O Beato Padre Paolo Manna nasceu em Avellino em 16 de janeiro de 1872. Depois dos estudos elementares e técnicos em Avellino e Nápoles, continuou seus estudos em Roma. Enquanto frequentava a Universidade Gregoriana de Filosofia, atendendo ao chamado do Senhor, em setembro de 1891 entrou no seminário do Instituto para as Missões Estrangeiras de Milão para cursos de teologia. Em 19 de maio de 1894 recebeu a ordenação sacerdotal na Catedral de Milão.
Em 27 de setembro de 1895, ele partiu para a Missão Toungoo na Birmânia Oriental. Ele trabalhou lá em três ocasiões durante uma década, até que em 1907 voltou definitivamente devido a uma doença grave.
A partir de 1909, por mais de quarenta anos, dedicou-se com todas as suas forças, com os seus escritos e obras, a difundir a ideia missionária entre o povo e o clero. Para "resolver da maneira mais radical possível o problema da cooperação dos católicos no apostolado", em 1916 fundou a União Missionária do Clero, elevada por Pio XII a "Pontifícia" em 1956. Seu princípio era que um clero missionário o faria animar missionariamente todo o povo cristão. Hoje, a União Missionária do Clero está difundida em todo o mundo católico e acolhe também seminaristas, religiosos, religiosas e leigos consagrados em suas fileiras.
Diretor de "Le Missioni Cattoliche" em 1909, em 1914 fundou a "Propaganda Missionaria", uma publicação popular de grande circulação, e em 1919 também a "Italia Missionaria" para os jovens.
Em nome do S.C. de Propaganda Fide, para um maior desenvolvimento missionário no sul da Itália, o Padre Manna abriu o Seminário Sul "S.Cuore" para as Missões Estrangeiras em Ducenta (Caserta), projeto que defendia há muito tempo.
Em 1924 foi eleito Superior Geral do Instituto para as Missões Estrangeiras de Milão, que em 1926, devido à união com o Seminário Missionário de Roma, por vontade de Pio XI tornou-se o Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (P.I.M.E.).
Por mandato da Assembleia Geral do P.I.M.E. (1934), em 1936 teve um papel protagonista na fundação das Missionárias da Imaculada Conceição.
De 1937 a 1941 chefiou o Secretariado Internacional da União Missionária do Clero.
Fundada em 1943 a Província P.I.M.E do Sul da Itália, o Padre Manna tornou-se o seu primeiro Superior, mudando-se assim para Ducenta, onde fundou também "Venha o seu reino", um periódico missionário para famílias.
O P. Manna teve uma grande actividade como escritor e publicitário com brochuras e livros, que deixaram um rasto duradouro, como "Operarii autem pauci", "Os Irmãos e nós separados", "As nossas Igrejas e a Propagação do Evangelho", e "Virtudes Apostólicas". Ele também formulou propostas inovadoras sobre os métodos missionários, antecipando o Vaticano II. Mas, acima de tudo, ele permanece o exemplo de uma vida inteiramente animada por uma paixão missionária total, que nenhuma prova ou doença poderia diminuir. Ele foi corretamente definido por Tragella, sua primeira biógrafa, "Uma alma de fogo". O seu lema até ao fim era: “A Igreja inteira para o mundo inteiro!”.
Padre Paolo Manna faleceu em Nápoles em 15 de setembro de 1952. Seus restos mortais repousam em Ducenta, no “seu seminário” que em 13 de dezembro de 1990 foi visitado pelo Papa João Paulo II.
Os procedimentos para a Causa de Beatificação começaram em Nápoles em 1971 e terminaram em Roma em 24 de abril de 2001 com o decreto papal sobre o milagre atribuído ao Servo de Deus.
Fonte:
Santa Sé
Notas: A celebração da sua festa foi organizada pelo Martyrologium Romanum no dia 15 de setembro, enquanto o PIME a recorda no dia 16 de janeiro.
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