. O Profeta Isaías continua “De nada adianta o culto que me prestam, pois o que ensinam são preceitos humanos” (Is 29,13). Jesus completa: “Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir tradições humanas” (Mc 7,8). E apresenta a lista do que torna a pessoa impura: “imoralidade, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas saem de dentro e tornam impuro o homem” (21-23).
                                   Praticar a Palavra
            Não bastam as tradições para realizar o culto, é preciso coerência com a Palavra de Deus. As tradições são interpretações da Palavra, mas não lhe são superiores. O livro do Deuteronômio, interpretando a leitura desse texto de Marcos, mostra a necessidade de guardar os mandamentos, leis e decretos para que se viva na terra prometida. Podemos entender que a felicidade do mundo só ocorrerá com o cumprimento da lei de Deus. O Senhor está perto de nós e deu leis e decretos tão justos (Dt 4,1-8). Nada se acrescente e nada se tire dessa lei (Dt 4,1). Temos ouvido de cristãos: “Sou católico, mas não pratico”. Então não é. Não é possível crer em Deus e não seguir sua Palavra. Em referência à vida da Igreja temos muito apego a certas tradições até antigas e práticas que criamos, sobretudo nas celebrações e devoções que são mais importantes que os mandamentos. É preciso ser coerente. É preciso dar mais valor ao essencial.
Quem morará em vossa casa?
            São Tiago é muito prático. O que Jesus exige para a pureza, Tiago mostra como caridade: “Religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo” (Tg 1,27). Ensina que se receba com humildade a Palavra que foi implantada em nós e capaz de salvar nossas almas. Não basta ouvir a Palavra, mas é preciso praticar (21-22). Somos chamados a superar a atitude farisaica de valorizar só o exterior, e viver a Palavra em nosso coração e com ela purificar as modalidades que sufocam a verdade e a pureza interior.
Leituras: Dt 4,1-2.6-8;Salmo 14;Tiago 1,17-18.21b-22.27 Marcos 7,1-8.14-15.21.21-23 
1.    Jesus mostra aos fariseus o valor da Palavra de Deus, o sentido da verdadeira tradição e do verdadeiro culto. Os fariseus insistem na pureza exterior. Jesus mostra que a pureza deve estar no coração que não se mancha pelas coisas exteriores, mas pelo que sai de dentro dele. Acusa suas tradições que são mais importantes que a Palavra. 
2.   Não bastam as tradições para realizar o culto. É preciso a coerência com a Palavra. As tradições são interpretações da Palavra, mas não lhe são superiores. Não é possível crer em Deus e não seguir sua Palavra. Na Igreja há práticas que criamos são mais importantes que os mandamentos. 
3.   Para Tiago a pureza do culto está na caridade, assistir os órfãos e viúvas. Ensina a receber com humildade a Palavra e praticá-la. Somos chamados a superar a atitude farisaica de valorizar só o exterior e viver a Palavra parda ao sufocar a verdade e a pureza interior. 
                        Coração furado 
            O que faz grande uma nação? O livro do Deuteronômio responde: ter um Deus tão próximo, no meio do povo, e decretos e leis justas. Devem guardar essas leis e por em prática porque nelas está a sabedoria e a inteligência.
            Jesus, em discussão com os fariseus diz que a religião tem que ser feita no interior e não em regras e tradições vazias de sentido. Os fariseus guardavam muitos s e tradições de purificação ritual. É o que a gente dizia: por fora bela viola, por dentro pão bolorento. Jesus cita os profetas que diziam que Deus reclamava da religião do povo: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim... não adiantao culto que prestam, pois as doutrinas que ensinam são mandamentos humanos. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” (Mc 7,6-8).
            O coração está furado. Tiago ensina consertar esse mal com a Palavra recebida com humildade, não só ouvindo, mas praticando. “A verdadeira religião é assistir órfãos e viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo” (Tg 1, 21-22.27). Quantas destas palavras são atuais e servem para nossa vivência cristã!

EVANGELHO DO DIA 30 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Marcos 7,1-8.14-15.21-23.
Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém.Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre. Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?». Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens». Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão e começou a dizer-lhe: «Escutai-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior do homem é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem, e são eles que o tornam impuro». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Maximiliano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir 
Escritos espirituais inéditos 
«O seu coração está longe de Mim»
A vida interior é primordial. A vida activa é uma consequência da vida interior, e só tem valor se dela depender. Queremos fazer tudo o melhor possível, com perfeição. Mas, se o que fazemos não estiver ligado à vida interior, de nada serve. O valor da nossa vida e da nossa actividade releva por completo da vida interior, da vida de amor a Deus e à Virgem Maria, a Imaculada; não de teorias e doçuras, mas da prática de um amor que consiste na união da nossa vontade com a vontade da Imaculada. 
Antes de tudo e sobretudo, devemos aprofundar esta vida interior. Tratando-se de uma vida espiritual, é necessário accionar os meios sobrenaturais. A oração, a oração e apenas a oração é necessária para manter e fazer desabrochar a vida interior; o recolhimento interior é imprescindível. 
Não nos preocupemos com coisas desnecessárias, antes procuremos, em paz e com suavidade, manter o recolhimento de espírito e estar preparados para a graça de Deus. É isso que o silêncio nos ajuda a conseguir

30 de Agosto - São Félix e Santo Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303. A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano. Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa: adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio". Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando. O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos, e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada. Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos de sangue.

Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943

Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso. Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário S. Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai. Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais. No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado. Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou fama de caridoso e santo. 
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Santa Joana Jugan, religiosa, +1879

Joana Jugan lembra a misericórdia de Deus para com os pobres. Fundadora das Irmãzinhas dos Pobres, em 1830, foi beatificada por João Paulo II, no dia 3 de outubro de 1982. Natural da França, nasceu em 1792 e morreu em 1879. Durante toda sua vida, ela procurou identificar-se totalmente com os pobres e necessitados. Por ocasião de sua beatificação, João Paulo II afirmou: "Na nossa época, o orgulho, a busca da eficiência e a tentação dos meios poderosos dominam facilmente o mundo e por vezes, infelizmente, a Igreja. Criam obstáculos à implantação do reino de Deus. Por isso a fisionomia espiritual de Joana é capaz de atrair os discípulos de Cristo e de lhes encher os corações de simplicidade e humildade, de esperança e de alegria evangélica, vindas de Deus e do esquecimento próprio" (apud J. Leite, op. cit., vol. II, p. 524). Por ocasião de sua morte, havia cerca de 2.400 Irmãzinhas dos Pobres dedicadas ao serviço dos excluídos e a congregação espalhara-se por mais de dez países. Actualmente as irmãzinhas encontram-se presentes em mais de 30 nações, nos cinco continentes, e são cerca de 5 mil religiosas no mundo inteiro.

TECLA DA TURQUIA Virgem, Mártir,Santa séc. III

Não se sabe exactamente se foi em Isaúria ou na Licaónia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que é uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos. Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exacto momento, resolveu não mais se casar. Mas o faria muito em breve, pois havia sido prometida a um jovem de nome Tamiris. Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia. Tecla, porém, se manteve firme na convicção de se converter. Isso despertou a ira de seu noivo Tamiris que conseguiu a prisão e a tortura de São Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo. Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi algumas vezes procurar Paulo no cárcere para lhe dar apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como consequência, ele denunciou-a para o procônsul que a sentenciou à morte na fogueira. E foi assim, que a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram. Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que dessa vez seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez o prodígio se realizou e as feras se deixaram acariciar por ela, cujas mãos lhe lambiam mansamente. Pareciam mais pequenos gatinhos ao invés de ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo nada lhe aconteceu. Conta uma da mais antigas tradições cristãs, que Tecla morreu aos noventa anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie da Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de Santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde depois os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória. Santa Tecla é invocada pelos fieis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que tradicionalmente a sua festa é realizada. http://www.portalangels.com/santododia_setembro.htm

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 − 22º Domingo Comum − Santos: Adauto, Gaudêncio, Rosa de Santa Maria 
Evangelho (Mc 7,1-8.14-15.21-23) “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” 
“Os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre...”. Posso facilmente, como os fariseus e escribas, transformar minha religião em apenas um conjunto de práticas, costumes e tradições humanas. Posso até imaginar que para Deus o mais importante sejam cerimônias e ritos. Esse é o perigo, se me esqueço que Deus está interessado em meu coração, em meu amor dócil e obediente, em minha compaixão com os irmãos, principalmente com os pequenos e os que sofrem. Meu coração é que devo purificar, para que seja de Deus. 
Oração
Senhor, eu vos agradeço porque me fizestes ver que não devo viver uma religião do medo, da angústia e de infinitas práticas exteriores. Em vossa Igreja eu aprendi a vos louvar na liturgia, mas sem esquecer que o principal é o culto do coração, que vos podemos prestar pela nossa união com Jesus. Por essa união vital com ele, não só nossos atos de piedade, mas toda a nossa vida − nosso trabalho, nosso descanso, nossa fraternidade, nosso amor − tudo podemos oferecer-vos como sacrifício de louvor, de súplica e de agradecimento. Senhor, tomai conta de meu coração e de minha vida; purificai-me, livrai-me de toda maldade. Uni-me a Jesus, vosso Filho, para que eu possa ser uma bênção para todos ao meu redor. Amém.

sábado, 29 de agosto de 2015

O MESTRE E O APRENDIZ

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
 
Para encorajar o progresso do filho no piano, a mãe levou-o a um concerto de Paderewski. Enquanto aguardavam o início do concerto. A mãe do aprendiz saiu um pouco para cumprimentar uma amiga. Ao voltar, também o menino havia saído. Onde fora? Preocupada aguardou um pouco. Nisto abre-se o pano do palco. Onde estava o filho? No palco, assentado junto ao piano, procurando inocentemente as notas do “Cai, cai, balão nesta noite de São João”. Que menino ousado, pensou a mãe surpresa. Naquele momento, o grande mestre fez sua entrada. Dirigiu-se logo para o piano e sussurrou ao ouvido do menino: 
-“Não pare, continue a tocar”. 
Inclinado sobre o piano, Paderewski estendeu a mão esquerda e começou a improvisar o acompanhamento para a melodia que o rapazinho tentava tocar, embora fora da programação. A seguir colocou a mão direita em volta do menino e serviu-se dela para acrescentar uma bela melodia. Juntos, o velho mestre e o jovem aprendiz, transformaram aquele embaraço numa experiência maravilhosamente criativa. O público ficou extasiado! 
Lição: O mesmo acontece entre Deus e nós. O que fazemos unicamente com nosso esforço, não sai uma música bela e harmoniosa. Mas com as mãos do Mestre, nossos atos ganham beleza e harmonia insuperáveis. “Sem mim nada podeis fazer”. É ele que capacita os que ele chama...

29 DE AGOSTO – MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA

Herodes Antipas estava celebrando seu aniversário natalício. Muitos convidados. Muito luxo no banquete. Como atração da festa veio a dançarina Salomé, filha da amante do rei. Herodes encantou-se tanto com a graciosidade da jovem, que a chamou e disse: 
- “Pede-me o que quiseres, eu te darei. Nem que seja a metade do meu reino”. 
Salomé foi consultar sua mãe: 
- Pedir o que, mamãe? 
Chegou o momento de se vingar das constantes “chamadas” que recebia do Profeta: 
- “Peça que lhe tragam num prato a cabeça de João Batista”. 
Herodes ficou muito triste com este pedido pois, apesar de tudo, respeitava João. Mas havia empenhado sua palavra. João, recolhido na fétida prisão de Maqueronte, aguardava o julgamento por ter denunciado os desmandos do rei. O carrasco aproximou-se dele com a machadinha. Surpreso diante de tal atitude, pois nem sequer fora julgado ainda, teve que abaixar a cabeça para o soldado executar a ordem. Pouco depois a perversa mulher recebia o “prato da sobremesa”, a cabeça ensangüentada do Batista. Os olhos do mártir, pareciam vivos. Continuavam encarando a mulher, que recuou e saiu correndo espavorida.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “O amor cura todos os males”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Religião curta e mesquinha
            Jesus, sempre movido pelo Espírito Santo, mistura-se com o impuro, tocando os leprosos, mortos e os doentes. Não pode assim prestar culto a Deus, que exige a pureza ritual. Quando a pecadora toca-lhe o corpo, beija-o, lava com as lágrimas, enxuga com os cabelos e unge com perfume precioso, torna-se mais ainda um fora da lei. Simão, fariseu conhecedor e cumpridor da lei, ao ver aquela cena duvida de Jesus: “Se esse homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora” (Lc 7,39). Raciocina: Um homem de Deus conhece a maldade das pessoas. Jesus mostra que é um homem de Deus, pois além de saber onde está a raiz do mal, que é o orgulho e a falsa religião, conhece também a raiz do bem que é o amor. Propõe então a parábola do credor e os dois devedores perdoados. Um devia 100 e outro 10. Os dois foram perdoados. Quem o amará mais? - ‘A quem mais se perdoou’ - responde Simão. Jesus vira o quadro e mostra o que Simão não fez, e que era o dever de hospitalidade. A mulher o fez por amor. Jesus acrescenta: “Os muitos pecados dela estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco, mostra pouco amor” (47). Jesus, por sua atitude interior de “verdadeira religião”, reconhece que a mulher teve confiança na graça que a moveu a ir até Ele. Jesus proclama que junto do amor está a fé: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”. O amor é a fonte da verdadeira religião. Simão tem uma fé baseada em práticas exteriores, mas o coração não entende as pessoas como Deus as vê. Assim podemos ver na Igreja que só o exterior não basta. “Os pecadores e as prostitutas vos precedem no Reino” (Mt 21,31).
Liberdade do perdão
A atitude de Jesus e da mulher são chocantes. A mulher faz um gesto forte e mesmo ousado. Jesus aceita serenamente. O fariseu recusa. É belo ver a liberdade de Jesus: Acolheu a maneira de manifestar amor. Amor não é um conceito. Tem carne. O perdão que Jesus dá vai além das palavras. Seus gestos são de amor, correspondendo ao que recebia. Onde a mulher pecadora achou tanta liberdade? Certamente terá visto Jesus acolher outros e mesmo, quem sabe, já O terá olhado nos olhos. A liberdade veio da confiança que encontrara antes. Somente esse amor poderá levar a dizer o que Paulo diz aos Gálatas: “Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Minha vida presente , na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus que me amou, e por mim se entregou” (Gl 2,20). Esse amor recíproco com Cristo dá razão de viver. Pedro nos convida: “Tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados” (1Pd 4,8).
Mulheres de Jesus
            O seguimento de Jesus é vida: “Todos queriam tocá-lo, porque dEle saia uma força que curava a todos” (Lc 6,19). Lucas (evangelista das mulheres) salienta a presença de mulheres na companhia de Jesus. Foram curadas, encontraram vida no seguimento de Jesus. Isso não era normal entre os rabinos e mestres. A mulher faz parte integrante da missão de Jesus. Elas o serviam. Lendo Atos dos Apóstolos e cartas de Paulo, vemos a grande presença de mulheres evangelizadoras e mães da comunidade. O cristianismo superara o mundo pagão e judeu no respeito à mulher. Quem sabe devêssemos voltar a esses textos e repensar o grandioso lugar da mulher na Igreja e sociedade. Paulo afirma: “Não existe homem nem mulher porque todos sois um em Cristo” (Gl 3,28). É a partir de Cristo que se conhece o lugar da mulher na Igreja, e não em uma cultura, qualquer que seja.

EVANGELHO DO DIA 29 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa. João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão». Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia. Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei». E fez este juramento: «Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista». Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista». O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido. E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe. Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Liturgia bizantina 
Tropários e konkadion de S. João Baptista 
Precursor do Senhor na sua vida e na sua morte
O Jordão, aterrado com a tua vinda na carne, ó Cristo, voltou para trás tremendo; cumprindo a sua tarefa espiritual, João fez-se pequeno no seu temor. O exército dos anjos estava tomado de espanto ao ver-Te no rio, a ser baptizado segundo a carne; o exército das trevas foi iluminado e nós Te cantamos, Senhor, a Ti que Te manifestas e iluminas o universo. 
A memória do justo deve ser exaltada; mas a ti, João Precursor, bastou-te o testemunho do Senhor. Na realidade, tu és o mais venerável de todos os profetas, porque foste achado digno de baptizar nas águas Aquele que os outros profetas apenas tinham anunciado. Por isso, depois de teres lutado pela verdade, foste anunciar ao mundo dos mortos Deus aparecido na carne, Aquele que tira o pecado do mundo (Jo 1,29) e nos dá a sua imensa piedade. 
O glorioso martírio do Precursor foi uma etapa na obra da salvação, uma vez que até na pátria dos mortos ele foi anunciar a vinda do Salvador. Que Herodíades gema agora, ela que reivindica este assassinato ímpio, porque o que ela amou não foi a lei de Deus nem a vida eterna, mas as ilusões que apenas duram um momento.       

29 de Agosto - Joana Maria da Cruz

Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha 4 anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e os pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha. Aos 18 anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: "Deus me quer para ele". Aos 25 anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes. Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por 12 anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão. Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher 12 idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante, e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: "A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades". Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase 2500, com 177 casas em dez países. Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania. Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que "soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BAPTISTA Precursor de Jesus 29 de Satembro

Evangelho e Tradição

Esta festa do martírio de São João Baptista teve a sua origem no século V, na França; e no século VI, em Roma. Está ligada — segundo certos historiadores — à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o que é considerado como sendo o túmulo do santo Precursor de Jesus Cristo.
Massimo Stanzione: Degolação de S. João Baptista. Museu do Prado, Madrid.
No Evangelho de São Mateus encontramos várias alusões sobre São João Baptista, pouco antes de ser martirizado:
«Ora João, que estava no cárcere, tendo ouvido falar das obras de Cristo, enviou-lhe os seus discípulos com esta pergunta: “És Tu aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?” Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que vedes e ouvis: Os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa-Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontra em mim ocasião de escândalo”.» (Mt. 11, 2-6).
No mesmo Evangelho, e no mesmo capítulo, o Apóstolo escreveu ainda:
«Depois de eles terem partido, Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: “Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido de roupas luxuosas? Mas aqueles que usam roupas luxuosas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes, então, ver? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais que um profeta. É aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, para te preparar o caminho.
Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no Reino do Céu é maior do que ele.
Desde o tempo de João Baptista até agora, o Reino do Céu tem sido objecto de violência e os violentos apoderam-se dele à força. Porque todos os Profetas e a Lei anunciaram isto até João. E, quer acrediteis ou não, ele é o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos, oiça!”» (Mt. 11, 7-14)
Mais adiante, o mesmo Evangelista conta como aconteceu o martírio do Santo Percursor:
«Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: “Não te é lícito possuí-la.” Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: “Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.”
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus. (Mt. 14, 3-12).
São João Baptista tinha denunciado a devassidão de Herodíade, por isso mesmo esta tinha contra o Precursor um ódio visceral. Aproveitou a ocasião desta dança da filha que — agradou a Herodes — para conseguir os seus intentos: fazer calar para sempre aquele que denunciava publicamente a sua má vida.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 − Sábado − Santos: Sabina, Niceias, Hipácio 
Evangelho (Mc 6,17-29) E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista.” 
Foram e são muitos a dar a vida por Deus e pela justiça. Geralmente sua morte é revestida de pelo menos um pouco de dignidade. Não foi assim, porém, a morte do maior dos homens, como o avaliava Jesus. Foi sem solenidade, no fundo de um porão, como a de tantos mártires da justiça apodrecendo entre ratos. Aprendamos a dar nosso testemunho no sem-importância de nossa vida. 
Oração
Senhor, não tenho coragem de me imaginar fazendo ou sofrendo grandes coisas por vós. Para mim é difícil enfrentar até as pequenas lutas de minha vida pacata. Dai-me um pouco mais de coragem, para que não vos abandone por ninharias, e para cumprir da melhor maneira que puder minhas pequenas obrigações. Confio em vossa misericórdia, pois sei que não posso grandes coisas. Amém.