Em 19 de novembro de 461 foi eleito Papa, como sucessor de São Leão I, Magno (440-461).
Durante o seu pontificado procurou combater a difusão da doutrina ariana, que naquela época Ricimero sustentava em Roma. Como arcediago — cargo na Igreja medieval, dignatário das sés que secundava o bispo nos ofícios junto com o chantre, um funcionário eclesiástico que dirigia o coro, e o diácono — representou o próprio papa no Concílio de Éfeso em 449 quando demonstrou uma férrea oposição ao monofisismo e onde lutou pelos direitos da Igreja.
No trono de Pedro, continuou a acção política de seu antecessor e confirmou os concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedónia, sustentando a supremacia da Igreja apostólica perante as tendências de autonomia dos bispos da Espanha e da Gália.
Estabeleceu um vicariato na Espanha e ergueu vários conventos para mulheres, em Roma. Também estabeleceu que para ser sacerdote era necessário possuir uma profunda cultura e que pontífices e bispos não podiam designar seus sucessores.
Segundo o Liber pontificalis, o papa interveio na organização da liturgia estacional da quaresma em 25 igrejas e doou à Basílica do Latrão uma torre de prata e uma pomba de ouro.
O quadragésimo-sexto papa da Igreja Católica, morreu em 29 de fevereiro de 468, em Roma, e foi seu sucessor São Simplício (468-483).
Santo Hilário escreveu que Jesus, nascido de Deus, assumiu um corpo, se fez homem, e, assim, é essencial à fé reconhecer a dupla natureza do Cristo.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
29 DE FEVEREIRO - OSVALDO DE YORK Bispo, Santo + 992
Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Europa ao final do primeiro milénio, tendo morrido no ano de 992.
De origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo da Cantuária e parente de Osyll, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França.
Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oskyl que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres.
Foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Ethelwold, bispo de Winchester. Assim, Osvaldo conseguiu restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a recuperar o caminho correto dentro do cristianismo.
Por esta e outras obras, o Rei Eadgar o nomeou arcebispo de York, em 972. Osvaldo fundou ainda uma outra abadia de beneditinos em Worcester e desenvolveu muito o estudo científico nos mosteiros e conventos que dirigiu.
Mas, ao mesmo tempo em que dava grande importância aos estudos terrenos, em nenhum momento se desprendeu das obrigações e regras espirituais, vivenciando muitos fatos sobrenaturais.
Segundo a tradição, Santo Osvaldo reproduzia durante toda a Quaresma a cerimónia do lava-pés, banhando ele próprio os pés de 12 mendigos. Ele operou diversos milagres em vida.
29 DE FEVEREIRO-ANTÓNIA DE FLORENÇA Viúva, Religiosa, Beata 1401-1472
Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras.
Algum tempo depois foi enviada para Foligno para pregar e transmitir sua dedicação a Deus. Depois seguiu para Áquila, mais precisamente para o Con-vento de Santa Isabel. Neste Convento teve como orientador espiritual São João de Capristano, quem, junto com São Bernardino de Sena, promovia a cha-mada “observância”.
Antónia sentia a urgência de uma regra mais austera, de uma pobreza mais rígida, de uma abne-gação mais perfeita. Com a aprovação de Nicolau V, e a bênção de São João Capistrano, vigário Geral, em 1447 retirou-se com outras doze irmãs para o Mos-teiro Corpo do Senhor, lá onde elas pretendiam viver em pobreza absoluta e observar com muito rigor a regra de Santa Clara. Foi a superiora pelo resto de sua vida, sempre observando e respeitando as regras de Santa Clara.
Faleceu aos 71 anos de idade, em 1472. A cidade de Áquila venera-a como santa desde a sua morte.
Fonte : http://santaantonieta.paroquia.net.br/
ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V
São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas reli-giosas, quando começaram a experimentar imper-tinentes perseguições do demónio, que procurou as-sustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lu-gar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”. Enver-gonhados com esta advertência, voltaram ao lugar de onde tinham saído e de facto nunca mais o demónio os incomodou.
A fama dos dois santos homens chamou muita gente ao lugar onde estes moravam, uns para pedir conse-lho, oração e consolo, outros, a estes em maior nú-mero, para, sob sua direcção, levar uma vida em Deus. Santo Hilário tinha conferido a Romão as or-dens do sacerdócio. Junto com seu irmão Lupicino fundou três conventos: o de Condat, hoje São Cláu-dio (Saint Claude), o de Laucone e de la Baume. Ao redor deste último se agrupou a cidadezinha de Saint-Romain-de-Roche. Estes conventos gozavam de grande reputação na França, devido ao bom espírito, à vida santa que lá se levava. Romão era para todos o modelo de perfeição.
Em certa ocasião fez uma romaria ao túmulo de S. Maurício e levou em sua companhia o monge Paládio. A noite os surpreendeu e tiveram de abrigar-se numa gruta, que servia de albergue a dois leprosos. Grande foi o espanto destes, ao avistarem os dois religiosos na pobre habitação. Romão, para convencê-los de que nada precisavam temer, abraçou-os e beijou-os com muito afecto. Quando, no dia seguinte, os romeiros se despediram dos pobres lázaros, Romão fez o sinal da cruz sobre eles e no mesmo momento a lepra os deixou.
Este grande milagre aumentou ainda mais o grande conceito do Santo, em que o tinha todo o povo.
Romão, porém muito aborreceu-se com as honras de que o fizeram alvo e retirou-se para o convento de S. Cláudio, onde morreu em odor de santidade.
DANIEL BROTTIER Sacerdote espiritano, Fundador, Beato 1876-1936
Daniel Brottier nasceu em 7 de Setembro de 1876 em La Ferré-Saint-Cyr, uma bonita aldeia não muito longe da cidade de Chambord no departamento de Loire-et-Cher. A casa onde ele nasceu ainda está de pé. Ficava perto do castelo onde seu pai era cocheiro para a Marquês de Durfort. Daniel sempre quis ser um padre, e comecei a aprender latim antes mesmo que ele frequentou a escola.
Daniel fez sua primeira comunhão em 1886 na idade de dez anos, e entrou no seminário menor de Blois no ano seguinte. Seus companheiros de escola recordou-o como um alegre, extrovertido, menino, mesmo maldoso (espiègle), mas de bom coração. Em 1896, na idade de 20, ele fez um ano de serviço militar em Blois. Após longos anos de um padre do seminário, foi ordenado em 22 de Outubro de 1899 pelo Bispo de Blois Laborde. Sua primeira nomeação foi para a Escola Livre de Pontlevoy, onde trabalhou maravi-lhas com as crianças. Mas sentia que algo estava querendo. Seu campo de acção era limitado e sua alma apostólica procurou um campo mais desafia-dor de actividade. Como Père Jacques Laval en-quanto ainda trabalham na paróquia Pinterville, ele queria ser um missionário. Sua família não estava nada satisfeito com sua decisão, mas acabou ceden-do. Tendo conseguido a autorização do Bispo entrou para o noviciado da Congregação do Espírito Santo em Orly, perto de Paris em 1902.
Professou em 1903 e escreveu para o Superior Geral, Dom Alexandre Le Roy: “Eu sempre encarei a vida como missionário, como as pessoas que estão dispostas a sacrificar-se para a salvação das almas.”
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TORCATO DE GUIMARÃES Bispo, Santo entre os séculos VII e VIII
Torcato nasceu no seio de uma família romana do nome de “Turquatus romanus”, que nesse longínquo tempo vivia em Guimarães, que alguns séculos mais tarde viria a ser a cidade berço do reino lusitano.
Diz-se que desde a sua juventude deu mostras de grandes virtudes que o levaram a exercer funções de responsabilidade. Uma delas, que viria a ser deter-minante na sua vida, foi aquela de Arcipreste da Sé de Toledo, já então famosa.
O seu comportamento neste cargo foi motivo de admiração e de respeito da parte dos grandes prín-cipes da Igreja de então que o nomearam Bispo de Iria Flávia, ou Padrão, diocese situada na actual Ga-liza.
Para conseguir exercer o papel de bispo, rezou à Virgem Maria — da qual era muito devoto — e pediu-lhe que o ajudasse a ser um bom bispo e amigo dos pobres. A firmeza e a eloquência da sua doutrina e da sua sabedoria ressaltaram no XVI Concílio de To-ledo, em 693, que o aclamou Arcebispo de Braga e pouco tempo depois do Porto e de Dume.
A vida da região corria pelo melhor até que em 711 os árabes muçulmanos entrando pelo sul da península ibérica — comandados por Murça, general enviado por Tarik — começaram a conquistar aquelas terras, espalhando o culto a Alá e a Moamé em todas as regiões submetidas.
Todavia Torcato não era homem facilmente influen-ciável, nem desprovido de audácia: o que para ele contava, não era a sua própria vida, mas a vida das “ove-lhas” que o Senhor lhe confiara e a propagação do Evangelho. Claro que o que devia acontecer, aconteceu mesmo: o encontro entre os dois chefes: Torcato e Murça.
O encontro entre o islamismo — representado por Murça — e o cristianismo — representado por Torcato — aconteceu perto de Guimarães. Murça encontrava-se ali com um numeroso e aguerrido exército, enquanto Torcato de nada mais se podia prevalecer, salvo a sua fé inquebrantável e alguns — há quem diga 27 — companheiros na fé.
Muça, após ter ouvido um discurso do Arcebispo, desembainhou a espada e desferiu um golpe fatal sobre Torcato, fazendo o mesmo aos companheiros. Este facto parece ter-se passado em 26 de Fevereiro de 719, segundo os historiadores que se debruçaram sobre este acontecimento.
O corpo do santo Arcebispo foi encontrado, algum tempo mais tarde, num bosque, junto a um regato. Ao ser retirado — segundo a tradição conservada até aos nossos dias —, do meio das silvas e do monte de pedras (exumação) brotou uma fonte caudalosa que ainda hoje se conserva, conhecida como Fonte de São Torcato. No local foi erigida uma capelinha em honra do santo, que se encontra hoje sepultado em câmara de vidro, no Santuário de São Torcato.
Composto a partir de diversos documentos.
EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO
Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos:
‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os
vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do
vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e
chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que
recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes
apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os
pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110),
bispo, mártir
Carta aos Efésios, 10-14
«Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem»
«Orai sem cessar» (1Tess 5,17) pelos outros
homens. Podemos esperar que eles se arrependam e que venham até Deus. Mas pelo
menos que o vosso exemplo lhes indique o caminho. À sua cólera oponde a vossa
doçura; à sua arrogância, a vossa humildade; às suas blasfémias, as vossas
orações; aos seus erros, a firmeza da vossa fé; à sua violência, a vossa
serenidade, sem procurar fazer nada como eles. Mostremos-lhes pela nossa bondade
que somos seus irmãos. Tentemos «imitar o Senhor» (1Tess 1,6); pois quem sofreu
maiores injustiças do que Ele, que foi despojado e rejeitado? Que não se
encontre entre vós a erva do diabo (cf Mt 13,25). Numa pureza e temperança
perfeitas, permanecei em Jesus Cristo.
Eis que estão a chegar os
últimos tempos. […] Só em Cristo entramos na verdadeira vida; fora dele, nada é
válido! […] Nada ultrapassa a paz, que triunfa de todos os ataques infligidos
pelos nossos inimigos, sejam eles celestes ou terrestres. […] Actualmente já não
basta professarmos a fé; temos de mostrar até ao fim a força que ela nos dá.
ONDE É O CÉU?
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR |
A catequista estava falando do céu para as crianças . E perguntou onde fica o céu. Um menino de nove anos disse:
- “Eu sei onde fica o céu”
- “Onde fica? Pode falar!”
O menino respondeu:
- “O céu fica numa casa amarela, que tem um portão de ferro e um jardim na frente”.
- “Quem que mora nesta casa amarela?” - indagou a catequista.
O garotinho estranhou a pergunta e disse:
- “Ora! Eu, minha mãe, meu pai, meus irmãos, tem também um gato e um cachorrinho!”
- “Por quê” – insistiu a catequista – “a sua casa é o céu?”
- “É porque eu sempre escuto a minha mãe falar: A nossa casa é um céu!”
Lição: Vamos fazer da nossa casa uma Igreja doméstica, um templo vivo de Deus. Assim ela será uma antecipação do céu. Não a destruamos pela infidelidade conjugal, pelas desordens de todo o tipo.
PADRES HERÓIS QUE DERAM A VIDA PELO PRÓXIMO
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa Venerável Padre Pelágio CSsR |
- Certa vez um padre salvou a mãe e duas crianças do incêndio e morreu em conseqüência das queimaduras. Suas últimas palavras: Morro queimado. É horrível. Só uma coisa lhes peço: Amem a Deus!
- Pe. Carlos Gnochi, o anjo das crianças, deu seus olhos (ainda quando vivia) para um ceguinho.
- São José Damião de Veuster, é chamado o anjo dos leprosos de Molokai.
- Pe. Edmundo, foi o anjo dos presos.
- Pe. Flanagan, fundou as "cidades dos meninos",
- Pe. Pierre, é o protetor dos sem teto.
- São Maximiliano Kolbe deu a vida por um prisioneiro.
- No Vietcong, dois missionários foram mortos à bala quando transportavam o sacrário com as hóstias consagradas para um lugar seguro.
- Num naufrágio na II guerra mundial, um padre deu seu salva-vidas a um pai de família e morreu no lugar dele.
- E assim quantos sacerdotes, heróis da caridade e santidade
28 DE FEVEREIRO – CAPELÃO MILITAR E APÓSTOLO
Daniel Brottier (1876-1936) nasceu na França, ingressou na Congregação do Espírito Santo (Espiritanos)alt e trabalhou na África durante sete anos. Ficou doente e precisou voltar. Durante a 1ª Guerra Mundial alistou-se voluntariamente como capelão militar. Transportou os feridos, assistiu os moribundos, desafiou os perigos e ganhou várias medalhas.
Fundou a “União Nacional dos ex-combatentes” que chegou a congregar dois milhões de associados. Dirigiu durante vários anos uma obra de assistência à juventude abandonada, chegando a ter 1400 inscritos. Nessa obra eles aprendiam de tudo, desde a formação moral até o artesanato.
Foi muito dinâmico. “Parecia ter duas almas” disse uma testemunha que trabalhou com ele. Mas soube unir a ação com a contemplação. Antes de se lançar ao trabalho, enchia-se de Deus na oração.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Batismo, mergulho em Deus”
Somos batizados – mergulhados
na água. O batismo é um símbolo exterior e uma ação de Deus em nós que realiza
e explica o encontro salvador com Cristo. O rito de jogar a água na cabeça de
uma criança, e não mergulhar, faz perder muito a força do símbolo, mas não
diminui a graça sacramental. Para Deus uma gota d’água é um oceano e um oceano
é uma gota d’água. Sua graça ultrapassa qualquer idéia que tenhamos, porque ela
é a comunicação do próprio Deus Pai, Filho e Espírito. O Batismo, como ponto de
partida para a vida cristã, mergulha-nos em Deus, não como um corpo que é
molhado, ou como uma esponja que é embebida, mas como vidas que se unem. Passamos
a viver em Deus e Deus em
nós. Somos introduzidos na vida divina que circula nas três
Pessoas da Santíssima Trindade. Somos encharcados da natureza divina.
Diferentemente de Jesus que era de natureza divina e humana unidas em suma uma só
pessoa, continuamos humanos, mas participamos da natureza divina, como diz
Pedro em sua segunda carta 1,4: “Por ela (glória e virtude de Cristo) nos foram
dadas as preciosas e grandíssimas promessas, a fim de que vos tornásseis
participantes da natureza divina”. Exprime a plenitude da vida nova em Cristo,
isto é, a comunicação que Deus faz de uma vida que só pertence a Ele.
Contemplemos o que significa o batismo e quanto de participação de Deus ele nos
dá. Quando batizo as crianças gosto de beijá-las assim que derramo a água, para
salientar a santa presença de Deus que vive nessa criança.
212. Caminhar em Deus
A
espiritualidade cristã só existe e progride em Deus. Todos os outros
elementos que a definem daí decorrem. São João explicita essa verdade com a
parábola da videira e os ramos (Jo 15,1-8). O galho tira a vida do tronco.
Assim, é a mesma vida que passa por Cristo e leva a produzir frutos. João insiste
na palavra permanecer: “Permanecei em mim” – “permanecei no meu amor”. Acentua
também a comunhão: “e nossa comunhão é com o Pai, com seu Filho Jesus Cristo”
(1 Jo 1,3). “Deus é amor, quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus
nele” (4,16). Caminhar em Deus é ter consciência dessa presença e deixar que
Ele transpareça através das atitudes do amor de comunhão guardando a Palavra de
Deus: “Aquele que guarda Sua palavra, nesse verdadeiramente o amor de Deus é
perfeito. Nisso conhecemos que estamos nEle. Aquele que diz que permanece nEle,
deve andar como Ele andou” (2,5). Jesus foi o modelo. Nele vivemos pelo amor “
Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos” (1Jo
3,11).Conhecemos o amor: “Ele deu sua vida por nós: nós também devemos dar a
vida pelos irmãos” (3,16). Dar a vida é
empenhá-la para que o outro tenha vida.
213. Sereis iguais a Deus
A serpente, na narração da queda, diz a Eva:
“Deus sabe que, no dia em que comerdes do fruto, vossos olhos se abrirão e
sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3,5). Está aí a raiz do pecado.
Querer ser como Deus – ter o poder. Mas é fácil “ser como Deus”: Caminhar como
Ele caminhou, doando a vida. À medida que nos mergulhamos em Deus, somos como
Ele, no amor, promovendo a vida em abundância. Cada gesto de doação e entrega é um
sinal da vida de Deus em nós, porque
n'Ele estamos mergulhados pelo Batismo. Dar vazão a essa vida é a
espiritualidade que nasce do batismo.
ORAÇÕES DIÁRIAS - 28 DE FEVEREIRO
Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
|
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ‒
Sábado ‒ Santos: Justo,
Romão, Serapião
Evangelho
(Mt
5,43-48) “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu
inimigo!’ Eu, porém, vos digo: ‒ Amai os vossos inimigos...”
Na lei antiga (Lv
19,18) está escrito: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. A continuação,
porém, “E odiarás teu inimigo”, não estava na lei, mas era o modo comum de
pensar. Jesus devolve ao amor fraterno toda a sua abrangência. Somos irmãos de
todos, não só dos compatriotas ou correligionários, não só dos amigos e
parentes. Deus convida-nos a amar todos, como ele o faz. Amém.
Oração
Senhor Jesus,
posso achar difícil amar a todos. Mas, bem que gostaria que todos me amassem,
apesar de minhas falhas. Vejo que não nos impondes um peso, mas apontais o
caminho da felicidade. Ajudai-me a amar, a querer o bem de todos, mesmo dos que
não se importam comigo. Ensinai-me a me deixar amar, e a não dificultar demais
para os outros o amor que me querem dar. Amém.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
GABRIEL DE N. S. DAS DORES Seminarista passionista, Santo 1838-1862
Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino.
O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.
Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam: “Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Religião”. Nos braços, sobre os joelhos de uma mãe profundamente religiosa o pequeno Francisco aprendeu os rudimentos da vida cristã e pronunciar os santos nomes de Jesus e Maria.
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LEANDRO DE SEVILHA Bispo, Santo + 600
Nasceu em Cartagena este grande Bispo da Espanha, defensor impertérito dos interesses da Igreja. Como ele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro e sua irmã Florentina. Já na mocidade gozava Leandro fama de grande sábio. Este renome ainda cresceu com a entrada para a Ordem de S. Bento, em Hispalis.
Cumpridor consciencioso de todos os deveres, em pouco tempo Leandro se tornou modelo de religioso perfeito. Morto o Bispo de Sevilha, foi ele eleito sucessor do mesmo. Reinava naquele tempo Leovegildo, fautor e protector da seita ariana, e inimigo dos católicos. Foi sempre a maior diligência de S. Leandro confirmar na fé os católicos e chamar os hereges ao aprisco do Bom Pastor.
Grande consolação trouxe-lhe a conversão do príncipe real mais velho, Hermenegildo, que mais tarde, em testemunho da fé, sofreu o martírio. Os resultados estupendos que teve, na propaganda entre os hereges, mereceram-lhe o ódio profundo dos arianos, os quais, por diversas vezes tentaram matá-lo; se não conseguiram seu intento, foi por uma protecção divina visível. Sempre alcançaram do rei, amigo e fautor da seita, que Leandro e o irmão Fulgêncio fossem desterrados do reino. Assim tiraram ao Bispo a possibilidade de trabalhar pessoalmente na diocese. Do desterro, porém, dirigia pastorais aos diocesanos, escrevia contra os arianos, desfazendo-lhes as doutrinas erróneas e refutando-lhes as sofísticas objecções.
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GREGÓRIO DE NAREK Religioso, Santo ca. 951-1003
S. Gregório de Narez nasceu provavelmente em 951, no seio de uma família toda ela entregue ao serviço da Igreja da Arménia.
Seu pai, o Bispo Khosrow escreveu diversos livros sobre teologia. Seu tio materno dirigiu durante anos o Mosteiro de Narek, situado a sul do lago de Van. Ali também Gregório irá passar a maior parte da sua vida, onde também ensinou e onde morreu, por volta de 1003.
Foi teólogo, poeta e filósofo.
Pelo fim da sua vida, este grande místico escreveu em língua arménia clássica um poema intitulado Livro das Lamentações, obra-prima da poesia arménia medieval. Para o fazer, o mestre tinha ido buscar a língua litúrgica e deu-lhe uma nova forma, remodelada e simplificada. Redigiu também odes a Maria, cânticos e panegíricos. A sua influência marcou os mais importantes poetas da literatura arménia e a sua obra é considerada um dos cumes da literatura universal.
MARIA DE JESUS DELUIL MARTINY Religiosa, Fundadora, Beata 1841-1884
Filha de um brilhante advogado e excelente católico, sua mãe era uma digna sobrinha bisneta da Venerável Ana Madalena Remuzat, a visitandina que durante a peste de 1720 havia conseguido que Marselha se consagrasse ao Coração de Jesus. Assim, a devoção ao Sagrado Coração era considerada "património familiar".
Maria nasceu em Marselha a 28 de maio de 1841. Foi educada pelos pais e pelas religiosas da Visitação. Um dia as Irmãs contam suas travessuras ao Mons. de Mazenod, fundador dos Oblatos de Maria Ima-culada (canonizado em 1995), que lhes responde: "Não se inquietem, são coisas de menina; verão que um dia será a Santa Maria de Marselha".
Em 1848, após vários distúrbios, o rei Luís Felipe abdica. As ruas tranquilas de Marselha, cidade cheia de recordações de São Lázaro, Santa Marta e Santa Maria Madalena, foram invadidas pelo ódio revolu-cionário. Maria tinha apenas 7 anos. Aproveitando-se da distracção momentânea dos adultos, sai de casa para ver de perto o que está acontecendo. Chega até as barricadas feitas pelos soldados. Sem medo, aproxima-se e observa tudo com interesse. Alguns soldados a ignoram, outros sorriem diante de sua inocente e viva curiosidade. Um a toma pela mão e a reconduz a casa.
Estes episódios da infância nos revelam muito da personalidade desta Beata. Vivaz, brilhante, cultís-sima e muito a par das coisas da sociedade e da his-tória.
Aos 16 anos, prossegue sua formação em Lyon com as religiosas do Sagrado Coração, fundadas por Santa Sofia Barat.
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MARIA CARIDADE BRADER Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943
Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo.
Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suí-ça como Maria Josafa Carolina Brader.
Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteli-gente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e en-trou para o convento franciscano em Maria Jilf, Als-tatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882.
Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era co-nhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para tra-balhar em Clone, no Equador em 1888.
Ela trabalhou durante 6 anos como professora e ca-tequista das crianças. Em 1893 foi transferida para Túquerres, Colombia onde as condições eram muito difíceis, mas ela superou todos as dificuldades em breve estava ensinando a fé aos pobres e desam-parados.
Ela fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada em Tuquerres, Colômbia em 31 de Março de 1893. Inicialmente composta de jovens irmãs com inclinação para o trabalho missionário elas foram em breve recebendo moças do local e outras mulheres Colombianas. Caritas serviu como Superiora Geral da Congregação de 1893 até 1919 e de novo de 1928 a 1940. As Irmãs enfatizavam a boa educação, com muitas preces e uma vida austera. Elas receberam a aprovação papal para a Congregação em 1993 e hoje elas estão nos na América Central, América do Sul, México, Suíça, Mali, Roménia e Estados Unidos.
Caritas faleceu em 27 de fevereiro de 1943 em Pasto Colômbia e o seu tumulo logo se tornou um local de peregrinação e de devoção popular e vários milagres foram assinalados junto da sua campa a e alguns creditados à sua intercessão.
Foi declarada Venerável em 29 de junho de 1999, e beatificada em 23 de março de 2003 pelo Papa João Paulo II.
EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO
Evangelho segundo S. Mateus 5,20-26.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos
escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito
aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu,
porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a
julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem
lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores
apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem
alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não
seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último
centavo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de
Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias ao povo de Antioquia, XX, 5 e 6
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»
Eis o que te proclamo, o que te asseguro, o
que te digo com voz tonitruante: Que quem tem inimigos não se aproxime da mesa
sagrada nem receba o Corpo do Senhor! Que os que se aproximam não tenham
inimigos! Tens algum inimigo? Não te aproximes! Se quiseres fazê-lo, vai
primeiro reconciliar-te e depois receberás o sacramento.
Não sou eu
que falo assim, é o Senhor quem o diz, Ele que foi crucificado por nós; Ele,
para te reconciliar com seu Pai, não recusou ser imolado nem derramar o seu
sangue; e tu, para te reconciliares com o teu irmão, nem queres dizer uma
palavra e tomar a iniciativa de ir procurá-lo? Escuta o que diz o Senhor a
propósito dos que fazem como tu: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta
sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra
ti…» Ele não diz: «Espera que ele venha procurar-te ou que ele receba a visita
de um dos teus amigos na qualidade de reconciliador», nem diz: «Envia-lhe
alguém», mas: «Corre tu pessoalmente, vai ter com ele!» «Vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão.»
Incrível! Então se Deus não Se dá
por desonrado de ver deixado de parte um dom que Lhe era destinado, havias tu de
te considerar desonrado por dares o primeiro passo para te reconciliar com o teu
irmão? Que desculpa tem semelhante conduta? Quando vês um dos teus membros
cortado, não tentas por todos os meios juntá-lo ao resto do teu corpo? Faz
também assim com os teus irmãos: logo que vejas que eles estão separados da tua
amizade, vai depressa buscá-los, não esperes que eles sejam os primeiros a
apresentar-se: apressa-te tu a tentar a reconciliação.
A IMPORTÂNCIA DO OMBRO
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa-Venrável Padre Pelágio CSsR |
Certa vez, uma mãe perguntou ao seu filho adolescente, qual é a parte mais importante do corpo. O menino respondeu:
- “Acho que é a orelha”.
A mãe lembrou-lhe que muitas pessoas são surdas e no entanto vivem normalmente.
- “Então são os olhos”, disse o filho.
- “Ainda não acertou” – respondeu a mãe – “porque há muitas pessoas cegas que são felizes”.
O menino pensou... mas não conseguiu responder corretamente. Um dia, o avô do adolescente morreu. Os pais choraram, e se consolaram mutuamente, recostados no ombro do outro. O menino também chorou e o pai o abraçou. A mãe então lhe disse:
- “Está vendo, filho, qual a parte mais importante do corpo? É o ombro. Não porque ele sustenta a nossa cabeça, mas porque ele pode apoiar a cabeça do próximo que chora e sofre.
Lição: Muitos têm o que comer, mas precisam de um ombro amigo para chorar e desabafar. Todos precisamos de um ombro para expressar os nossos sentimentos.
27 DE FEVEREIRO - GOSTAVA DE FESTAS, ATÉ QUE UM DIA.
O jovem Gabriel (1838-1862), órfão de mãe aos quatro anos, foi educado no amor à oração e ao estudo. Mas gostava de vestir-se bem, de ler romances, de dançar e festar. Era a atração da juventude feminina por causa de sua bela aparência física. Contudo, não deixava de ser um rapaz caridoso, estimado por todos. Numa palavra, um bom companheiro.
Sentiu-se chamado para o convento, mas faltava o “empurrão” de Deus, o golpe final da Graça. Este veio quando perdeu sua irmã de quem tanto gostava. Aos 18 anos, desiludido das vaidades, entrou numa procissão onde iam levando a imagem de Nossa Senhora. Pareceu-lhe ouvir uma voz serena, a voz da virgem Maria, dizendo que aquele mundo não era para ele. Ingressou na Congregação dos Padres Passionistas. Mudou de nome. De Francisco que era, pois nasceu em Assis terra de São Francisco, passou a chamar-se Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Sempre teve saúde fraca. Morreu tuberculoso antes de se ordenar padre, com com apenas 24 anos.
- Que ele proteja nossa juventude. Amém
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ser discípulo é anunciar”
A
Palavra de Deus do 4º domingo reflete sobre Jesus como “O Profeta”. Não um
profeta. Quanto se fala desta figura, deve-se retornar ao Antigo Testamento, no
livro do Deuteronômio, na profecia de Moisés: “O Senhor fará surgir para ti
(...) um profeta como eu; a ele deverás escutar”. Esta figura “do Profeta”, é a
garantia do povo de Deus. Dizemos O
Profeta, com maiúsculo, porque não se trata de um profeta comum, um adivinho,
um astrólogo etc... Seria um profeta como Moisés, que ouve as Palavra de Deus e
fala só e tudo o que Deus quer. Jesus preenche esse requisito quando fala com
poder, isto é, no Espírito Santo. Jesus, nesse sábado vai à comunidade “como é
seu costume”. É muito bonito isso. Era um homem de comunidade. Sabia
participar. Comunidade é o lugar de anunciar, da profecia, da Palavra de Deus
e também de enfrentar o “espírito mau”,
não tanto um possesso (doente), mas o mal personificado em idéias e pessoas que
configuram o falso profeta, o que Deus não mandou. O povo reconhece em Jesus o
poder (Espírito Santo). O endemoniado, falando em nome do mal, reconhece nEle o
Santo de Deus, Aquele que fala porque entrou em contato com Deus e tem poder de
transformar o mundo, “destruir” o poder do mal. Jesus não é um incômodo pela
falta de consistência, mas incomoda porque desmonta as estruturas de poder do
mal. Por isso, o mal vai lhe fazer guerra, perseguindo-o, tentando-o até ao
final.
Ser discípulo é exigente
A
decisão do discípulo por Jesus, como vimos na liturgia do domingo passado, é
imediata, total e, por conseguinte, coloca-o em choque com um universo de
recusas ao Reino de Deus, como Jesus viveu em sua tentação no deserto. São as
“forças do mal”, energias que conduzem ao prazer pelo prazer, ao poder pelo
poder e aos bens somente pelo egoísmo e individualismo. Resume toda pressão
contrária ao Evangelho do Reino. Não se trata de forças em batalha, mas de
tensões que exigem uma definição coerente e conseqüente. Ser discípulo não é
fácil. Jesus diz: “não tenhais medo pequeno rebanho” (Lc 12,32). A cena do
endemoniado é o palco do discípulo. Ele terá que ter o poder de Jesus (o Espírito Santo) e a santidade (estar em
relacionamento com Deus).
Testemunho da vida
Como
o discípulo viverá essa missão de Testemunho da palavra e da vida? Certamente
que esse contínuo embate com o mal não é um espetáculo a divertir o povo, nem
se resolve com milagres. Cada um deverá falar de Deus com sua vida e, se
possível, falar em nome de Deus com suas palavras. Paulo entra em uma questão
muito prática quanto às pessoas virgens (1Cor 7,25). Dá um conselho: ‘o caminho
da virgindade é um testemunho claro da dedicação ao Senhor’. Ele sabe que há outros
caminhos igualmente bons. A vida é a primeira página do evangelho que
assumimos. Ela dever ser um espelho que reflete Jesus. A palavra é necessária
para o discípulo. Nem todos podem ser pregadores, mas os que não o são, são instados a dizer as Palavras
do Senhor. Nós pregadores ousamos falar sem antes ter ouvido o que o Senhor
quer falar, e ter tido essa relação de diálogo com o Senhor. Corremos o risco
de ter uma pregação que não conduz a uma mudança. Ela tocará os corações quando
tiverem o poder da presença do Espírito.
ORAÇÕES DIÁRIAS - 27 DE FEVEREIRO
Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
|
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 ‒
Sexta-feira ‒ Santos: Leandro de
Sevilha, Valdomiro
Evangelho
(Mt
5,20-26) “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus,
vós não entrareis no Reino dos Céus.”
A justiça de escriba e fariseu está no legalismo e nas exterioridades. A
justiça, a bondade do Reino dos Céus, nasce do interior do coração, é procura
sincera do bem, é busca de Deus, é amor fraterno ativo. Por isso mesmo temos de
estar continuamente à procura dessa justiça, pois que nunca podemos dizer que
já a vivemos o suficiente. A cada momento temos de estar à escuta de Deus.
Oração
Senhor meu Deus, ainda estou longe de viver as
propostas do evangelho de Jesus. Preciso cuidar mais da purificação de meu
coração e de minhas intenções. Estou longe de ser guiado pelo amor a vós e pela
dedicação a meus irmãos. O egoísmo ainda é muito forte. Minha esperança é que
me ajudeis a superar a inércia que me impede de vos procurar. Vinde e
socorrei-me. Amém.quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
ALEXANDRE DE ALEXANDRIA Bispo, Santo 250-328
Nasceu em 250. Foi indicado Bispo de Alexandria em 313 para suceder Santo Achillas.
Alexandre é famoso pela sua oposição a heresia Ariana, a qual dizia que Jesus não era Deus de verdade, mas Alexandre de Alexandria, Bispo e Santoque o Filho era apenas uma criatura e que teria havido um tempo que o Filho não teria existido.
Alexandre também é conhecido por sua doutrina apostólica e um dos seus maiores feitos foi treinar um jovem diácono de nome Athanásius que mais tar-de foi celebrado e admirado por todo mundo cristão.
Alexandre foi de gentil com os arianos, mas foi determinado. Muitos o acusam, de por isto, ter com-promissado a posição da Igreja, mas muitos outros já dizem que ele foi impetuoso por causa de sua posição irredutível. Não obstante ele deve ser considerado com um campeão da dos ensinamentos da Igreja Ca-tólica e creditado com zelo pastoral. Duran-te muito tempo ele se dirigiu a Arius, tentando convence-lo de seu erro antes de excomungá-lo, em 321. A excomu-nhão foi confirmada no Sínodo de Alexandria. Sua Circular Episcopal sobre a Heresia Ariana sobreviveu ao tempo e é uma importante par-te da literatura eclesiástica daquele período.
Como Bispo, Alexandre preferia os monges, nome-ando preferencialmente aqueles que viviam como eremitas no deserto, visto que ele os considerava como modelo para suas ovelhas. Ele também insistia na caridade para com os pobres na Diocese sob o seu controle, uma coisa pela qual ele ficou famoso na Diocese de Alexandria.
Alexandre é tido como tendo escrito os primeiros Actos do Concilio de Niceia em 325, onde o Arianismo foi formalmente condenado. Ele faleceu na Alexandria em 328, dois anos depois que ele retornou do Concilio tendo nomeado Athanásio como seu sucessor.
PORFÍRIO DE GAZA Bispo, Santo + 421
São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalónica, na Macedónia. Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez. Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre.
Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom Ladrão. Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar Porfírio a levan-tar-se do chão. O Bom Ladrão estendeu-lhe a mão e disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la bem. Quando o Santo voltou a si, notou que estava perfei-tamente curado. O sentido das palavras de Cristo, porém ficou-lhe enigmático, até que o Bispo de Jerusalém o ordenou e o nomeou guarda do santo Lenho.
Os sacerdotes da diocese de Gaza, tendo perdido o Bispo, insistiram com Porfírio para que aceitasse a direcção da diocese orfanada. Embora sua modéstia quisesse fugir dessa dignidade, à obediência teve de sujeitar-se. Existiam em Gaza muitos pagãos e um templo magnífico para o culto das divindades. Os idólatras, conhecendo já de antemão o zelo do novo Bispo, principalmente seu ódio ao culto pagão, assentaram matá-lo antes de tomar posse do rebanho. Este plano ímpio, por qualquer circunstância imprevista, não pôde ser efectuado. Bem se arrependeram da iniquidade, pois Porfírio, apesar de inimigo do paganismo, pela modéstia, paciência e caridade, soube ganhar os corações dos próprios pagãos. Um fato extraordinário, que se deu logo no princípio do seu governo, aumentou ainda a confiança e veneração para com o novo Pastor. Uma seca atroz de muitos meses aniquilara as esperanças dos lavradores e o espectro da fome começava a apavorar os ânimos. Nesta expectativa desoladora os sacerdotes de Marnas, a quem era devotado o templo, se dirigiram à sua divindade com preces e sacrifícios, para obter o benefício de uma chuva. Marnas, porém, chuva nenhuma mandou e a seca continuou a assolar a região. Porfírio, condoído com a miséria pública, ordenou um dia de jejum, organizou uma procissão de penitência a uma capela situada fora da cidade. Apenas recolhida à procissão, caiu uma chuva abundantíssima, refrigerando a terra ressecada. Muitos, diante deste espectáculo e vendo nisto o grande poder do Deus dos cristãos, converteram-se. Outros, porém, encheram-se de inveja e forjaram novos planos malignos contra a vida do santo Bispo e de alguns cristãos.
Entretanto, veio um édito do imperador Arcádio, ordenando o fechamento dos templos pagãos. Esta ordem foi por muitos funcionários obedecida, por outros não. Assim ficou aberto o templo de Marnas. Porfírio, desejando ardentemente a execução da ordem imperial, conseguiu em Constantinopla a autorização para derrubar o templo em Gaza.
A influência, porém, de ministros subornados pelos sacerdotes pagãos, fez com que o imperador revogasse a autorização exarada. Não obstante, algum tempo depois, foi publicada nova ordem no mesmo sentido de fechar os templos pagãos, sob pena de os refractários perderem a colocação; mas mesmo assim, o templo não se fechou. A imperatriz Eudóxia prometeu a Porfírio empregar toda a influência junto ao imperador, para conseguir o fechamento e a destruição do templo. Porfírio, inspirado por Deus, predisse à imperatriz o advento de um filho. Logo que esta profecia se cumpriu, dirigiu-se o Bispo a Constantinopla, para administrar o sacramento do Baptismo ao príncipe herdeiro. Aconselhado pela imperatriz, Porfírio redigiu novamente o requerimento ao imperador.
A petição foi entregue ao monarca logo depois do ato religioso, por assim dizer, pela criança recém – baptizada. Arcádio achou-a depositada sobre o peito do filhinho. No momento em que a abria, a pessoa que segurava nos braços a criancinha disse-lhe:
“Digne-se Vossa Majestade de deferir o requerimento apresentado por seu filho”. O imperador respondeu com sorriso nos lábios: “Como poderia eu negar o primeiro pedido de meu filhinho?” – Imediatamente foi mandado para Gaza um oficial do exército, com ordem estrita de demolir o templo de Marnas. Poucos dias depois, quando Porfírio se aproximou da cidade, os cristãos, seus diocesanos, receberam-no com muita solenidade. O préstito havia de passar por um lugar onde se achava uma imagem de Vénus, ponto predilecto para reuniões de mulheres, que costumavam encontrar-se lá, para tratar projectos de casamentos. Mal o Bispo se achava defronte daquela estátua, quando esta, sem que pessoa alguma lhe tivesse tocado, ruiu por terra, fazendo-se em pedaços. Este fato causou grande sensação e foi o início de muitas conversões. O templo de Marnas desapareceu e em seu lugar se ergueu uma belíssima Igreja, dedicada a Deus vivo e verdadeiro.
O triunfo de Porfírio sobre a idolatria foi completo. Quando, em 421, Deus o chamou para o descanso eterno, o santo Bispo teve a grande satisfação de ver muito reduzido o número de pagãos em sua diocese.
PAULA MONTAL Religiosa, Fundadora, Santa 1799-1889
Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de Outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o baptismo. Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria.
Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina.
Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos progra-mas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova.
Assim, Paula Montal com o seu apostolado total-mente voltado à formação feminina, se tornou a fun-dadora de uma família religiosa, inspirada no lema de São José de Calazans: "piedade e letras". Sempre fiel a sua devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de Maria. A estas religiosas transmitiu seu ideal de: "Salvar a família, educar as meninas no santo temor de Deus". E continuou se dedicando à promoção da mulher e da família.
Em 1842, abriu o segundo colégio em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta época, Paula Montal decidiu seguir os regulamentos da Congregação dos Padres Escolápios, fundada por São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano após abrir sua terceira escola, Paula Montal conseguiu a autorização canónica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa escolápia. Em 1847, a congregação passou a ser Congregação das Filhas de Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais escolas por toda a Espanha.
Paula Montal deu a prova final de autenticidade, da coragem e da ternura do seu espírito modelado por Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de Montserrat, fundou sua última obra pessoal: um colégio ao lado do mosteiro da Virgem de Montserrat. Ali ficou durante trinta anos escondida, praticando seu apostolado. Morreu aos 26 de Fevereiro de 1889 e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat, Barcelona, Espanha.
Solenemente foi beatificada em 1993, pelo Papa João Paulo II que posteriormente a canonizou em Roma, no ano de 2001. A mensagem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans será sempre actual e fonte de inspiração para a formação das gerações do terceiro milénio cristão.
http://www.paulinas.org.br/
PIEDADE DA CRUZ ORTIZ REAL Religiosa, Fundadora, Beata (1842-1916)
Nasceu em Bocairente, Valência (Espanha), no dia 12 de Novembro de 1842, sendo baptizada no dia seguinte com o nome de Tomasa. Recebeu a Primeira Comunhão aos dez anos, sacramento que despertou nela o desejo de pertencer do Senhor e viver para Ele.
Completou a sua formação humana e espiritual no Colégio de Loreto, pedindo sucessivamente para ingressar no noviciado desse Instituto, mas seu pai, considerando a situação política da época e a pouca idade da menina, obrigou-a a voltar para a casa.
Esta etapa da sua vida em Bocairente foi caracte-rizada por três aspectos: o espírito de piedade e de oração, a sua dedicação a fazer o bem às crian-ças pobres, aos idosos e aos doentes e o empenho em dar uma resposta àquilo que sentira no seu ín-timo no dia da Primeira Comunhão.
Tomasa, então, pensou que podia realizar o sonho da sua vida: consagrar-se ao Senhor num conven-to de Carmelitas de clausura em Valência. Contu-do, uma enfermidade obrigou-a a abandonar o noviciado e a voltar para a a casa paterna. Uma vez restabelecida, tentou novamente entrar num convento de clausura e, mais uma vez, aconteceu o mesmo facto.
Depois destes acontecimentos, Tomasa intuiu que Deus não queria que ela seguisse aquele caminho. Pediu-lhe que lhe indicasse claramente a Sua von-tade e, retirando-se em oração, recitava assim: "Tua, meu Jesus, desejo ser tua; porém, diz-me onde".
Tendo a certeza de sentir-se chamada para uma vida de especial consagração, mas com a dúvida de onde Deus a queria, Tomasa dirigiu-se para Barcelona. Depois de muitas dificuldades, ali o Senhor respondeu à sua busca vocacional, fazendo-a viver uma profunda experiência mística, na qual o Coração de Jesus, mostrando-lhe o seu lado esquerdo ensanguentado, lhe disse: "Olha como me deixaram os homens com a sua ingratidão, queres ajudar-me a levar esta cruz?". Tomasa respondeu: "Senhor, se tens necessidade de uma vítima e me queres, estou aqui". Então, o Redentor disse-lhe: "Funda, minha filha, que sobre ti e sobre a tua Congregação concederei sempre misericórdia".
Esta experiência foi determinante para Tomasa, dando-lhe uma certeza tão grande que nunca a cancelou da sua mente e do seu coração. Daquele momento compreendeu que Deus lhe pedia para dar vida a um novo Instituto.
Depois de imensas dificuldades e tribulações, no dia 8 de Setembro de 1890, chegou para ela a hora de Deus. Nascia na Igreja a Congregação das Irmãs Salesianas do Sagrado Coração de Jesus na qual se devia amar, servir e reparar, ver o rosto do Senhor nas meninas órfãs, nas jovens operárias, nos doentes, nos idosos abandonados... e ajudá-los a levar a cruz.
Madre Piedade expirou com o crucifixo entre os lábios e na santa paz de Deus, no dia 26 de Fevereiro de 1916.
www.vaticano.va/
EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO
Evangelho segundo S. Mateus 7,7-12.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e
encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede
recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á. Qual de vós
dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir
peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam fazei-lho vós também: esta
é a Lei e os Profetas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto
Homilias
espirituais n° 30, 3-4
«Pedi, procurai, batei»
Esforça-te por agradar ao Senhor, espera-O
interiormente sem lassidão, procura-O por meio dos teus pensamentos, violenta a
tua vontade e as tuas decisões, obriga-as a tender continuamente para Ele. E
verás como Ele Se aproxima de ti e em ti estabelece a sua morada (cf Jo 14,23).
[…] Lá está Ele, observando o teu raciocínio, os teus pensamentos, as tuas
reflexões, analisando como O procuras, se é com toda a tua alma, se com moleza e
negligência. E quando Ele vir que O procuras com ardor, manifestar-Se-á a ti e
aparecer-te-á, virá em teu socorro, dar-te-á a vitória e livrar-te-á dos teus
inimigos. Com efeito, quando vir a maneira como O procuras, como colocas
continuamente toda a tua esperança nele, instruir-te-á, ensinar-te-á a
verdadeira oração, dar-te-á a caridade verdadeira que é Ele mesmo. Então, Ele
tornar-Se-á tudo para ti: paraíso, árvore de vida, pérola preciosa, coroa,
arquitecto, agricultor, um ser submetido ao sofrimento mas que não é atingido
pelo sofrimento, homem, Deus, vinho, água viva, cordeiro, esposo, combatente,
armadura, Cristo «tudo em todos» (1Cor 15,28).
Tal como uma criança
não se pode alimentar a si própria nem cuidar de si mesma, e pode somente olhar
para sua mãe, chorando, até que ela seja tocada pela compaixão e trate dela,
assim as almas crentes esperam sempre em Cristo e atribuem-Lhe toda a justiça.
Como o sarmento seca se for separado da vinha (cf Jo 15,6), assim acontece a
quem quer ser justo sem Cristo. E tal como «quem não entra pela porta do redil
das ovelhas, mas sobe por outro lado, é ladrão e salteador» (Jo 10,1), assim é
quem quer ser justo sem Aquele que justifica.
SÓCRATES E XANTIPA
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR |
Sócrates foi um grande filósofo da Grécia antiga. É considerado o maior filósofo de todos os tempos. Sua esposa se chamava Xantipa. Quando os dois estavam namorando, um amigo dele o alertou:
- “Cuidado! Essa moça é uma jararaca”.
Sócrates respondeu:
- “Já percebi. Mas para mim é um desafio. Se eu conseguir conviver bem com ela, posso me relacionar com qualquer pessoa do mundo”.
E eles se casaram. Um dia, uma senhora fez uma torta e trouxe para o casal, em agradecimento pelos livros maravilhosos que Sócrates escrevia. Xantipa recebeu a torta, levou-a até o escritório de Sócrates e, diante dele, jogou a torta no chão e a pisoteou. Sócrates observou a cena e disse:
- “Muito bem, querida. Assim, nós dois podemos fazer hoje uma penitência, não comendo esta torta”.
Lição:Tudo indica que Xantipa fez isso por ciúme. O que faltava nela, o marido tinha em abundância, que era a bondade e a humildade. Por isso que os dois conseguiram conviver a vida inteira juntos. Sócrates levou a estupidez da esposa para o lado positivo. Cenas como esta devem ter acontecido muitíssimas na vida dos dois. Este é um dos caminhos para a santificação dos casais.
26 DE FEVEREIRO – SEUS PREFERIDOS ERAM OS DESVALIDOS
São Porfírio (353-420) nasceu na Grécia, mas tinha sangue de cigano. Viveu cinco anos no Egito como ermitão penitente. Passou outros cinco anos na Palestina, recolhido numa gruta perto do rio Jordão. Ficou doente, provavelmente em conseqüência das muitas privações, e foi tratar-se em Jerusalém. Lá ficou conhecendo um rapaz de nome Marcos que tornou-se o seu discípulo e amigo.
Mais tarde o enviou a Tessalônica, sua terra natal, para vender os bens que ainda possuía naquela cidade e trazer o dinheiro que seria distribuído entre os pobres. Depois de trabalhar 40 anos num curtume, foi ordenado sacerdote e chegou a ser nomeado bispo de Gaza.
Porfírio exerceu grande influência religiosa e política. O que mais lhe valeu, foi sua generosidade com os desvalidos e desprezados da sociedade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Batismo, início da vida cristã”
Já fui
chamado ao hospital para batizar recém nascido em risco de vida. Ali vejo
aquele corpinho tão minúsculo e sofredor. Vai para o fim. Abre-se a estufa e,
com um algodãozinho com água a gente diz a fórmula “eu te batizo em nome do
Pai, do Filho do Espírito Santo”. Mais nada! Ali aconteceu uma maravilha. Deus,
que desde sempre amou esse pequenino, agora o acolhe como filho e lhe dá a
participar integralmente de Sua Vida, livra-o da mancha original e o introduz
em seu corpo que é a Igreja. Depois a gente avisa à família que, quando a
criança se recuperar, levem à Igreja para completar os ritos e fazer os papéis.
Mas já está eternamente batizado. Mesmo se for batizado em um mar de águas,
acontece a mesma coisa. Mesmo se for batizado em outra Igreja, mas que tenha a
fé em Jesus, já está batizado. Alguns dizem: ‘A gente queria tanto batizar, mas
não deu tempo, morreu antes” ou foi abortado (ainda existe isso?). Não se
preocupe, seu desejo se transformou em rios de água viva e o lavaram como
Espírito Santo. E os que não puderam chegar a nenhum desses meios? Pode ser que
não tenham conhecido Jesus. Mas, o Pai misericordioso os conheceu e os amou.
Nós só nos perdemos quando queremos. Ninguém perde a Deus por acaso.
209.Mergulho em Deus
O rito batismal consiste
em um banho de água (muito simbólico às vezes). Nos batismos primitivos a
pessoa era mergulhada na água. Pode-se fazer assim, se houver possibilidade.
Batizar é uma palavra em grego que significa mergulhar na água. Somos
mergulhados no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Entramos na vida divina. A
espiritualidade que nasce do batismo, que é a fundamental, leva-nos a viver
conscientes de estarmos mergulhados em Deus, vivendo Sua Vida, adotados como
filhos para sempre, sem volta. A consciência da graça divina em nós, a
participação na vida divina como nos explica S. Pedro, é a força que nos move
para sempre viver em estado de graça, sem pecado, sem nos separar de Deus. Deste
dom dependem todos os outros dons sacramentos. Eles são aprofundamento na vida
da graça na linha do serviço de culto e serviço dos irmãos. Batismo é a porta e
a estrada. Batismo é um só e também não se tira. Repetir é gastar água
inutilmente. Um dia um evangélico escreveu a nossa paróquia de S. Pedro (Garça)
mandando tirar o nome dele do livro de batismos. Educadamente respondi que se
ele não se considerava filho de Deus na Igreja, ela continuaria tendo-o como
filho sempre.
210.Participantes de uma comunidade
Além da água, há um
símbolo no Batismo que vale a pena ser bem observado. O ritual prevê que,
depois de perguntar o nome, o celebrante diga: “N... nós te recebemos com
grande alegria na comunidade cristã. Por isso nós te marcamos com o sinal de
Cristo” e traça a cruz na testa do batizando. A pessoa entra em uma comunidade
para fazer corpo com ela. Fazer parte é fundamental para o batismo. Ninguém é
batizado só para si mesmo. É mergulhado também em uma comunidade da qual fará
parte como membro de um corpo. Tanto o corpo é necessário para ele, como ele é
necessário para o corpo. A espiritualidade batismal nos conduz também a buscar
sempre a união ao corpo. Eu sou responsável por ele e os outros são
responsáveis por mim.